Acreditei Em Horscopo. Em Horas Iguais. Em Sexta-feira Treze. Em Sete Anos De Azar Para Cada Espelho

“Acreditei em horóscopo. Em horas iguais. Em sexta-feira treze. Em sete anos de azar para cada espelho quebrado. Em estrela cadente. E também na estrela que brilhava mais. Em soprar velas de aniversário e fazer um pedido. Em pular sete ondas para me trazer sorte. Em soprar um cílio que caiu e fazer outro pedido. Em tocar no verde quando duas pessoas falavam ao mesmo tempo. Em não pisar nas rachaduras do chão. Em gato preto, aliás, pobre gatinho. Em não passar de baixo de escadas. E não derrubar o sal de jeito algum. Em pé de coelho, mas nunca optei por eles, admito, sou uma defensora dos animais, e você sabe. Em ferradura de cavalo. Em não usar preto no ano novo. Em comer a primeira bolacha do meu pacote. É, eu tenho essa mania de acreditar nas coisas, acreditar em pessoas, e de acreditar em você. Mesmo sabendo que no mundo real, tudo isso é ilusão, incluindo as sortes e os azares, e a nossa relação.”

— Lembranças de Ana.

⁠Matou todas as flores que nasceram em seu coração. E no lugar delas nasceram espinhos.

— O jardim dos lírios mortos, D. Quebraram.