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hyunggusgarden
4 years ago

O melhor presente vindo da melhor amiga que eu amo demais, obrigada por tudo meu amor, te amo pra sempre 💜✨

Red Sunrise

Estava muito frio e escuro. Sentia como se não fosse aguentar mais e caí no chão. A neve já estava me cobrindo, eu estava me desligando mas o sorriso dela veio na minha mente e mesmo com a dor pensar nela me fazia acreditar que ficaria tudo bem.

Seulgi, o nome da minha melhor amiga.

Eu não sabia dizer se eu estava somente recordando acordada ou sonhando. Mas de qualquer forma, eu não queria que aquilo acabasse. Eu queria sonhar com a nossa história pra sempre.

Eu estava chorando sem parar andando em direção a qualquer lugar bem longe dali, as lágrimas escorriam atrapalhando minha visão. As pessoas olhavam pra mim mas eu não me importava. Eu não conseguia conter. Era simplesmente um dos dias mais tristes da minha vida. Eu havia me decepcionado com mais uma pessoa que se dizia ser minha amiga. Eu estava com raiva e desesperada, eu só queria fugir dali logo. Eu cansei de correr e acabei chegando no bosque. Ali era o meu refúgio, tudo estava como antes e eu estava sozinha, nunca fiquei tão feliz e triste ao mesmo tempo por isso, estava feliz pois ninguém me veria chorando e estava triste porque não teria ninguém pra me confortar, mas eu já estava acostumada com isso, afinal, nunca tinha tido algum amigo de verdade. Sentei na grama e vi que O sol estava se pondo e olhar pra ele me acalmou, as lágrimas diminuíram e eu senti ele na minha pele. Estava tão distante, tão frio e eu não queria que ele fosse embora, tinha medo de nunca mais vê-lo, apesar de amar a lua e as estrelas eu me sentia ainda mais solitária a noite. Resolvi fechar os olhos, estavam muito enchados de tanto eu chorar, quando eu escutei uma voz muito doce perto de mim.

— Moça, desculpe incomodar mas acredito que você perdeu sua fita.

Eu olhei pra ela e fiquei surpresa. A menina mais bonita que eu já tinha visto na minha vida estava parada ali com um sorriso no rosto, a minha fita vermelha na mão e só aí que me dei conta de que meu cabelo estava solto.

—Oh, muito obrigada! Eu nem sequer tinha percebido que estava sem ela!

—Sim, eu vi vem no momento que ela se desprendeu do seu cabelo e tive que vir te entregar, é um laço tão lindo – ela disse me entregando. Mas a expressão dela mudou, como se estivesse preocupada. — Você está bem mesmo? Eu te vi chorando e seus olhos estão vermelhos, você me parece tão triste. Eu posso fazer algo pra se sentir melhor?

Eu não estava entendendo. De onde saiu essa menina que parece mais um anjo? Ela demonstrava estar preocupada de verdade e eu nunca senti essa preocupação vindo de ninguém antes.

— É que hoje está sendo um dia difícil – eu disse dando um sorriso sem jeito — Mas você não precisa se preocupar, eu vou ficar bem! — As lágrimas novamente estavam derramando dos meus olhos e ela se aproximou, agachou no meu lado me confortando e disse — Se você precisar de uma amiga eu estou aqui pra qualquer coisa, tá bem? Eu não gosto de ver ninguém triste. — Naquele momento eu consegui olhar nos olhos dela e enxerguei tamanha bondade, tanta luz e gentileza. Até o momento parecia que ela iria desaparecer a qualquer momento. Eu agradeci e ela me perguntou o meu nome.

— Sooyoung, mas pode me chamar de Soo! E o seu?

— Seulgi, mas meu apelido é Gii! — ela disse com tanta empolgação que me fez sorrir. — Fico muito feliz de ter te conhecido Soo! Eu trabalho na loja de cachorrinhos na Rua principal. Eu adoraria se um dia você pudesse me visitar e quem sabe adotar mais um amigo! Agora preciso ir, estou um pouco atrasada, te espero lá – ela acenou e eu retribuí. Quando me dei conta, não estava mais chorando e sim com um sorriso no rosto. Era estranho mas eu sentia que tinha ganhado uma amiga pra sempre, como se eu sempre tivesse conhecido ela. Eu fui pra casa naquele dia bem diferente de quando havia saído. Eu estava muito mais aliviada e feliz, pois fui presenteada por Deus. Era estranho dizer isso pois eu nunca confiava em ninguém, nem em quem eu conhecia a muitos anos mas nela eu sentia que era impossível não acreditar. Quando deitei na cama pra tentar dormir às lágrimas voltaram a escorrer, mas agora eu sabia que não estava sozinha e adormeci.

No dia seguinte acordei assustada, sonhei com unicórnio, fadas e dragões. Lembrei do sonho e comecei a rir sem parar. Que espécie de sonho era aquele?! Eu só podia estar enlouquecendo. Como de costume peguei a fita e amarrei no cabelo e lembrei da Gii na hora. Eu não tinha nada pra fazer e resolvi ir lá na loja como forma de agradecimento por toda a ajuda de ontem.

Eu já tinha passado diversas vezes em frente daquela loja, eu sempre amei os animais mais que tudo no mundo. Era um lugar que cuidava dos bichinhos até alguém adotá-los e a maioria deles eram cachorros e gatos. Eu entrei lá e fiquei olhando alguns gatinhos brincando com eles. Não tinha visto a Seulgi até ela me chamar.

– Soo! Você veio mesmo! –ela disse com um sorriso grande no rosto. E sorri tímida e então olhei pro cachorrinho no colo dela e antes de eu perguntar se era dela ela falou – Esse é o Joonie! O meu amiguinho que está sempre comigo, ontem eu estava vindo pra cá pra buscá-lo, já que eu o deixei aqui pra brincar com os outros bichinhos. Eu olhei pra ele e era um cachorrinho adorável, eu fiquei encantada com ele. – Eu tenho tantas coisas pra te mostrar aqui! — ela comentou. — Eu tenho um dia todo pra ver tudo! — eu disse empolgada.

Se passaram algumas horas e nem vimos o tempo passar. Ela me mostrou como cuida dos cachorrinhos todos os dias e como ela ama o que faz, e me disse que também sente falta da família mas que todos os finais de semana ela vai visitar eles e eu fiquei muito feliz de saber que ela tem uma boa família porque ela merece e até do meu sonho nós conversamos sobre e eu descobri que ela também amava esses assuntos.

— Então Soo — ela falou em um tom animado. – Qual deles você vai levar?

Eu não tinha como cuidar de um bichinho naquele momento então falei

— Infelizmente não posso levar nenhum no momento… — eu disse com tristeza . — Não posso pegar uma responsabilidade tão grande agora.

—É pelo mesmo motivo que estava chorando ontem? E como você está hoje, hein? Se sente melhor? – ela estava preocupada.

— É mais ou menos o mesmo motivo. Tenho me sentido muito triste nos últimos anos mas me senti tão bem depois que te conheci! Fico tão feliz pela fita ter caído! – eu disse com sinceridade e ela disse que agora a fita vermelha seria o “símbolo” da nossa amizade e me contou sobre uma lenda: Akai Ito. Eu não conhecia mas fiquei encantada com ela. Será que realmente nascemos com uma conexão com outra pessoa?

— Você acredita nisso Gii?

— Claro. Sabe, eu sempre sonho com um menino. O menino mais lindo do mundo. Ele é um príncipe. Eu acho estranho porque nunca vi ele pessoalmente mas eu amo tanto ele. Ele tem o sorriso mais lindo de todos. — Os olhos dela brilhavam tanto e eu achei isso tão maravilhoso. Será que um dia vou me apaixonar assim? E por um príncipe? Eu não sabia dizer porque só me apaixonei por personagens de livros.

— Então ele combina muito com você! – eu disse animada. — Você é a menina mais linda que eu já conheci. Só um príncipe mesmo pra conseguir conquistar seu coração!

— Você que é a rainha da beleza, Soo. — eu abri a boca pra contestar mas ela não deixou. — E nem adianta tentar dizer o contrário porque nada importa além da minha opinião. — Nós caímos na gargalhada e eu me sentia tão feliz, tinha muito tempo que não me sentia assim. Era tão bom lembrar do sentimento de felicidade novamente!

Os dias foram passando e se transformaram em meses até se completar um ano da nossa amizade. Nós tínhamos marcado de ir na confeitaria. Nós amávamos bolo. Eu estava me arrumando até que alguém bateu na porta. Quando eu abri e tive uma surpresa. Era a Gii com uma bolinha de pelos no colo.

— SURPRESA! — ela gritou tão alto que eu comecei a rir. — Agora você tem mais uma amiga meu amor, eu vou te ajudar a cuidar dela! É o meu presente de um ano de amizade. — ela me entregou a cachorrinha, tão linda. Assim que eu olhei pra ela e pros olhos brilhando eu sabia o nome que deveria dar. — Muito obrigada meu amor! Ela vai se chamar Luna! O olhar dela me lembrou o brilho da lua! — a Gii amou o nome e nós passamos o dia brincando com a Luna e o Joonie!

Depois de alguns dias eu iria dormir na casa da Gii, iríamos assistir filmes e eu estava levando a Luna comigo. Estava nevando levemente mas o clima mudou subitamente e a neve começou a cair juntamente com uma tempestade. Era uma tempestade de neve e tudo aconteceu muito rápido. Estávamos passando perto de uma uma floresta quando a Luna pulou do meu colo. Estava muito mais frio do que antes e eu não estava tão agasalhada. A Luna correu em direção a floresta e eu não pensei duas vezes e fui atrás dela. — Luna! — gritei o mais alto que pude inúmeras vezes e a tempestade só ficava mais forte. Já estava escurecendo e eu ainda não tinha achado ela. Eu não iria sair dali sem ela.

Estava muito frio e escuro. Sentia como se não fosse aguentar mais e caí no chão. A neve já estava me cobrindo, eu estava me desligando mas o sorriso dela veio na minha mente e mesmo com a dor pensar nela me fazia acreditar que ficaria tudo bem.

Seulgi, o nome da minha melhor amiga.

Eu não sabia dizer se eu estava somente recordando acordada ou sonhando. Mas de qualquer forma, eu não queria que aquilo acabasse. Eu queria sonhar com a nossa história pra sempre.

E então eu escutei uma voz chamando meu nome. — Soo! Onde você está? Soo! — No início eu não sabia se era da minha cabeça mas fiz um esforço enorme pra tentar escutar melhor, tentei tirar a neve de mim, o dia já estava amanhecendo, por quanto tempo eu estava ali?

— Soo encontrei você! Finalmente, como você está meu amor? — ela disse muito preocupada e aflita — Eu vou te tirar daqui.

— Gii, onde está a Luna? — eu disse confusa. Ainda não estava conseguindo pensar direito.

— Eu a encontrei perto do lago, e levei ela pra casa. Não se preocupe, ela está segura agora! Vou chamar a ambulância porque você pode estar com hipotermia.

Graças a Deus fiz todos os exames no hospital e estava tudo bem. Quando eu cheguei na casa da Gii eu estava bem melhor. Ela quis que eu fosse pra la, pra poder cuidar de mim. Nunca duvidei que a Gii era um anjo. Eu abracei a Luna bem forte quando vi ela. — Nunca mais fuja de mim! Eu não posso perder mais ninguém. — disse abraçando ela bem forte. Eu estava feliz pois ela continuava bem pestinha brincando com o Joonie!

— Gii, como você conseguiu me encontrar? A floresta é tão densa e perigosa. Estava tão escuro… Poderia ter acontecido algo com você também. – eu estava me sentindo tão mal por tudo. Devia ter segurado a Luna mais forte naquele momento. Teria evitado tudo isso.

— Eu vi que você estava demorando e fui andando pelo caminho até a sua casa e vi a fita vermelha no chão. – agora que percebi que tinha deixado caído de novo. — E então eu entrei na floresta sem pensar duas vezes atrás de você!

No momento eu não sei exatamente o porquê mas eu comecei a chorar muito. Novamente uma fita vermelha tinha nos conectado. Eu pensei no Akai Ito. A linha vermelha que conecta duas pessoas. Na hora eu pensei que não era verdade, porque poderia conectar mais de uma. A Gii com certeza é conectada com o príncipe e eu sou conectada com ela! Ela é um presente na minha vida e eu não consigo me imaginar sem ela. Nós nos abraçamos e eu agradeci por tudo até aquele momento.

— Gii, assim como na segunda vez que você me salvou na primeira eu estava perdida, sozinha, com medo, com frio e eu pensei que nunca mais veria a luz do Sol novamente e então você apareceu e me resgatou. Eu só quero te dizer que você me salva todos os dias da minha vida. Você me mostra a direção. Obrigada por ser meu Akai Ito, agora nunca mais eu vou estar perdida ou sozinha. Eu te amo! — disse com lágrimas nos olhos.

Ela me abraçou forte e daquele momento em diante eu sabia que teria pra sempre a melhor amiga do mundo comigo. E quem sabe, até perderia a fita mais vezes!

🎀

Red Sunrise
hyunggusgarden
4 years ago
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hyunggusgarden
4 years ago
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4 years ago

Sou tímida tbm mas adivinha só, eu coloco um pouco da timidez e insegurança de lado pra tentar alguma coisa, o mínimo que você poderia fazer é me ajudar tbm

hyunggusgarden
4 years ago

Cansei de tentar, só eu faço, só eu vou atrás, agora eu cansei de verdade, não aguento mais me magoar a toa, nem sei pq eu fico criando tantas expectativas se no final eu sei que nada nunca vai dar certo pra mim, mesmo eu tentando e dando o meu máximo.

hyunggusgarden
4 years ago
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4 years ago
Haha

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5 years ago

@wholadyphantom você é o melhor presente que a vida me deu, sou muito grata pela sua existência e por você nunca ter desistido ou me abandonado, eu te amo mais que tudo nessa vida e eu espero que eu possa te retribuir a altura algum dia. 💜

@wholadyphantom Voc O Melhor Presente Que A Vida Me Deu, Sou Muito Grata Pela Sua Existncia E Por Voc
hyunggusgarden
5 years ago
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Taehyung.
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taehyung. 💜

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hyunggusgarden
5 years ago

Some real cute Tae moments

Is time for my bias my man my cup of tea

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When he smiles and my heart is h i s

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This:(((((

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Never has a boy made me feel this (t h i s) soft I literally can’t even say I’d fight him bc I wouldn’t be able to even throw up some fists

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hyunggusgarden
5 years ago

O Melhor Lugar do Mundo

Atenção: Imagine Romântico/Fantasioso

Atenção: Kim Taehyung

//Request 

N/A: Na verdade, não era pra ser fantasioso, mas minha imaginação foi pra Marte e bom… c: 

O Melhor Lugar Do Mundo

Quando eu era pequena, eu gostava de olhar as estrelas. De onde eu moro, elas tem um brilho azul lindo, que sempre me deixou tranquila. Sei lá, olhar para as estrelas me fazia me sentir diferente, como se houvesse algo mais além de tudo isso. É difícil explicar, é mais fácil sentir. 

Olhava para elas agora, sentada na sacada de meu quarto. Sorria ao ter aquelas lembranças. As lindas estrelinhas não estavam tão visíveis hoje, por conta das nuvens que as tampavam, mas mesmo assim, eu ainda as via. Senti uma mão no meu ombro e me virei, era minha mãe. 

– Melhor você ir dormir agora, meu amor, amanhã tem o desfile – Ela disse, sorrindo sem mostrar os dentes. 

– Ok – Disse, sorrindo e me levantando. 

Mamãe voltou para seu quarto e fechou a porta do meu. Dei uma última olhada para as estrelas e suspirei, fechando as cortinas brancas da sacada, mas não os vidros. Gostava da brisa que entrava por ali a noite, me fazia dormir melhor. 

No dia seguinte teríamos o desfile dos três Planetas, que consistia basicamente nos três principais planetas do meu universo, Gallarate. Eu estava ansiosa, pois todo ano os planetas mudavam de acordo com a economia de cada um, e os que viriam esse ano eram mais distantes do meu, mas que eu sempre ouvi falar em histórias. 

Vinham pelo menos cem soldados dos três planetas, e eles faziam um desfile lindo, representando cada planeta. Alguns faziam apresentações elaboradas, outros marchavam como verdadeiros guerreiros. Mas todo ano eu me impressionava. 

Deitei-me em minha cama e aconcheguei minha cabeça no travesseiro, observando a brisa que entrava pela janela da sacada e imaginando o que me esperava amanhã. E foi assim que adormeci. 

(…)

Senti meu colchão afundar de repente e isso me fez acordar. Abri os olhos devagar, vendo meu irmão mais novo sentado ali, me observando do jeito mais fofo possível. 

– (S/N), você precisa levantar! O desfile começa em uma hora! – Disse ele, afastando o cobertor de cima de mim.

Não consegui me aguentar. Meu irmão sempre foi extremamente fofo e eu sempre senti vontade de esmagá-lo por isso. Levantei da minha cama, peguei o menino no colo e o girei no ar. Luffy começou a rir e eu ri junto com ele. Coloquei ele sentado na cama e respirei profundamente.

– Você está pesado, Luffy, pare de comer besteiras – Disse, bagunçando suas madeixas verdes claras. 

– Só quando você parar – Ele disse, rindo.

Sorri e fui até a minha sacada, abrindo as cortinas. O céu estava rosa claro misturado com azul, podia ver os planetas vizinhos, já aparecendo melhor a luz do dia. As pessoas já estavam preparando a avenida principal para a chegada dos soldados. 

Quando me virei, Luffy havia sumido. Senti o cheiro de café no ar junto com o inconfundível cheiro das rosquinhas de neve que minha mãe sempre fazia. Entendi porque o garoto havia sumido. Minha barriga fez um barulho estranho e eu percebi que a fome dentro de mim estava grande.

Me espreguicei e desci as escadas, chegando na cozinha onde vi Luffy com pelo menos duas rosquinhas na boca e as mãozinhas cheias de neve — Sim, neve de verdade. A neve de Sigma, meu planeta, é comestível e se for coletada na época certa, fica deliciosa com chocolate. Minha mãe estava terminando de preparar o café e sorria ao ver meu irmão. 

Sentei-me na mesa e comecei a comer as rosquinhas também, fechando os olhos. Ouvi um barulhos de passos e abri os olhos. Meu pai havia chegado na cozinha também. 

– Bom dia família! Prontos para assistir o desfile? – Papai perguntou, coçando sua barba rosa – Esse ano será incrível, sinto isso. 

– SIM! SERÁ INCRÍVEL! – Exclamou Luffy, subindo na cadeira e levantando os braços. 

Rimos bastante e minha mãe colocou o bule de café na mesa, sentando-se também. Meu pai também se acomodou e pegou umas três rosquinhas. Uma das coisas que eu mais achava engraçado era quando meu pai comia elas, pois a neve caía em cima de sua barba rosa e ficava a coisa mais divertida — E linda — do mundo. 

– Pai, as maças daquela árvore que encontramos estão crescendo! – Disse meu irmãozinho.

– Verdade? – Perguntou Papai, com a boca cheia – Depois do desfile colheremos, então! Imagine as tortas que faremos, não é querida? 

– Ah sim, querido! 

Peguei um pouco de café e bebi, sentindo cada centímetro do meu corpo ser aquecido pela bebida. Estava frio em Thames, eu sabia que logo, logo começaria a nevar e se a neve estivesse firme o bastante, faríamos mais rosquinhas. 

– Céus! – Mamãe exclamou de repente – Precisamos nos arrumar! O desfile começa em quinze minutos!

Minha mãe nos obrigou a tomar o café da manhã mais rápido para nos arrumarmos. Assim que terminei, subi até meu quarto e abri meu guarda-roupa. Eu realmente não sabia o que vestir. Fui até meu computador e coloquei uma música para tocar. Uma bem agitada. Amava ouvir música enquanto me arrumava. 

Escolhi um vestido diferente que meu pai me deu de aniversário uma vez. Ele era um degradê das cores roxo, vermelho, verde e rosa. Em suas alças, haviam caldas cheias de brilho, como se fossem estrelas. Coloquei e me olhei no espelho. Papai realmente tinha bom gosto. Coloquei minha sapatilha branca e fui para o banheiro cachear meus cabelos nas pontas.

Uma música que gostava muito começou a tocar, e enquanto as flores enrolavam meus cabelos, eu dançava. Assim que as flores soltaram meus cabelos, elas voltaram para seu lugar e eu escovei meus dentes e lavei o rosto, depois comecei a me maquiar. Quando finalmente havia terminado, minha mãe apareceu correndo no meu quarto.

– Ah, você está pronta – Ela disse e então me fitou de cima a baixo – Está linda.

Sorri, envergonhada.

– Obrigada, mãe. Vamos? Estou ansiosa!

– Claro – Disse ela sorrindo.

Então saímos de casa, os portões da cidade já haviam sido abertos e haviam várias pessoas já esperando. Saímos na calçada de casa e passamos por entre as pessoas para termos uma visão melhor da rua. Os tambores começaram a tocar e todos olharam para o ínicio da estrada, onde estavam os portões.

Os guerreiros e guerreiras do primeiro planeta começaram a entrar, um por um. Os tambores agora estavam em um ritmo acelerado, podia sentir meu coração batendo junto com as batidas dos tambores. As pessoas cochichavam animadas. De repente, os guerreiros começaram a ficar em formação, estavam tentando formar algum desenho.

Era uma borboleta. Depois de terem feito isso, eu soube que planeta era. Chamavam de Adana, o planeta das borboletas. Segundo as histórias, o planeta tinha esse apelido pois as borboletas eram o animal predominante lá. Em todo lugar haviam pelo menos uma cinquenta delas. Imagine só nas florestas… 

Assim que chegavam no fim da estrada, os guerreiros se posicionavam todos na frente do palácio do rei, esperando seus cumprimentos. Depois, faziam negócios. Nosso planeta sempre foi muito rico, por sempre fazer tais desfiles e trazer as maiores economias para cá.

O desfile dos três planetas é o maior evento do ano, para todos os planetas de nosso universo. Os guerreiros e guerreiras do segundo planeta entraram, fazendo uma marcha simples mas que impressionou a todos pela sua força e organização. 

Estava observando a decoração da rua quando meu olhar foi de encontro a uma pessoa que eu realmente não queria ter que encarar. Ele estava do outro lado da rua e não me viu — Pelo menos eu acho — mas quando olhei para o garoto, lembranças vieram a minha mente. Ele já havia sido meu namorado, mas terminamos pois simplesmente não estava dando certo.

Parei de encará-lo e fiquei olhando para os portões no final da rua, tentando afastar aquele sentimento que tentava me consumir mais uma vez. Depois de Ly, eu tive medo de amar qualquer outra pessoa. Fiquei com medo que desse tudo errado como da primeira vez. 

Então avistei uma movimentação nos portões de entrada. Os guerreiros e guerreiras do terceiro planeta começavam a entrar. Suas calças e camisas eram pretas e seus rostos estavam cobertos com um tipo de pano, também preto. Apenas era possível ver os olhos.

Aquilo começou a ficar cada vez mais interessante, pois instigava nossa curiosidade. Os guerreiros começaram a entrar em formação e meu coração bateu mais rápido. Fizeram uma grande roda e dois dos guerreiros ficaram no meio dela. Um deles se apoiou no outro e deu mortal que impressionou a todos. 

Todos olharam para cima, acompanhando o guerreiro que estava no ar. Foi como se tudo ficasse em câmera lenta de repente. O garoto tirou de sua camisa um punhado de flores roxas, as jogando para o ar. Todos os outros guerreiros fizeram o mesmo assim que o outro guerreiro aterrissou no chão. As flores pairaram no ar por alguns segundos e foram caindo aos poucos. Olhei para cima e foi como se estivesse chovendo flores!

Pulei de alegria ao identificar o planeta. Aura, o planeta das flores roxas. Esse planeta era o mais distante entre todos do meu universo, sempre ouvi histórias sobre ele, mas nunca pude ver pessoas dele. Bati palmas como as outras pessoas, que pareciam estar tão animadas quanto eu. 

Os portões se fecharam e os guerreiros e guerreiras dos três planetas se posicionaram a frente do palácio do rei. Andei por entre as pessoas para chegar mais perto, achando o lugar ideal. O rei começou a dar os cumprimentos aos guerreiros e guerreiras, todos ouviam animados. Comecei a analisar cada garoto e garota, não acreditando que os povos que eu conhecia apenas por histórias estavam na frente dos meus olhos.

Então algo chamou a minha atenção. Enquanto analisava as pessoas, meus olhos encontraram os olhos de um garoto do planeta Aura. Seu rosto estava tampado, mas havia algo em seu olhar que me atraía. Em algum momento o garoto percebeu que eu estava o encarando e fez o mesmo.

Uma sensação estranha começou a crescer dentro do meu peito. Quanto mais eu olhava para o guerreiro, um sentimento de tranquilidade começava aos poucos crescer dentro de mim. Não entendia o motivo daquilo, e o que ele tinha de tão especial, mas apenas sentia aquilo.

A tranquilidade no meu coração era tão grande que de repente me vi sorrindo. Não controlava mais minhas ações e nem os músculos do meu rosto. O garoto pareceu estar confuso, mas não conseguia dizer ao certo. Continuamos nos olhando e eu consegui recuperar o controle de mim mesma aos poucos.

O rei começou a discursar novamente e o guerreiro virou-se para ouvi-lo. Coloquei a mão sobre o meu coração e pude perceber o quanto estava acelerado. O que havia acabado de acontecer? Quem era ele? 

Procurei novamente por ele em meio aos outros guerreiros e guerreiras, mas eles começaram a rumar para outro lugar e eu perdi o garoto de vista. Suspirei e continuei olhando para a frente, tentando entender. Ouvi a voz de minha mãe chamando meu nome ao longe e eu voltei para a frente da minha casa.

– Nossa, que desfile! – Disse meu pai, assim que cheguei.

– Sim! Foi tudo tão lindo – Mamãe disse, pegando Luffy no colo.

– É, foi incrível – Falei, pensativa.

– Bom, hora de fazer um belo almoço! Depois colhemos as maças, filho – Papai disse, olhando sorridente para meu irmão.

(…)

Estava deitada na minha cama, ainda fazendo a digestão de todos os pedaçoes de torta de maça que comi mais cedo. Luffy tinha razão, eu precisava parar de comer besteiras também. Já era tarde da noite e eu já devia estar dormindo. Mas nessa noite, o sono que sempre me veio tão facilmente estava com o trem atrasado. 

Não sabia dizer se o motivo da minha insônia era o fato de eu ter visto Ly ou aquele guerreiro desconhecido. Suspirei e levantei. Não ia adiantar ficar ali na cama, revivendo tudo o que aconteceu. Desci até a cozinha, na ponta do pé, para beber um pouco de água. Ainda podia sentir o cheiro da torta de maça. Peguei um copo na prateleira e tentei fazer o menor barulho possível. 

Coloquei água dentro do copo e a bebi. Já estava voltando para o meu quarto quando tropecei em uma cadeira da cozinha.

– Ai! Meu dedinho! – Sussurrei.

– Quem está ai? – A voz de minha mãe pôde ser ouvida.

– Sou eu, mãe.

Ela apareceu enrolada em um roupão com a expressão de quem acabou de acordar. 

– Ah, que bom. Achei que fosse um Texugo. Sabe como são, é só sentirem cheiro de torta que vêm correndo – Ela sorriu – Bom, então vou voltar a dormir. Boa noite, filha. 

Mamãe se virou e começou a subir as escadas. Senti um aperto no coração e fiquei confusa. Sentia que precisava contar o que havia acontecido para ela. Talvez só assim eu pudesse dormir em paz. 

– Mãe! – Sussurrei.

Ela virou-se.

– Sim? 

– É… Aconteceu algo hoje… 

Ela desceu as escadas antes que eu pudesse terminar a frase e me deu um olhar compreensivo. Minha mãe já havia entendido, ela me conhecia bem. Ela segurou minha mãe e me levou até o sofá da sala, me fazendo sentar ali. Ligou a lareira e se sentou ao meu lado em seguida. 

– Conte o que quiser, estou ouvindo. 

Escutava o barulho do fogo crepitando na lareira e observava os olhos compreensivos de minha mãe esperando que eu falasse. Aquilo me acalmou. Respirei profundamente.

– Estava observando o desfile hoje, mas…

Entendi a raiz do problema. O motivo de eu não estar conseguindo dormir não era por causa de Ly e sim do garoto misterioso. Ele havia mexido comigo, de algum jeito.

– Mas…? – Perguntou mamãe.

– Vi um garoto do planeta Aura e… Mãe, não sei como te explicar isso, eu senti algo estranho quando vi ele. Algo bom. 

A expressão dela mudou, agora ela parecia estar… Curiosa.

– O que sentiu?

Direcionei meu olhar para a lareira e fiquei observando o fogo. 

– Uma tranquilidade imensa que me dominou por completo. Depois veio uma paz e acalmou meu coração. É a coisa mais estranha que já senti na vida. Encarei minha mãe agora, ela parecia estar entendendo o que eu dizia. Mas como…?

– Filha, espere aqui.

A mulher se levantou e me deixou ali no sofá, sem explicações. Eu não estava entendendo mais nada. Depois de alguns minutos, ela voltou com um livro em mãos. Ele era vermelho e o título parecia ser dourado, mas não conseguia ler.

  – (S/N), lembra daquela civilização que eu mencionei a você um tempo atrás, que morava em outro universo? Na Via Láctea?

– Os nossos ancestrais? Os humanos da Terra? 

Ela colocou o livro no meu colo e eu pude ver o nome “Akai Ito: O Fio Vermelho do Destino” brilhar em dourado. Abri-o e comecei a folheá-lo. 

– Exatamente. Bom, em um país daquele planeta, existia uma lenda chamada Akai Ito: O Fio Vermelho do Destino. Segundo ela, as pessoas que estavam destinadas a ficarem juntas, estavam ligadas por um fio vermelho que estava preso no dedo mindinho dos dois. 

“Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se, independentemente do tempo, lugar ou circunstância. O fio pode esticar ou emaranhar-se, mas nunca irá partir”

Não consegui segurar uma risada e tive que tampar a boca rapidamente para não acordar ninguém. 

– Mas… Você não acredita nisso, não é? 

Ela sorriu.

– Olha, quando conheci seu pai eu estava noiva de um homem. Tinha certeza absoluta que ele era o homem da minha vida, mas quando eu vi seu pai, tudo que eu achei que sabia foi para o lixo. Meu mundo virou do avesso e eu não sabia mais dizer quem eu era, o que era o amor. 

Senti meu coração acelerando, como se eu soubesse do que ela estava falando.

– Eu acredito no Fio do Destino. Talvez seja apenas a minha imaginação, mas as vezes eu vejo o fio preso ao meu dedo e ao de seu pai. Tudo isso pode ser apenas uma lenda, uma história para crianças, mas depois que conheci Eli, eu soube que nenhum outro homem poderia me fazer feliz, a não ser ele. Meu coração acelerava e eu não sabia dizer o motivo. 

– Ok, mãe. Acho que agora eu vou dormir. Obrigada por me ouvir e me entender. 

Ela assentiu e sorriu, se levantando e indo para seu quarto. Desliguei a lareira e subi para meu quarto também. Minha cabeça estava a mil. Vários pensamentos vinham e iam. Achei a lenda fascinante, é verdade. Mas… Apesar de sentir meu coração batendo daquela forma, meu cérebro dizia que aquilo simplesmente não era possível. Estava na hora de eu ouvir o que meu cérebro tinha a dizer, e não meu coração. 

Deitei-me na cama e me cobri com o cobertor. Fiquei observando as cortinas e o sono começou a chegar lentamente. Meus olhos foram se fechando aos poucos, cada vez mais pesados. Me ajeitei na cama, ficando de barriga para cima e colocando as mãos por cima do cobertor. 

Quando coloquei minha mão esquerda ali, pude ver algo vermelho no meu dedo mindinho. Abri os olhos assustada e me sentei na cama, esfregando os olhos com a parte de trás de meus dedos. Olhei novamente para minha mãe e pude sentir meu coração dando uma cambalhota quando vi um fio vermelho pendurado em meu dedo mindinho. 

Só poderia ser a minha imaginação… Só podia…

Pisquei algumas vezes e olhei novamente para meu dedo e arregalei os olhos quando percebi que o fio ainda estava ali. Tirei o cobertor de cima de mim e pude ver que o fio passava pela sacada da minha casa e descia por ali. Fui até a sacada e observei o caminho do “objeto”. Depois da sacada, ele continuava na rua. 

Não acreditei no que estava diante de meus olhos. Como… Como aquilo era possível? Será que tudo que minha mãe havia falado era verdade? Meu coração batia como um tambor dentro do peito e eu não conseguia acalmá-lo de jeito nenhum. Andei para trás para ver se o fio prendia, mas era como se ele nem estivesse ali. 

Saí de meu quarto ás pressas e fui para o quarto de minha mãe. Cutuquei ela algumas vezes e no momento que ela acordou, pedi que ela viesse até o corredor. Ela me analisava, parecendo confusa e assustada. Tantas coisas passavam por minha mente, eu… Estava tão perdida, sem respostas. 

– Filha, o que foi? 

A encarei nos olhos, abrindo a boca e não conseguindo falar nada. Isso não tinha lógica alguma, nada mais fazia sentido pra mim. Meus dedos começaram a apertar a barra de meu vestido. Mamãe segurou minhas duas mãos e olhou profundamente em meus olhos.

– Eu… – Comecei, sentindo o nervosismo tomando conta – Eu vi o fio vermelho no meu dedo, mãe. 

Ela rapidamente entendeu o que estava acontecendo e sorriu sem mostrar os dentes.

– O que você precisa fazer? Qualquer coisa, ficarei feliz em ajudar. 

Pra mim, nada mais tinha resposta ou sentido. Meu cérebro parecia um novelo de lã de tantos pensamentos embaraçados. Sentia nervosismo, medo, ansiedade ao mesmo tempo e não sabia como lidar com tudo aquilo. Várias perguntas rondavam sem respostas na minha mente também, o que não ajudava. Mas a única resposta, a única coisa que eu tinha certeza naquele momento, em meio ao caos que minha mente se encontrava era:

– Eu preciso vê-lo novamente – Sussurrei, de um jeito que apenas minha mãe poderia ouvir. 

Mamãe assentiu e desceu as escadas, indo até a cozinha novamente. Fui atrás dela. Ela abriu a porta de casa e eu observei a neve branquinha caindo na rua, iluminada pela luz da lua. A mulher virou-se para me encarar.

– O representante de cada planeta já fez negócio com o Rei, portanto, os cem guerreiros e guerreiras já voltaram para casa. 

Senti meu coração apertando, abaixei a cabeça e fechei os olhos.

– Mas – Continuou – Há um jeito. 

Levantei a cabeça e a encarei, curiosa. 

– Como? 

Ela sorriu, estendendo a mão para que eu segurasse. 

– Minha querida, você ainda precisa aprender muitas coisas sobre esse universo. 

Segurei a mão de minha mãe e ela fechou a porta de casa e assim saímos. Nós fomos pelo caminho da floresta, que era iluminado por postes de luz e também pela luz da luz, que entrava por entre os galhos da árvores. Não sabia para onde estávamos indo, apenas deixei ela me levar. Depois de alguns minutos caminhando, chegamos em um bosque onde haviam vários caminhos diferentes. Mas eles eram… Estranhos.

– Escute com atenção agora. Todos esses caminhos são portais para outros planetas. Se você entrar em um deles, já vai estar em uma floresta do planeta deles. 

Olhei para o caminho a minha frente. Estava infestado de borboletas, das mais diversas cores. Adana. Alguns eu não reconhecia e outros sim. 

– Este é o caminho para o Aura – Minha mãe falou, apontando.

A floresta ali era muito diferente das que eu conhecia. Estava cheia de neblina e as árvores eram pretas, sem folhas. Mal entrava luz do sol naquela floresta. A única cor além do preto, branco e cinza era o roxo das flores, que estavam espalhadas pela grama. 

– T-tudo bem, eu vou ir. 

Coloquei um pé dentro do caminho, depois o outro. Olhei para trás e ainda podia ver minha mãe ali.

– Boa sorte, (S/N). Se nada der certo, não terá problema algum. Ah, eu posso falar para o seu pai que você foi para a casa de uma amiga. 

Sorri.

– Você pode contar a verdade, mãe. Conte sobre Akai Ito também, papai gostará de saber. 

Ela sorriu abertamente, assentindo. 

Me virei e comecei a caminhar para dentro daquela floresta e a cada passo, sentia meu medo aumentando. Naquele lugar estava ainda mais frio do que em casa. Ouvia alguns corvos ao longe e de vez em quando o barulho de galhos se quebrando.

Fiquei algum tempo naquele caminho até que comecei a ver as luzes da cidade. Estava perto, muito perto. Quando me dei conta, já estava em uma estrada no meio daquela cidade. A estrada se encontrava coberta de neve. As casas eram todas com tons escuros, o que me deixou intrigada. 

Olhei para o céu e não vi nada de azul, rosa ou vermelho, e sim uma imensidão branca. Não conseguia nem ver os planetas vizinhos. Tudo aquilo era muito diferente para mim. Continuei caminhando e me vi no meio de uma praça. Bem no meio do lugar, havia um chafariz em formato de uma flor, e tinham pelo menos cinco jatos de água que saiam dali. 

Talvez o lugar tenha sim suas belezas, afinal de contas. Analisei um pouco o chafariz e então uma outra pergunta me veio a mente: Como iria encontrar aquele guerreiro? Parei um pouco para pensar até que me lembrei do fio vermelho. 

Olhei para meu dedo mindinho e lá estava ele, do mesmo jeito que antes. Olhei para frente e agora conseguia ver o fio vermelho fazendo um caminho por aquela rua. Segui o caminho que o fio havia feito e a cada passo que dava, meu coração batia mais rápido. Percebi que o fio estava entrando no que parecia ser uma biblioteca.

Agora era a hora. Respirei fundo e andei até ali, entrando no lugar. O cheiro de café fresco rapidamente veio as minhas narinas. Olhei para o lado e pude ver que havia uma máquina do líquido ali perto. A pessoa que estava fazendo café parecia ser a bibliotecária. Ela, assim como os guerreiros e guerreiras que nos visitaram, usava preto e apenas preto. 

A garota sorriu e depois de pegar seu café, foi para atrás de seu balcão ler algum livro. Retribui o sorriso e continuei seguindo o caminho do fio. Parei de andar quando vi que o fio não se estendia muito mais. E então pude ver dois pés atrás de uma prateleira. Andei até aquela prateleira e me assustei ao ver que não havia ninguém. 

Eu não estava tão louca assim, eu tinha visto dois pés ali. Não precisei nem olhar para o fio para saber que ele estava atrás de mim. Me virei lentamente, sentindo meu coração disparando. E ali estava ele, também de preto e continuava com o pano que cobria seu rosto. Encarei seus olhos e senti a tranquilidade vindo novamente. 

Seus olhos eram castanhos e sinceramente? Mais lindos do que qualquer tom de azul. Eram hipnotizantes. O garoto me olhou de cima a baixo e seus olhos se estreitaram um pouco. Não fazia ideia de qual era sua expressão. Não fazia a mínima ideia do que dizer, então simplesmente perguntei:

– Quem é você?

Então ele pegou um papel e um lápis de uma mesa de leitura próxima e escreveu algo. Depois de terminar, o guerreiro levantou o papel na frente de seu rosto. Estava escrito “Kim Taehyung”. Comecei a rir no mesmo instante. 

– Por que você escreveu em uma folha? – Perguntei, rindo. 

Ele deu de ombros e tirou o pano preto de seu rosto, me assustando. Veja bem, eu não me assustei por ele ser horrível ou algo do tipo, mas pela extrema beleza que era seu rosto. O formato, o queixo, o nariz… Eu não sabia mais o que estava acontecendo comigo. 

– Assim é mais divertido.

A sua voz não condizia nem um pouco com sua aparência. Ela era grave. Me apaixonei por ela no mesmo instante. Peguei a mesma folha que ele havia usado, mas escrevi meu nome do outro lado e levantei na frente do meu rosto, da mesma maneira que ele fez. Taehyung sorriu, e o sorriso dele era, sem dúvidas, o mais bonito que já havia visto. 

– Então… Você gosta de ler? – Perguntei, tentando não me concentrar em tudo o que estava sentindo. 

Mas ele tornava tudo mais difícil. Taehyung não me respondeu, ficou me encarando por vários segundos e parecia estar pensativo. Engoli em seco, ele me observando daquele jeito… 

– Você gostaria de me acompanhar em uma missão? 

Encarei-o confusa.

– Uma missão?

– Bom… Eu sou um guerreiro de Aura. Sabe como é. 

Continuei com uma expressão confusa. Ele suspirou e segurou meu braço, me arrastando para a porta da biblioteca. Seu toque era quente e se eu dissesse que não me arrepiei, estaria mentindo. Saímos da biblioteca e ele me encostou na parede de fora, olhando fundo em meus olhos.

Eu simplesmente não conseguia desviar o olhar, era tão hipnotizante. Ele me encarou por mais algum tempo e sorriu de canto. Aquele realmente foi o meu fim. Mais alguns sorrisos daqueles e eu estaria em um hospital em pouco tempo. 

– Preciso ir até a floresta e ver se está tudo ok. Será como um passeio no parque. 

Suspirei.

– Tudo bem. 

Quando ele se virou para caminhar, eu pude ver que havia um arco e flecha em suas costas. Nós fomos até a floresta e ficamos observando tudo que havia ali. O lugar era frio e escuro, o medo estava começando a tomar conta de mim novamente. 

– É… Parece que está tudo normal. Podemos voltar? Essa floresta me dá arrepios – Disse, após algum tempo lá. 

De repente ouvi um barulho de algo se mexendo. Olhei para frente e dei alguns passos para trás.

– O que foi isso? – Sussurrei. 

Taehyung olhava para frente.

– Orcs – Disse calmamente.

– O quê? 

– Essa era a missão – Falou, me encarando – Matar os Orcs que estão aqui. 

Olhei para a frente, os barulhos só aumentavam. Então olhei novamente para Kim.

– Q-quantos Orcs são? – Perguntei, o medo crescendo cada vez mais.

– É… – Começou, tirando uma flecha de trás das costas – Uns cem… Estão vindo do norte. 

Encarei Taehyung de olhos arregalados. 

– COMO ASSIM CEM? COMO VOCÊ ESPERA DERROTAR CEM ORCS SOZINHO? – Explodi, tampando minha boca ao ouvir o barulho alto de alguém correndo. 

Eles estavam vindo em nossa direção agora. Droga. Droga. Droga.

– Digamos que – Ele disse, colocando a flecha no arco e apontando para os orcs – Eu não sou um amador. 

Taehyung começou a atirar nos monstros e eu dava mais e mais passos para trás. O garoto não errava uma flecha, era realmente muito bom. Senti minhas pernas tremerem e minhas mãos suarem. Ouvi um barulho na minha direita e me virei. Era um orc. Só deu tempo de Kim vir correndo e acertar uma flecha na cabeça do monstro.

Mas o pior aconteceu. Kim não teve tempo de mirar e um orc realmente grande levantou o punho — Que tinha um soco-inglês prateado — e acertou o rosto do garoto. Taehyung deixou o arco e as flechas caírem no chão e ele mesmo caiu junto.

Tive que pensar muito rápido naquele momento. Peguei uma pedra que achei por perto e joguei na cabeça do grande Orc, fazendo ele desnortear um pouco. Só tive tempo de pegar o arco e as flechas e mirar no Orc. Minhas mãos tremiam demais. 

Respirei profundamente, precisava me acalmar ou eu ia morrer. Acertei a flecha no grande Orc e rapidamente peguei outra, encaixando no arco. Minhas mãos ainda tremiam, não sabia se tinha mira para acertar em uma distância maior. Aliás, não sabia se poderia fazer aquilo, já que nunca havia pegado em uma arma na vida. 

Mirei nos Orcs que estavam cada vez mais próximos e respirei fundo, fechando um dos olhos e mirando, mais uma vez. Acertei o primeiro Orc, o derrubando. Peguei outra flecha e tentei me concentrar ao máximo para não errar os alvos. Acertei mais um, e outro e mais outro. E então larguei o arco no chão e senti minhas pernas bambas.

Sentei-me ao lado de Taehyung, minha respiração completamente descompassada. Ele estava de olhos abertos, olhava sem piscar para o céu. A raiva percorreu todo o meu ser e comecei a dar socos no garoto, que olhou para mim, assustado. 

– Por que você me trouxe para cá? E-Eram cem Orcs! – Disse, a voz tremendo um pouco.

Taehyung voltou a olhar para o céu e deu uma pequena risada de repente. 

– Veja só como a vida é engraçada. Eu ia dar conta dos Orcs sozinho, mas como você estava aqui, eu tive que te salvar. No segundo seguinte, você também teve que me salvar, e não correu. Você ficou e lutou, mesmo nem sendo uma guerreira. 

E então suspirou, seu olhar pareceu distante e o sorriso desapareceu de seu rosto.

– Obrigado, (S/N) – Ele disse, me encarando. 

Assenti, sentindo meu coração mais acelerado do que nunca antes. Kim se levantou e limpou o sangue que escorria do corte que havia em seu lábio. 

– Quer conhecer a minha casa? – Perguntou de repente.

Fiz que sim com a cabeça e ele pegou seu arco e flecha, depois se virou e estendeu sua mão para que eu segurasse, sorrindo. Fiz isso sem nem pensar duas vezes.

(…)

Assim que chegamos na casa dele, Taehyung foi preparar um café. Ele disse que seus pais haviam saído para ir em um restaurante, portanto, éramos só nós. Isso me assustava. Enquanto esperava sentada no sofá, olhava as fotos dele e de sua família na parede da sala. Era tão bom ver o sorriso dele. Assim como o olhar, o sorriso dele me trazia uma certa paz.

– Aqui – A voz dele me assustou.

Andei até Taehyung, que segurava duas xícaras de café nas mãos, e peguei uma para mim. Bebi um pouco do café e sorri. 

– Está ótimo.

Ele curvou o corpo para frente numa reverência um pouco exagerada, me fazendo rir.

– Vem, quero te mostrar um lugar – Ele disse, rindo e tomando um gole de café em seguida. 

A casa de Tae, como todas as casas da cidade, era predominantemente com as cores preto, cinza e branco e raramente com outras cores. Mas ainda assim, não deixava de ter o seu charme. Havia um corredor um pouco grande onde continha um tapete vermelho escuro com alguns detalhes em dourado — O objeto mais colorido da casa — que achei lindo.

A porta no fim do corredor estava entreaberta e antes de Taehyung abrir totalmente, ele olhou para mim. 

– Você me perguntou se eu gostava de ler – Disse, sorrindo – Bom, talvez…

E então ele abriu as porta completamente e eu não tive palavras para expressar o que estava sentindo. Era uma biblioteca enorme, com dois andares, uma lareira, uma mesa e uma poltrona bem na frente da lareira. Parecia o lugar dos sonhos. Rapidamente imaginei um dia frio, eu com um chocolate quente, um livro e a lareira acesa. Perfeito. 

– Meu Deus! Isso é… Uau.

Ele riu.

– Todos se impressionam. 

Comecei a analisar os livros das prateleiras e percebi que a grande maioria deles era composta de livros de Ficção Científica, Ciência e Fantasia. Folheei alguns e percebi a vontade que tinha de ler todos aqueles livros.

– (S/N)…

Vire-me para Tae, que estava com uma expressão estranha. Ele estava branco demais…

– Taehyung? – Chamei, me aproximando dele.

– Acho que vou desmaiar…

Um segundo depois, Kim caiu em cima dos meus braços. Dei um passo para trás com o peso dele, mas segurei-o firme. Oh céus, o que eu faria agora? Coloquei o braço esquerdo dele em meus ombros e o carreguei até o corredor, abrindo as portas até achar seu quarto, que era a segunda porta á direita.

Coloquei ele na cama e levei minha mão até sua testa. Estava um pouco quente, mas nada que tivesse que me preocupar. A janela do quarto estava aberta, mas coberta por cortinas brancas. Comecei a analisar o quarto dele e sorri involuntariamente. Ali as cores eram um pouco mais vibrantes. 

As paredes eram brancas, mas com a decoração do quarto, ela se destacava. Havia um mapa do nosso universo na parede do quarto dele, uma coleção de arco e flecha na outra. A cama parecia muito aconchegante. Mas quando olhei para o teto, tudo valeu a pena. Era uma réplica do céu a noite. As estrelas brilhavam de verdade e os planetas — Inclusive o meu — podiam ser facilmente identificados.

Eu não sabia quem era Kim Taehyung, não conhecia suas manias, seus hobbies, seus medos. Mas o que sentia quando o via era tão estranho… Tão novo… Eu simplesmente não podia explicar isso, é…É mais fácil sentir. 

Sentei na mesa do computador dele e pude ver o abajur aceso. A luz refletiu em um pequeno livro ali em cima. A capa era lisa e de um azul claro. Não era um livro, e sim um caderno. Abri ele e comecei a folheá-lo. Rapidamente percebi que era um diário e me senti mal por estar invadindo a privacidade dele dessa maneira. 

Mas antes que pudesse fechar o diário, me encontrei na última página do mesmo. Sentia que devia ler aquilo, e foi o que fiz.

“Querido diário, Hoje foi um grande dia. Participei do desfile dos três planetas e finalmente visitei Sigma. Lá é lindo, apesar de ser um pouco… Colorido demais. Comi muitas maças lá. Achei interessante o fato de elas serem azuis e não vermelhas. Mas… Aconteceu algo diferente hoje. Eu vi uma garota em meio a multidão que assistia o desfile.  Foi estranho o jeito que ela chamou a minha atenção. Talvez pelo jeito engraçado que se vestia ou por sua incrível beleza… Só sei que senti algo muito estranho quando a encarei. Não vi ela depois do desfile e aquilo me incomodou mais do que o normal. Será que um dia serei capaz de poder vê-la novamente? 

E ah, talvez eu esteja alucinando também, pois vi um fio vermelho entre eu e a garota misteriosa. Estaria eu ficando louco?”

– Acho que o soco daquele Orc foi bem mais forte do que pensei – Tae disse, a voz falhando um pouco.

Meu coração, que não parava de bater forte, fez exatamente isso naquele momento. Eu me levantei da cadeira e andei até o lado da cama de Taehyung. Sem dizer nada, me deitei ao seu lado, coloquei as mãos embaixo do rosto e fiquei observando ele. Sua expressão ficou confusa por alguns segundos, mas logo em seguida ele me fitou também.

Eu tinha tanta coisa para falar, mas as palavras não se formavam, pois não existiam. Apenas o observei,  deixando claro em meus olhos tudo que minha boca não conseguia dizer. Ficamos nos olhando por tanto tempo que pareceram horas, dias… Foi mágico o jeito que nos comunicamos, sem palavras, sem gestos, só os olhares já diziam tudo.

– Você viu que eu tenho vários livros de Ciência, não é? Eu sei o nome das principais estrelas do nosso universo e posso dizer pra você. Sei as teorias de Albert Einstein, Isaac Newton, Charles Darwin, Stephen Hawking e um monte de outros cientistas. Posso te explicar cada uma delas. Mas eu nunca vou saber te dizer ou explicar o que aconteceu comigo quando você sorriu. 

Inevitavelmente eu sorri. Kim sorriu junto ao ver minha reação. Sorrir e ver ele sorrindo ao mesmo tempo era sinceramente a melhor coisa do mundo. Ele se aproximou ainda mais de mim, colocando nossos narizes. Fechei os olhos e ri, aquilo fazia cócegas. Quando abri os olhos novamente, ele estava me encarando.

Kim levou sua mão até o meu rosto e acariciou lentamente, juntando nossos lábios devagar. A textura dos lábios dele, o gosto… Tudo me dava uma sensação tão boa e reconfortante. O beijo era suave e lento, do jeito que tinha que ser.

Então ele me abraçou. Levou seu braço até a minha nuca e me enlaçou devagar. E eu me senti tão protegida, como se estivesse em casa pela primeira vez na vida. 

Naquele momento eu percebi que aquele era o melhor lugar do mundo. Aquele quarto, aquela cama macia, e por último mas muito importante, estar nos braços de Kim Taehyung. De repente afastei meus lábios dos lábios dele, eu estava com medo de novo. 

– Eu fiz algo errado? – Ele perguntou, baixinho.

– Não, não. Você fez tudo certo. É que… Foi tudo tão estranho. Aconteceu tão rápido… 

Ele colocou sua testa na minha e eu suspirei profundamente.

– Um cara me falou uma vez que o amor não tem regras, e por mais que nunca tenha amado de verdade, eu concordei com ele. E bom, ele estava certo. Sabe porque ninguém consegue explicar o amor? Por que ele surge assim, do nada, nos momentos mais inusitados e talvez pelas pessoas mais inusitadas também. Ninguém consegue explicar, mas todos podem sentir. 

– Você viu o fio… Acredita? 

Separei nossas testas e o fitei.

– Sei sobre a lenda e – Ele levantou o dedo mindinho da mão esquerda, o fio estava ali – Mesmo que isso não seja real, você está aqui e eu estou aqui. Estou mais feliz do que nunca e espero que você esteja também. É o bastante para mim, (S/N) – Falou, sorrindo do jeito mais fofo possível. 

Fiquei olhando profundamente em seus olhos. Tinha um brilho lindo neles, como se ali habitasse uma galáxia inteirinha cheia de estrelas. Bom, eu sempre gostei de olhar para as estrelas de qualquer jeito…

~ChimChim

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Seohyun Colors

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Red Sunrise

Estava muito frio e escuro. Sentia como se não fosse aguentar mais e caí no chão. A neve já estava me cobrindo, eu estava me desligando mas o sorriso dela veio na minha mente e mesmo com a dor pensar nela me fazia acreditar que ficaria tudo bem.

Seulgi, o nome da minha melhor amiga.

Eu não sabia dizer se eu estava somente recordando acordada ou sonhando. Mas de qualquer forma, eu não queria que aquilo acabasse. Eu queria sonhar com a nossa história pra sempre.

Eu estava chorando sem parar andando em direção a qualquer lugar bem longe dali, as lágrimas escorriam atrapalhando minha visão. As pessoas olhavam pra mim mas eu não me importava. Eu não conseguia conter. Era simplesmente um dos dias mais tristes da minha vida. Eu havia me decepcionado com mais uma pessoa que se dizia ser minha amiga. Eu estava com raiva e desesperada, eu só queria fugir dali logo. Eu cansei de correr e acabei chegando no bosque. Ali era o meu refúgio, tudo estava como antes e eu estava sozinha, nunca fiquei tão feliz e triste ao mesmo tempo por isso, estava feliz pois ninguém me veria chorando e estava triste porque não teria ninguém pra me confortar, mas eu já estava acostumada com isso, afinal, nunca tinha tido algum amigo de verdade. Sentei na grama e vi que O sol estava se pondo e olhar pra ele me acalmou, as lágrimas diminuíram e eu senti ele na minha pele. Estava tão distante, tão frio e eu não queria que ele fosse embora, tinha medo de nunca mais vê-lo, apesar de amar a lua e as estrelas eu me sentia ainda mais solitária a noite. Resolvi fechar os olhos, estavam muito enchados de tanto eu chorar, quando eu escutei uma voz muito doce perto de mim.

— Moça, desculpe incomodar mas acredito que você perdeu sua fita.

Eu olhei pra ela e fiquei surpresa. A menina mais bonita que eu já tinha visto na minha vida estava parada ali com um sorriso no rosto, a minha fita vermelha na mão e só aí que me dei conta de que meu cabelo estava solto.

—Oh, muito obrigada! Eu nem sequer tinha percebido que estava sem ela!

—Sim, eu vi vem no momento que ela se desprendeu do seu cabelo e tive que vir te entregar, é um laço tão lindo – ela disse me entregando. Mas a expressão dela mudou, como se estivesse preocupada. — Você está bem mesmo? Eu te vi chorando e seus olhos estão vermelhos, você me parece tão triste. Eu posso fazer algo pra se sentir melhor?

Eu não estava entendendo. De onde saiu essa menina que parece mais um anjo? Ela demonstrava estar preocupada de verdade e eu nunca senti essa preocupação vindo de ninguém antes.

— É que hoje está sendo um dia difícil – eu disse dando um sorriso sem jeito — Mas você não precisa se preocupar, eu vou ficar bem! — As lágrimas novamente estavam derramando dos meus olhos e ela se aproximou, agachou no meu lado me confortando e disse — Se você precisar de uma amiga eu estou aqui pra qualquer coisa, tá bem? Eu não gosto de ver ninguém triste. — Naquele momento eu consegui olhar nos olhos dela e enxerguei tamanha bondade, tanta luz e gentileza. Até o momento parecia que ela iria desaparecer a qualquer momento. Eu agradeci e ela me perguntou o meu nome.

— Sooyoung, mas pode me chamar de Soo! E o seu?

— Seulgi, mas meu apelido é Gii! — ela disse com tanta empolgação que me fez sorrir. — Fico muito feliz de ter te conhecido Soo! Eu trabalho na loja de cachorrinhos na Rua principal. Eu adoraria se um dia você pudesse me visitar e quem sabe adotar mais um amigo! Agora preciso ir, estou um pouco atrasada, te espero lá – ela acenou e eu retribuí. Quando me dei conta, não estava mais chorando e sim com um sorriso no rosto. Era estranho mas eu sentia que tinha ganhado uma amiga pra sempre, como se eu sempre tivesse conhecido ela. Eu fui pra casa naquele dia bem diferente de quando havia saído. Eu estava muito mais aliviada e feliz, pois fui presenteada por Deus. Era estranho dizer isso pois eu nunca confiava em ninguém, nem em quem eu conhecia a muitos anos mas nela eu sentia que era impossível não acreditar. Quando deitei na cama pra tentar dormir às lágrimas voltaram a escorrer, mas agora eu sabia que não estava sozinha e adormeci.

No dia seguinte acordei assustada, sonhei com unicórnio, fadas e dragões. Lembrei do sonho e comecei a rir sem parar. Que espécie de sonho era aquele?! Eu só podia estar enlouquecendo. Como de costume peguei a fita e amarrei no cabelo e lembrei da Gii na hora. Eu não tinha nada pra fazer e resolvi ir lá na loja como forma de agradecimento por toda a ajuda de ontem.

Eu já tinha passado diversas vezes em frente daquela loja, eu sempre amei os animais mais que tudo no mundo. Era um lugar que cuidava dos bichinhos até alguém adotá-los e a maioria deles eram cachorros e gatos. Eu entrei lá e fiquei olhando alguns gatinhos brincando com eles. Não tinha visto a Seulgi até ela me chamar.

– Soo! Você veio mesmo! –ela disse com um sorriso grande no rosto. E sorri tímida e então olhei pro cachorrinho no colo dela e antes de eu perguntar se era dela ela falou – Esse é o Joonie! O meu amiguinho que está sempre comigo, ontem eu estava vindo pra cá pra buscá-lo, já que eu o deixei aqui pra brincar com os outros bichinhos. Eu olhei pra ele e era um cachorrinho adorável, eu fiquei encantada com ele. – Eu tenho tantas coisas pra te mostrar aqui! — ela comentou. — Eu tenho um dia todo pra ver tudo! — eu disse empolgada.

Se passaram algumas horas e nem vimos o tempo passar. Ela me mostrou como cuida dos cachorrinhos todos os dias e como ela ama o que faz, e me disse que também sente falta da família mas que todos os finais de semana ela vai visitar eles e eu fiquei muito feliz de saber que ela tem uma boa família porque ela merece e até do meu sonho nós conversamos sobre e eu descobri que ela também amava esses assuntos.

— Então Soo — ela falou em um tom animado. – Qual deles você vai levar?

Eu não tinha como cuidar de um bichinho naquele momento então falei

— Infelizmente não posso levar nenhum no momento… — eu disse com tristeza . — Não posso pegar uma responsabilidade tão grande agora.

—É pelo mesmo motivo que estava chorando ontem? E como você está hoje, hein? Se sente melhor? – ela estava preocupada.

— É mais ou menos o mesmo motivo. Tenho me sentido muito triste nos últimos anos mas me senti tão bem depois que te conheci! Fico tão feliz pela fita ter caído! – eu disse com sinceridade e ela disse que agora a fita vermelha seria o “símbolo” da nossa amizade e me contou sobre uma lenda: Akai Ito. Eu não conhecia mas fiquei encantada com ela. Será que realmente nascemos com uma conexão com outra pessoa?

— Você acredita nisso Gii?

— Claro. Sabe, eu sempre sonho com um menino. O menino mais lindo do mundo. Ele é um príncipe. Eu acho estranho porque nunca vi ele pessoalmente mas eu amo tanto ele. Ele tem o sorriso mais lindo de todos. — Os olhos dela brilhavam tanto e eu achei isso tão maravilhoso. Será que um dia vou me apaixonar assim? E por um príncipe? Eu não sabia dizer porque só me apaixonei por personagens de livros.

— Então ele combina muito com você! – eu disse animada. — Você é a menina mais linda que eu já conheci. Só um príncipe mesmo pra conseguir conquistar seu coração!

— Você que é a rainha da beleza, Soo. — eu abri a boca pra contestar mas ela não deixou. — E nem adianta tentar dizer o contrário porque nada importa além da minha opinião. — Nós caímos na gargalhada e eu me sentia tão feliz, tinha muito tempo que não me sentia assim. Era tão bom lembrar do sentimento de felicidade novamente!

Os dias foram passando e se transformaram em meses até se completar um ano da nossa amizade. Nós tínhamos marcado de ir na confeitaria. Nós amávamos bolo. Eu estava me arrumando até que alguém bateu na porta. Quando eu abri e tive uma surpresa. Era a Gii com uma bolinha de pelos no colo.

— SURPRESA! — ela gritou tão alto que eu comecei a rir. — Agora você tem mais uma amiga meu amor, eu vou te ajudar a cuidar dela! É o meu presente de um ano de amizade. — ela me entregou a cachorrinha, tão linda. Assim que eu olhei pra ela e pros olhos brilhando eu sabia o nome que deveria dar. — Muito obrigada meu amor! Ela vai se chamar Luna! O olhar dela me lembrou o brilho da lua! — a Gii amou o nome e nós passamos o dia brincando com a Luna e o Joonie!

Depois de alguns dias eu iria dormir na casa da Gii, iríamos assistir filmes e eu estava levando a Luna comigo. Estava nevando levemente mas o clima mudou subitamente e a neve começou a cair juntamente com uma tempestade. Era uma tempestade de neve e tudo aconteceu muito rápido. Estávamos passando perto de uma uma floresta quando a Luna pulou do meu colo. Estava muito mais frio do que antes e eu não estava tão agasalhada. A Luna correu em direção a floresta e eu não pensei duas vezes e fui atrás dela. — Luna! — gritei o mais alto que pude inúmeras vezes e a tempestade só ficava mais forte. Já estava escurecendo e eu ainda não tinha achado ela. Eu não iria sair dali sem ela.

Estava muito frio e escuro. Sentia como se não fosse aguentar mais e caí no chão. A neve já estava me cobrindo, eu estava me desligando mas o sorriso dela veio na minha mente e mesmo com a dor pensar nela me fazia acreditar que ficaria tudo bem.

Seulgi, o nome da minha melhor amiga.

Eu não sabia dizer se eu estava somente recordando acordada ou sonhando. Mas de qualquer forma, eu não queria que aquilo acabasse. Eu queria sonhar com a nossa história pra sempre.

E então eu escutei uma voz chamando meu nome. — Soo! Onde você está? Soo! — No início eu não sabia se era da minha cabeça mas fiz um esforço enorme pra tentar escutar melhor, tentei tirar a neve de mim, o dia já estava amanhecendo, por quanto tempo eu estava ali?

— Soo encontrei você! Finalmente, como você está meu amor? — ela disse muito preocupada e aflita — Eu vou te tirar daqui.

— Gii, onde está a Luna? — eu disse confusa. Ainda não estava conseguindo pensar direito.

— Eu a encontrei perto do lago, e levei ela pra casa. Não se preocupe, ela está segura agora! Vou chamar a ambulância porque você pode estar com hipotermia.

Graças a Deus fiz todos os exames no hospital e estava tudo bem. Quando eu cheguei na casa da Gii eu estava bem melhor. Ela quis que eu fosse pra la, pra poder cuidar de mim. Nunca duvidei que a Gii era um anjo. Eu abracei a Luna bem forte quando vi ela. — Nunca mais fuja de mim! Eu não posso perder mais ninguém. — disse abraçando ela bem forte. Eu estava feliz pois ela continuava bem pestinha brincando com o Joonie!

— Gii, como você conseguiu me encontrar? A floresta é tão densa e perigosa. Estava tão escuro… Poderia ter acontecido algo com você também. – eu estava me sentindo tão mal por tudo. Devia ter segurado a Luna mais forte naquele momento. Teria evitado tudo isso.

— Eu vi que você estava demorando e fui andando pelo caminho até a sua casa e vi a fita vermelha no chão. – agora que percebi que tinha deixado caído de novo. — E então eu entrei na floresta sem pensar duas vezes atrás de você!

No momento eu não sei exatamente o porquê mas eu comecei a chorar muito. Novamente uma fita vermelha tinha nos conectado. Eu pensei no Akai Ito. A linha vermelha que conecta duas pessoas. Na hora eu pensei que não era verdade, porque poderia conectar mais de uma. A Gii com certeza é conectada com o príncipe e eu sou conectada com ela! Ela é um presente na minha vida e eu não consigo me imaginar sem ela. Nós nos abraçamos e eu agradeci por tudo até aquele momento.

— Gii, assim como na segunda vez que você me salvou na primeira eu estava perdida, sozinha, com medo, com frio e eu pensei que nunca mais veria a luz do Sol novamente e então você apareceu e me resgatou. Eu só quero te dizer que você me salva todos os dias da minha vida. Você me mostra a direção. Obrigada por ser meu Akai Ito, agora nunca mais eu vou estar perdida ou sozinha. Eu te amo! — disse com lágrimas nos olhos.

Ela me abraçou forte e daquele momento em diante eu sabia que teria pra sempre a melhor amiga do mundo comigo. E quem sabe, até perderia a fita mais vezes!

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Red Sunrise
hyunggusgarden
6 years ago

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Red Sunrise

Estava muito frio e escuro. Sentia como se não fosse aguentar mais e caí no chão. A neve já estava me cobrindo, eu estava me desligando mas o sorriso dela veio na minha mente e mesmo com a dor pensar nela me fazia acreditar que ficaria tudo bem.

Seulgi, o nome da minha melhor amiga.

Eu não sabia dizer se eu estava somente recordando acordada ou sonhando. Mas de qualquer forma, eu não queria que aquilo acabasse. Eu queria sonhar com a nossa história pra sempre.

Eu estava chorando sem parar andando em direção a qualquer lugar bem longe dali, as lágrimas escorriam atrapalhando minha visão. As pessoas olhavam pra mim mas eu não me importava. Eu não conseguia conter. Era simplesmente um dos dias mais tristes da minha vida. Eu havia me decepcionado com mais uma pessoa que se dizia ser minha amiga. Eu estava com raiva e desesperada, eu só queria fugir dali logo. Eu cansei de correr e acabei chegando no bosque. Ali era o meu refúgio, tudo estava como antes e eu estava sozinha, nunca fiquei tão feliz e triste ao mesmo tempo por isso, estava feliz pois ninguém me veria chorando e estava triste porque não teria ninguém pra me confortar, mas eu já estava acostumada com isso, afinal, nunca tinha tido algum amigo de verdade. Sentei na grama e vi que O sol estava se pondo e olhar pra ele me acalmou, as lágrimas diminuíram e eu senti ele na minha pele. Estava tão distante, tão frio e eu não queria que ele fosse embora, tinha medo de nunca mais vê-lo, apesar de amar a lua e as estrelas eu me sentia ainda mais solitária a noite. Resolvi fechar os olhos, estavam muito enchados de tanto eu chorar, quando eu escutei uma voz muito doce perto de mim.

— Moça, desculpe incomodar mas acredito que você perdeu sua fita.

Eu olhei pra ela e fiquei surpresa. A menina mais bonita que eu já tinha visto na minha vida estava parada ali com um sorriso no rosto, a minha fita vermelha na mão e só aí que me dei conta de que meu cabelo estava solto.

—Oh, muito obrigada! Eu nem sequer tinha percebido que estava sem ela!

—Sim, eu vi vem no momento que ela se desprendeu do seu cabelo e tive que vir te entregar, é um laço tão lindo – ela disse me entregando. Mas a expressão dela mudou, como se estivesse preocupada. — Você está bem mesmo? Eu te vi chorando e seus olhos estão vermelhos, você me parece tão triste. Eu posso fazer algo pra se sentir melhor?

Eu não estava entendendo. De onde saiu essa menina que parece mais um anjo? Ela demonstrava estar preocupada de verdade e eu nunca senti essa preocupação vindo de ninguém antes.

— É que hoje está sendo um dia difícil – eu disse dando um sorriso sem jeito — Mas você não precisa se preocupar, eu vou ficar bem! — As lágrimas novamente estavam derramando dos meus olhos e ela se aproximou, agachou no meu lado me confortando e disse — Se você precisar de uma amiga eu estou aqui pra qualquer coisa, tá bem? Eu não gosto de ver ninguém triste. — Naquele momento eu consegui olhar nos olhos dela e enxerguei tamanha bondade, tanta luz e gentileza. Até o momento parecia que ela iria desaparecer a qualquer momento. Eu agradeci e ela me perguntou o meu nome.

— Sooyoung, mas pode me chamar de Soo! E o seu?

— Seulgi, mas meu apelido é Gii! — ela disse com tanta empolgação que me fez sorrir. — Fico muito feliz de ter te conhecido Soo! Eu trabalho na loja de cachorrinhos na Rua principal. Eu adoraria se um dia você pudesse me visitar e quem sabe adotar mais um amigo! Agora preciso ir, estou um pouco atrasada, te espero lá – ela acenou e eu retribuí. Quando me dei conta, não estava mais chorando e sim com um sorriso no rosto. Era estranho mas eu sentia que tinha ganhado uma amiga pra sempre, como se eu sempre tivesse conhecido ela. Eu fui pra casa naquele dia bem diferente de quando havia saído. Eu estava muito mais aliviada e feliz, pois fui presenteada por Deus. Era estranho dizer isso pois eu nunca confiava em ninguém, nem em quem eu conhecia a muitos anos mas nela eu sentia que era impossível não acreditar. Quando deitei na cama pra tentar dormir às lágrimas voltaram a escorrer, mas agora eu sabia que não estava sozinha e adormeci.

No dia seguinte acordei assustada, sonhei com unicórnio, fadas e dragões. Lembrei do sonho e comecei a rir sem parar. Que espécie de sonho era aquele?! Eu só podia estar enlouquecendo. Como de costume peguei a fita e amarrei no cabelo e lembrei da Gii na hora. Eu não tinha nada pra fazer e resolvi ir lá na loja como forma de agradecimento por toda a ajuda de ontem.

Eu já tinha passado diversas vezes em frente daquela loja, eu sempre amei os animais mais que tudo no mundo. Era um lugar que cuidava dos bichinhos até alguém adotá-los e a maioria deles eram cachorros e gatos. Eu entrei lá e fiquei olhando alguns gatinhos brincando com eles. Não tinha visto a Seulgi até ela me chamar.

– Soo! Você veio mesmo! –ela disse com um sorriso grande no rosto. E sorri tímida e então olhei pro cachorrinho no colo dela e antes de eu perguntar se era dela ela falou – Esse é o Joonie! O meu amiguinho que está sempre comigo, ontem eu estava vindo pra cá pra buscá-lo, já que eu o deixei aqui pra brincar com os outros bichinhos. Eu olhei pra ele e era um cachorrinho adorável, eu fiquei encantada com ele. – Eu tenho tantas coisas pra te mostrar aqui! — ela comentou. — Eu tenho um dia todo pra ver tudo! — eu disse empolgada.

Se passaram algumas horas e nem vimos o tempo passar. Ela me mostrou como cuida dos cachorrinhos todos os dias e como ela ama o que faz, e me disse que também sente falta da família mas que todos os finais de semana ela vai visitar eles e eu fiquei muito feliz de saber que ela tem uma boa família porque ela merece e até do meu sonho nós conversamos sobre e eu descobri que ela também amava esses assuntos.

— Então Soo — ela falou em um tom animado. – Qual deles você vai levar?

Eu não tinha como cuidar de um bichinho naquele momento então falei

— Infelizmente não posso levar nenhum no momento… — eu disse com tristeza . — Não posso pegar uma responsabilidade tão grande agora.

—É pelo mesmo motivo que estava chorando ontem? E como você está hoje, hein? Se sente melhor? – ela estava preocupada.

— É mais ou menos o mesmo motivo. Tenho me sentido muito triste nos últimos anos mas me senti tão bem depois que te conheci! Fico tão feliz pela fita ter caído! – eu disse com sinceridade e ela disse que agora a fita vermelha seria o “símbolo” da nossa amizade e me contou sobre uma lenda: Akai Ito. Eu não conhecia mas fiquei encantada com ela. Será que realmente nascemos com uma conexão com outra pessoa?

— Você acredita nisso Gii?

— Claro. Sabe, eu sempre sonho com um menino. O menino mais lindo do mundo. Ele é um príncipe. Eu acho estranho porque nunca vi ele pessoalmente mas eu amo tanto ele. Ele tem o sorriso mais lindo de todos. — Os olhos dela brilhavam tanto e eu achei isso tão maravilhoso. Será que um dia vou me apaixonar assim? E por um príncipe? Eu não sabia dizer porque só me apaixonei por personagens de livros.

— Então ele combina muito com você! – eu disse animada. — Você é a menina mais linda que eu já conheci. Só um príncipe mesmo pra conseguir conquistar seu coração!

— Você que é a rainha da beleza, Soo. — eu abri a boca pra contestar mas ela não deixou. — E nem adianta tentar dizer o contrário porque nada importa além da minha opinião. — Nós caímos na gargalhada e eu me sentia tão feliz, tinha muito tempo que não me sentia assim. Era tão bom lembrar do sentimento de felicidade novamente!

Os dias foram passando e se transformaram em meses até se completar um ano da nossa amizade. Nós tínhamos marcado de ir na confeitaria. Nós amávamos bolo. Eu estava me arrumando até que alguém bateu na porta. Quando eu abri e tive uma surpresa. Era a Gii com uma bolinha de pelos no colo.

— SURPRESA! — ela gritou tão alto que eu comecei a rir. — Agora você tem mais uma amiga meu amor, eu vou te ajudar a cuidar dela! É o meu presente de um ano de amizade. — ela me entregou a cachorrinha, tão linda. Assim que eu olhei pra ela e pros olhos brilhando eu sabia o nome que deveria dar. — Muito obrigada meu amor! Ela vai se chamar Luna! O olhar dela me lembrou o brilho da lua! — a Gii amou o nome e nós passamos o dia brincando com a Luna e o Joonie!

Depois de alguns dias eu iria dormir na casa da Gii, iríamos assistir filmes e eu estava levando a Luna comigo. Estava nevando levemente mas o clima mudou subitamente e a neve começou a cair juntamente com uma tempestade. Era uma tempestade de neve e tudo aconteceu muito rápido. Estávamos passando perto de uma uma floresta quando a Luna pulou do meu colo. Estava muito mais frio do que antes e eu não estava tão agasalhada. A Luna correu em direção a floresta e eu não pensei duas vezes e fui atrás dela. — Luna! — gritei o mais alto que pude inúmeras vezes e a tempestade só ficava mais forte. Já estava escurecendo e eu ainda não tinha achado ela. Eu não iria sair dali sem ela.

Estava muito frio e escuro. Sentia como se não fosse aguentar mais e caí no chão. A neve já estava me cobrindo, eu estava me desligando mas o sorriso dela veio na minha mente e mesmo com a dor pensar nela me fazia acreditar que ficaria tudo bem.

Seulgi, o nome da minha melhor amiga.

Eu não sabia dizer se eu estava somente recordando acordada ou sonhando. Mas de qualquer forma, eu não queria que aquilo acabasse. Eu queria sonhar com a nossa história pra sempre.

E então eu escutei uma voz chamando meu nome. — Soo! Onde você está? Soo! — No início eu não sabia se era da minha cabeça mas fiz um esforço enorme pra tentar escutar melhor, tentei tirar a neve de mim, o dia já estava amanhecendo, por quanto tempo eu estava ali?

— Soo encontrei você! Finalmente, como você está meu amor? — ela disse muito preocupada e aflita — Eu vou te tirar daqui.

— Gii, onde está a Luna? — eu disse confusa. Ainda não estava conseguindo pensar direito.

— Eu a encontrei perto do lago, e levei ela pra casa. Não se preocupe, ela está segura agora! Vou chamar a ambulância porque você pode estar com hipotermia.

Graças a Deus fiz todos os exames no hospital e estava tudo bem. Quando eu cheguei na casa da Gii eu estava bem melhor. Ela quis que eu fosse pra la, pra poder cuidar de mim. Nunca duvidei que a Gii era um anjo. Eu abracei a Luna bem forte quando vi ela. — Nunca mais fuja de mim! Eu não posso perder mais ninguém. — disse abraçando ela bem forte. Eu estava feliz pois ela continuava bem pestinha brincando com o Joonie!

— Gii, como você conseguiu me encontrar? A floresta é tão densa e perigosa. Estava tão escuro… Poderia ter acontecido algo com você também. – eu estava me sentindo tão mal por tudo. Devia ter segurado a Luna mais forte naquele momento. Teria evitado tudo isso.

— Eu vi que você estava demorando e fui andando pelo caminho até a sua casa e vi a fita vermelha no chão. – agora que percebi que tinha deixado caído de novo. — E então eu entrei na floresta sem pensar duas vezes atrás de você!

No momento eu não sei exatamente o porquê mas eu comecei a chorar muito. Novamente uma fita vermelha tinha nos conectado. Eu pensei no Akai Ito. A linha vermelha que conecta duas pessoas. Na hora eu pensei que não era verdade, porque poderia conectar mais de uma. A Gii com certeza é conectada com o príncipe e eu sou conectada com ela! Ela é um presente na minha vida e eu não consigo me imaginar sem ela. Nós nos abraçamos e eu agradeci por tudo até aquele momento.

— Gii, assim como na segunda vez que você me salvou na primeira eu estava perdida, sozinha, com medo, com frio e eu pensei que nunca mais veria a luz do Sol novamente e então você apareceu e me resgatou. Eu só quero te dizer que você me salva todos os dias da minha vida. Você me mostra a direção. Obrigada por ser meu Akai Ito, agora nunca mais eu vou estar perdida ou sozinha. Eu te amo! — disse com lágrimas nos olhos.

Ela me abraçou forte e daquele momento em diante eu sabia que teria pra sempre a melhor amiga do mundo comigo. E quem sabe, até perderia a fita mais vezes!

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Red Sunrise
hyunggusgarden
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KINO
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hyunggusgarden
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ATTENTION ALL GIRLS AND LADIES: if you walk from home, school, office or anywhere and you are alone and you come across a little boy crying holding a piece of paper with an address on it, DO NOT TAKE HIM THERE! take him straight to the police station for this is the new 'gang' way of rape. The incident is getting worse. Warn your families. Reblog this so this message can get accross to everyone.