J Fiquei Sozinho, Mas Eu Nunca Morri. S Vezes Eu Canso, Demais Para Mim.

Já fiquei sozinho, mas eu nunca morri. Às vezes eu canso, é demais para mim.

O terno - Pegando leve

Este ano fui tentar ver os ipês amarelos duas vezes. Nas duas, não havia nenhuma árvore de ipê amarelo florido, estava tudo seco. A grama estava seca, as árvores estavam também e juro que não sei se foi porque errei a data, mas sei que é sempre na mesma época do ano, entre 17 à 25 de novembro. Confesso que fiquei triste, decepcionada. Todos os anos vejo os ipês, saber que vou levar mais um ano sem ver ou talvez nem ocorra devido as mudanças climáticas, fico preocupada. O ano passado os ipês estavam lindos e bem amarelos, pareciam mais radiantes que qualquer outro ano.

Estudar

Este ano eu posso dizer que me tornei uma pessoa viciada em estudar, apesar de ter "abandonado" o curso de Filosofia (UFPB), continuo estudando. Os meus principais estudos são voltados para a área da Psicologia da Aprendizagem e Pedagogia, minha formação universitária inicial. A psicologia sempre foi uma área do meu interesse e pretendo continuar estudando para conseguir ser capaz de dominar os assuntos. A neurociência também tem me atraído bastante e estou investido pesado para conseguir entender o funcionamento do cérebro. No futuro voltarei para o meu curso de Filosofia e terminarei, só não sei quando. Não sei se vou continuar na UFPB ou investir em cursos de breve formação, vai depender de como a vida vai seguir.

Na minha infância habitou em mim a necessidade de fugir de casa. Aconteceu, por vezes. Arrrumei a minha lancheira e escapei, andei uma rua inteira e voltei. Fugi para à casa de alguma amiga e deixei meus pais loucos de preocupados, não era sempre, mas acontecia. Escapei da casa do meu avô de madrugada e fui parar na casa da vizinha que tinha a minha idada na época, 7 anos, ela era a minha melhor amiga. Sempre foi da minha personalidade querer ser livre e fugir para longe. Quando adolescente a necessidade de fugir ficou mais grave, porque a lucidez sobre família era maior e só piorou com o tempo. Agora na fase adulta sigo com a mesma necessidade. Tenho a colaboração de pessoas que me querem o bem, querem me ver feliz, acredito eu. Fugir não seria bem a palavra atualmente, porque a minha mãe sabe onde me encontrar. Quero só ter paz e quando estou em paz, sinto que posso ser livre. Algumas coisas nunca mudam, arrumar as coisas e sair para longe sempre vai ser uma das minhas atividades favoritas.

Roleta Russa

Nenhuma família deve ser mantida através de abuso psicológico, brigas ou tratamento de silêncio. Qualquer convívio ou vínculo familiar fundamentada nessas três situações não deve ser considerada família, mas uma roda de vínculo duvidosa. A família brasileira romantiza o abuso psicológico e a agressão, usando como justificativa a famosa frase "A família é o núcleo da sociedade" ou "A família sempre estará aqui para te ajudar". Vínculos falidos precisam ser eliminados e abandonados, mas isso só é possível para quem é capaz de se perceber em situações assim. Caso contrário, alguém ou um determinado grupo se deixará levar, ficará doente ou apático. A vida familiar deve ser pautada na liberdade dos indivíduos e no amor, não na diminuição ou no desejo do fracasso do outro. Se a família só procura quando tem interesse ou deseja diminuir seus valores, abusar da sua integridade, isso não é família. Isso é uma roleta russa!

Amizades

Quando nos tornamos adultos, as amizades reais se tornam raras, sendo assim, qualidade das amizades é algo que aprecio. Atualmente as pessoas preferem quantidade, como se número significasse algo quando falamos de humanidade nas relações humanas. Menciono "humanidade" porque falo de qualidade em -ser humano- uns com os outros. Não percebemos, mas para se ter amigos é preciso de lealdade e confiança acima de tudo, cuidar e ser cuidado. Não provocar ou diminuir, isso faz as amizades serem reais e longas. Um amigo verdadeiro é mesmo um grande diamante.