kingtritxn - tritão.
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Um Portal Com @reisimbao

🍄 um portal com @reisimbao

rei tritão estava preso na mesma conversa com aquata há uns vinte minutos, e agora a sereia parecia sequer fazer sentido. ele até tentava manter sua postura e transparecer que estava prestando atenção nas divagações da outra, mas quando a fala alheia se tornou tão prolixa que praticamente a impedia de ter um mísero propósito, o rei entendeu o que estava acontecendo. “você tá me enrolando, né, criança?” constatou, cruzando os braços, o semblante outrora confuso agora endurecido. a sereia tentou continuar a farsa mas era tarde demais, o mais velho havia compreendido tudo. “onde está sua irmã?” se o tritão já havia sido pouco tolerante com ariel naquela época, a situação com adella o transformava em um controlador ainda mais implacável. não que ele se orgulhasse daquela sua faceta, mas o que podia fazer? preferia ter a filha irritada consigo que morta. ou, ainda, namorando. “anda, onde adella está?” repetiu, apenas para receber em resposta uma enfim admissão de que na verdade aquata não tinha a menor ideia de onde a irmã estaria. já haviam se passado uma hora do seu horário. “parabéns, aquata, parabéns. que legal. sua irmã tá sabe-se lá onde, fazendo sabe-se lá o que, com sabe-se lá quem, e você aqui encobrindo a sua irmã assim… legal. depois eu lido contigo” apontou, mas a preocupação direcionada à filha em perigo era maior do que a irritação com a que estava em sua frente. verdade fosse dita; poderiam até chamar de negligência, se assim se atrevessem. tritão não havia percebido, mas todo aquele foco em adella vinha deixando as irmãs um pouco… chateadas. não que ele as ignorasse, ou que tentasse as controlar menos do que o comum, de qualquer modo. mas seus atos poderiam soar quase como preferência, e se ele houvesse se atentado, certamente tomaria mais cuidado. mas naquela hora, não havia nada em sua cabeça além do objetivo de encontrar sua filha e a trazer para casa imediatamente. desejou por um portal direto de seu castelo para a areia, e assim que adquiriu a forma humana (e averiguou que a garota não estava na praia), desejou por outro que o levasse direto para a avenida principal.

assim que o atravessou, porém, o corpo do homem trombou de imediato com alguém que passava na calçada, quase fazendo com os dois fossem ao chão. estava velho, mas pelo menos seus reflexos estavam bons, percebeu ao se equilibrar. “mas rapaz! tome cuidado por ond— simba!” como se o portal soubesse exatamente o que fazer, havia esbarrado justamente em alguém que podia lhe ajudar. “você agora é meio que um… guarda né? um negócio assim?” tritão sabia que ele não era um soldado exatamente, mas se lembrava que ele estava no comando da defesa de pride land. diziam que ele tinha um faro muito bom, de qualquer modo. “preciso de uma ajuda! minha filha está desaparecida.” piscou algumas vezes, pensando sobre as próprias palavras. “quer dizer, ela não está em casa, e eu não sei onde ela está, e eu preciso saber, então é, ela está desaparecida” explicou brevemente. àquele ponto, todos no reino dos perdidos já haviam percebido que tritão estava particularmente tenso com a história reescrita das filhas. mesmo que ele não falasse com ninguém sobre o assunto, demonstrava tudo tão claramente que seus pensamentos eram praticamente um livro aberto. “você é jovem, deve saber onde encontrá-la. onde os jovens de hoje vão a essa hora?” e ele esperava, pelo bem de suas cordas vocais, que a filha fosse encontrada em um lugar longe dos perigos noturnos.

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1 year ago

i thought i was doing the right thing. @sereiaadella

FLASHBACK - em atlantis

rei tritão odiava surpresas. não era como se ele não soubesse reconhecer os esforços envolvidos ou a intenção positiva de outras pessoas; era só que ele simplesmente não gostava de ser pego desprevenido. além disso, para alguém tão acostumado a estar sempre no controle, era um terror. lembrava-se da primeira vez em que a esposa tentara lhe surpreender, perto do primeiro aniversário de casamento. suficiente dizer que não havia dado certo. no fim das contas, ele sempre se considerara sortudo por ter alguém tão paciente, disposta a aceitar algumas de suas particularidades - ou, nas palavras de adella, chatices. mas se havia um traço seu que as filhas haviam herdado, aquele era a teimosia, pois a jovem parecia decidida a provar ao pai que na verdade uma festa de aniversário surpresa era absolutamente divertida e ele com certeza amaria. claro que para alguém alérgico ao inesperado, rei tritão se tornava particularmente cauteloso na semana de seu aniversário. mas estava completamente tranquilo, afinal, faltavam dois meses para a data comemorativa. uma sacada genial de sua filha, pois o rei dos mares jamais poderia prever aquela ideia aleatória - por falta de melhores palavras.

adella até havia sucedido em organizar tudo por baixo dos panos, e o rei não ficou sabendo de nada. notou, porém, uma mudança estranha na maneira com que alguns de seus súditos lhe dirigiam a palavra. pareciam todos muito tensos e de poucas palavras. as filhas vinham lhe tratando com certa frieza nos últimos dois dias e até sebastião parecia menos bocudo do que o normal. chegou a refazer seus últimos passos e dizeres, preocupado em ter ofendido seu povo de alguma forma, e então presumiu que algo poderia ter acontecido. certamente aquele tratamento não era comum, e ele previa que algo estava por vir. com receio de que úrsula pudesse estar de algum modo por trás de tudo aquilo, o rei cuidadosamente passou a observar e até tentar seguir alguns dos residentes do palácio. não havia conseguido nada. isso até ouvir uma conversa de linguado e ariel. enquanto ariel pedia que o peixe abaixasse o tom de voz, ele soltou algumas palavras que deixaram o homem em alerta. 'se o rei descobrir...' e 'como vou esconder isso?' foram as principais. será que a bruxa do mar os havia de algum modo transformado em seus seguidores, através de alguma magia? conseguiu seguir o animal logo após aquela conversa, que chegou à superfície para buscar com sabichão um item que o próprio tritão não reconhecia. parecia perigoso. quando linguado retornou ao castelo, direto para o salão de bailes, tritão arrancou dele o instrumento desconhecido. o susto fez com que o peixe gritasse, e a luz do ambiente se acendeu de repente. tritão apertou o dispositivo em mãos, soltando uma espécie de fogos de artifício subaquático que atingiu as cortinas brilhantes que compunham a decoração da festa. as diversas fitas da cortina emaranharam-se em torno do rei, fazendo com que ele ficasse preso por sólidos segundos e acabasse por tentar utilizar o tridente para auxílio. a magia de seu tridente atingiu, por sua vez, o bolo que vinha em sua direção, explodindo-o em inúmeros pedacinhos e atingindo todos os convidados que se aproximavam em meio ao caos. tritão observou os arredores, o coração se recuperando do susto enquanto pedaços de bolo e fitas coloridas estavam presos em seus cabelos e barba.

"foi ideia da adella!" linguado explicou imediatamente, enquanto o rei retirava de sua testa um pedaço particularmente irritante da fita que havia grudado na pele. o homem finalmente compreendeu o intuito da garota, agora que havia no chão do palácio restos de bolo jogados em meio a chapéus de festa. o olhar irritado poderia tê-la deixado careca, se tivesse durado um segundo a mais. ela começou a se justificar, e ele apenas ergueu a mão para que ela parasse de falar. tritão abriu e fechou a boca diversas vezes, procurando palavras. as primeiras dezessete que ele pensou certamente seriam injustas quando se levava em conta a boa intenção da jovem. "se me dão licença, eu vou limpar o bolo da minha barba." disse somente, deixando o local e rezando para que poseidon lhe desse paciência.

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1 year ago
What?!
What?!

What?!


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1 year ago

👙 para o mar com @navegadorsolitario

tritão vinha passando muito mais tempo do que gostaria em terra firme, mas o pior de tudo era que parecia cada vez mais se acostumar com aquilo. claro que havia certo desconforto vez ou outra, mas se sentia quase que culpado por não odiar tanto assim ficar aquele tempo todo em sua forma humana. mas que não se confundissem: pois ele odiava veementemente toda a situação que o forçava a estar naquelas condições. mal podia esperar pelo dia que avisariam que merlin havia finalmente compreendido toda a situação, e levar embora aquele bando de indigente. de verdade, dessa vez. enquanto não acontecia, ele tinha de se ocupar ou enlouqueceria. se a história de ariel há algum tempo atrás já quase o havia rendido um ataque cardíaco, a de adella era pior ainda. porque, bem, se o final se concretizasse… ah, não. tritão jamais se perdoaria. apertou o peito, quase em uma massagem, quando o sentiu doer em uma fisgada. ele sabia que não era nenhuma condição médica, apenas uma representação física da saudade de sua esposa. se ela não soubesse exatamente o que fazer para solucionar todo aquele caso, então ao menos saberia como acalma-lo. ele, sozinho, definitivamente fazia um péssimo trabalho através das próprias tentativas. gastar seu tempo livre das aulas no restaurante era uma das melhores saídas na maioria dos dias, focar toda sua energia nas tarefas quase intermináveis, um prato atrás do outro, mandando em todos os cozinheiros como mandaria em seus súditos outrora em atlantis. verdade fosse dita (e ele não diria), ficar embaixo d’água as vezes parecia mais doloroso. claro que a situação com os perdidos não era sua culpa e nem em mil anos tritão poderia ter previsto algo do tipo, mas isso não o deixava menos incomodado. como se, caso ele fosse realmente bom em seu papel, uma história como aquela reescrita jamais seria possível. ora essa! quão bom é um rei que não consegue tomar conta e controlar nem mesmo a própria família? e quão bom é um pai que permite que sua garotinha se coloque em tamanho perigo? sentiu a garganta apertar e em um instinto, apertou o bracelete, que outrora aparecia no formato bem distinto de seu tridente. estava decidido a impedir aquele final trágico de qualquer modo que fosse, sabia. mesmo que os perdidos acabassem ficando, ele jamais aceitaria que as coisas acontecessem como previsto. faria o acordo que fosse, destruiria quem necessário, até a si mesmo se por acaso chegasse a esse ponto. ele não pensaria duas vezes antes de se sacrificar por sua fami… “pelo amor de poseidon!” resmungou alto, com o susto causado pela presença do rapaz lhe tirando dos devaneios dramáticos.

“você.” havia tanto rancor e impaciência em seu tom de voz que mais um pouquinho e somente isso já seria suficiente para transformar o rapaz em uma anêmona do mar, mesmo sem o uso do tridente. não era novidade a ninguém que tritão desgostava dos perdidos, mas acima de tudo, desgostava daquele perdido. já havia até mesmo reparado que quando as pessoas presenciavam a conversa deles, pareciam segurar a respiração, atentas pelo instante que talvez o rei do mar perdesse a paciência por completo. ele tentava, na medida do possível, tratá-lo bem. o que para tritão, naquelas condições, queria dizer que ele era extremamente grosseiro mas que o navegador solitário deveria se sentir muito feliz de não ter levado ainda um soco no nariz, para dizer o mínimo. se não bastasse ter que olhar aquele desgraçadinho em suas aulas todos os dias, a fada madrinha tivera a coragem de dizer que tritão deveria aprender com robert a tal didática que muito lhe faltava. o rei podia ter um pavio curto, mas burro certamente não era: estava claro que a fada queria que ele colocasse de lado qualquer animosidade para conviver em paz até mesmo com o causador de seu pior pesadelo, pois se tritão pudesse fazer isso, então provavelmente chegaria ao fim daquela bagunça sem cometer crimes. o próprio homem não tinha certeza se era capaz de fazê-lo, mas independente das intenções da mulher, faria tudo menos pedir ajuda justamente ao navegador. devia ter pelo menos mais um punhado de perdidos cuja profissão anterior era lecionar, e ele acharia algum para uma dica ou outra. “o que quer?” começou, já estufando o peito para argumentar que queria ficar sozinho ali na beira do mar, que era um momento apenas dele e que a última pessoa do mundo que precisava agora que estivesse em sua companhia era ele. mas então… bem. se robert estivesse com tritão, então automaticamente estava longe de adella. sentiu mais uma pontada no coração, dessa vez por perceber a tortura pela qual teria de se submeter. “você dava aula de algo relacionado ao mar, não era?” puxou assunto, a mandíbula até doendo pela forma que o músculo havia tensionado. passar por cima do seu orgulho e parecer estar interessado em small talk era realmente fim de carreira. talvez ele mesmo fosse encontrar uma bruxa para fazer um trato. “ouvi dizer que você era bom nisso. quer dizer, que você disse que era bom, né.“ com certeza melhor que o rei. “já explorou o mar, então?” dessa vez, a pergunta era genuína. ele estava curioso. o quão próximo da história ele estava? será que velejava já pelo mar? será que quebrava o coração de jovens mulheres que conhecia na costa durante suas viagens?

 Para O Mar Com @navegadorsolitario

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1 year ago
Ateno, Ateno, Quem Vem L? Ah, REI TRITO, Da HistriaA PEQUENA SEREIA!Todo Mundo Te Conhece Como No Conhecer?!
Ateno, Ateno, Quem Vem L? Ah, REI TRITO, Da HistriaA PEQUENA SEREIA!Todo Mundo Te Conhece Como No Conhecer?!

Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é REI TRITÃO, da história A PEQUENA SEREIA! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gostam, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a REINAR EM PAZ SEM FILHA MALUCA FAZENDO PACTO COM BRUXA… E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja CARINHOSO, você é RÍGIDO, e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: SER O REI EM PAZ SEM FILHA MALUCA FAZENDO PACTO COM BRUXA.

idade: 55 ocupação no reino dos perdidos: dono do restaurante ‘atlantis’, um restaurante (vegano!!) à beira mar na praia da sereia, e professor de ‘espécies mágicas e seus idiomas’ no centro de contenção. wanted connections: (em breve) positive traits: sincero, destemido, fiel, carinhoso, disciplinado, curioso. negative traits: irritadiço, super protetor, orgulhoso, teimoso, rancoroso, indelicado.

fun facts:

enquanto no reino dos perdidos, tritão fez com que o tridente tomasse forma em um bracelete dourado a fim de facilitar toda a logística.

está pesquisando sobre a vida de cada um dos perdidos, catalogando tudo o que descobre e buscando algum tipo de conexão entre eles a fim ajudar a entender e resolver a situação o mais rápido possível.

mesmo tendo um palácio no mar, acesso pela praia da sereia, vem passando a maior parte do tempo fora da água, por conta do convívio inevitável com o restante dos seres mágicos e perdidos (e seus novos dois empregos). e assim fica mais fácil vigiar adella para mantê-la longe do viajante-sem-vergonha. o palácio parte dele acima do mar, com acesso pela areia, permitindo visitantes.

headcannons:

já diziam mesmo que características espelhadas nos outros são capazes de nos tirar do sério, e o grande motivo de rei tritão se irritar em demasia com a filha caçula era justamente por saber que no fundo, era ela provavelmente a que mais havia puxado a ele. a teimosia, a curiosidade, a independência, o jeito obstinado… os seres mágicos mais velhos certamente se recordariam do jovem tritão, quando o peso do reinado dos sete mares ainda não lhe caía sobre as costas, e era ele quem por sua vez oferecia dores de cabeça à própria família naquela época. não que estivesse atrás de seres humanos, ou que rejeitasse a responsabilidade da coroa, mas antes da coroação o garoto aventureiro estava dedicado a conhecer cada canto do oceano, mesmo os mais perigosos e sob repetidos protestos dos próprios pais (no fundo ele sabia bem que agora sofria seu karma). não podia evitar: era fatalmente curioso, e o mar era enorme demais, tentador demais. com um pouco de paciência, ele poderia ter traçado um paralelo direto entre o interesse de ariel pelo mundo humano e o seu próprio interesse na idade dela pelos cantos mais escuros e misteriosos do vasto oceano. uma ou outra história da juventude do homem ainda era espalhada pelo reino, história de lutas repleta de aventuras e monstros, mas muitas ainda estavam guardadas no baú.

uma delas, por exemplo, estava guardada há tanto tempo que ele gostaria de considerar que sequer havia ocorrido. uma história que se passava em uma época em que o homem já se via cada vez mais perto de ser chamado oficialmente de rei, e poderia jurar que nada lhe atingiria. haviam rumores sobre uma jovem refém de um terrível monstro, a norte do oceano índico. não somente ele não perderia a oportunidade de ajudar alguém, como não dispensaria também os louvores que viriam com seu sucesso. lá fora o jovem, apenas para descobrir que a própria moça era o monstro, presa em uma maldição. matá-la seria fácil; vencê-la sem lhe ferir e encontrar um modo de quebrar a maldição era o complicado. viciado em adrenalina, por mais inteligente que fosse, ainda era novo demais e imprudente, tinha chegado até ali utilizando o punho na maioria das vezes. demorou três dias para encontrar a forma de quebrar o feitiço, lutou com mais um par de monstros (de verdade, esses) e barganhou com bruxas. ao se deparar com a jovem de verdade, já não mais na pele do monstro, o encanto foi imediato. jovem tritão estava convencido de que estava apaixonado. ainda estavam retornando para atlantis quando a jovem sereia se aproveitou da baixa guarda de tritão para tentar lhe roubar o tridente. foi inevitável descobrir então que toda aquela maldição fora apenas uma maneira elaborada de lhe chamar atenção, para lhe conquistar e roubar. um acordo que ela havia feito com a bruxa. a moça era uma humana, na verdade, e a bruxa havia feito o homem que ela amava refém. sentindo-se traído e ferido, muito embora tivesse ajudado a garota a recuperar seu amado, aprendeu a partir dali o poder da desconfiança e cuidado. e decidiu jamais confiar nos humanos novamente.

casar com athena veio um pouco depois, quando o título de rei já o acompanhava e as cicatrizes - físicas ou não - das batalhas da juventude já lhe haviam moldado a personalidade mais madura. com sua esposa, sim, descobriu a diferença entre uma mera atração de anos antes (que no fim não lhe rendera mais do que orgulho ferido), e uma paixão ardente e amor verdadeiro. reinou com força, prudência e muito carinho pelo seu povo nos anos que se seguiram, antes da história já conhecida de ariel. perder a mulher amada fora uma das piores dores que sentira, muito pior do que ele pudera jamais se atrever a imaginar. tornara-se ainda mais superprotetor com as filhas após o luto, e ver a caçula se submeter a situações tão perigosas e parecidas com problemas que o próprio tritão tivera em tenra idade o fizera agir da pior forma que poderia. incapaz de fazer as pazes com a ideia de que ele simplesmente não poderia controlar cada uma de suas filhas para sempre apenas para mantê-las a salvo, culpou-se por falhar como pai em toda a situação de ariel e úrsula, encontrando apenas um resquício de alívio no fato de que havia acabado tudo bem.

quando os perdidos apareceram e a história reescrita colocou em risco mais uma filha, com mais um humano, mais uma bruxa, e mais uma falha de sua parte, tritão se viu prestes a enlouquecer. determinado a não permitir que absolutamente mais nada atingisse suas filhas após o que ariel havia passado, morreria antes de permitir que adella encontrasse seu fim de acordo com as páginas ridículas do tal livro dos perdidos. e não que os coitados mundanos tivessem culpa de algo diretamente, ou que sequer soubessem o que estava acontecendo, mas acabaram sendo neles que rei tritão descontou todos seus preconceitos e ressentimentos. eram em sua visão apenas humanos problemáticos, a causa de toda aquela bagunça e do risco do bem estar de sua filha; não poderia confiar neles e precisava se livrar logo de todos. era uma pena para seus nervos que fora praticamente obrigado a ser professor no centro de contenção, ensinando sobre espécies mágicas, suas culturas e idiomas. desempenha seu papel de professor não tão bem considerando que paciência e didática não são seu forte, mas de fato o homem é uma enciclopédia. se os perdidos poderiam aprender algo sobre as espécies, seria com aquele que havia desbravado todos os mares, indo aos mais diversos lugares.

no reino dos perdidos, quando não está se estressando com os alunos, então está se estressando com suas filhas. e no tempo livre de ambas as coisas, toma conta de um restaurante vegano a beira mar que se encontra na praia da sereia, uma tentativa um pouco patética de exercer poder em algum lugar, já que estava distante de seu reino. mas ele amava mesmo cozinhar, era o mais próximo de uma terapia que o homem se sujeitava a fazer. e um tal de power yoga que uma das perdidas lhe havia ensinado recentemente!


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1 year ago

Send 👚 + an Item of clothing that my muse has no choice but to wear to see their reaction: um chapéu do país das maravilhas + @arainhabranca

momentos como aquele eram raros na vida do rei. não necessariamente havia escassez de momentos felizes; não, aqueles ele tinha aos montes com sua família e seu povo. mas momentos leves? esses eram mais difíceis. podia contar nos dedos de uma mão as últimas vezes que se sentira relaxado, e muito embora as dores de cabeça inevitáveis de sua posição e responsabilidades fossem as grandes culpadas, ele próprio não se permitia aquilo com frequência. em contrapartida, sequer se sentia no controle de permitir ou não quando a rainha branca estava consigo. quando percebia, já estava envolvido em qualquer que fosse a situação, e era tarde demais para racionalizar como ele estava tão acostumado. não sabia se acreditava em como seria o pós vida ou se este sequer existia, mas preferia não pensar no que athena acharia se pudesse presenciar a maneira com que tritão sucumbia tão fácil a qualquer pedido de mirana. caso precisasse se defender, diria que era justamente o fato de que o jeito da mulher muito o recordava a falecida esposa que o tornava tão manipulável diante daqueles enormes e animados olhos. para além dos momentos em que devaneios pareciam tomar conta dos pensamentos da mais jovem, mirana trazia consigo uma certa inocência. não daquelas de quem havia vivido pouco, mas justamente do tipo de quem não permitira que sua vivência destruísse seu otimismo. praticamente o oposto de tritão.

com a chegada dos perdidos, tritão descobriu que o tal disney fora gentil o suficiente para representá-lo de forma bastante atraente. admitiria que seu ego vinha sendo bastante alimentado nos últimos tempos. mas mesmo os recentes comentários ou olhares não o fizeram se sentir tão verdadeiramente apreciado quanto o olhar da rainha branco naquele momento, quando ele finalmente aceitara colocar o maldito chapéu. considerando todo o contexto, a reação alheia o fazia sentir igualmente lisonjeado e envergonhado. " sabia que uma vez a adella ficou sem falar comigo por dois dias porque eu não quis usar um colar todo colorido que ela insistiu que ficaria magnífico em mim. se ela me visse aqui agora, vestindo isso, acho que me xingaria" comentou, rindo de si mesmo. não que alguém mais o fosse ver ali, estavam apenas os dois na sala da rainha, mas era inevitável se sentir como um palhaço. e mesmo assim, não fizera menção de retirar o chapéu. "é alguma coisa que você coloca no chá, não é? porque eu não consigo te dizer não. e essa é minha palavra favorita"

Send + An Item Of Clothing That My Muse Has No Choice But To Wear To See Their Reaction: Um Chapu Do

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