Minihook - ⸻ 🌈 𝑟𝑎𝑖𝑛𝕓𝕠𝕨 ✨

𝐋𝐎𝐍𝐆 𝐙𝐇𝐀𝐎

                                       ʳ ᵒ ᵗ ᵗ ᵉ ᶰ  ᵗ ᵒ  ᵗ ʰ ᵉ  ᶜ ᵒ ʳ ᵉ                                               ᶠ ˡ ᵃ ˢ ʰ ᵇ ᵃ ᶜ ᵏ

Existem mil teorias sobre como funcionava a mente de uma pessoa bêbada, havia aquelas que diziam que a pessoa falava o que queria e outras que mostravam delírios formados na mente, nem mesmo o próprio bêbado poderia saber, já que grande parte do momento poderia simplesmente ser cortado de sua mente com um apagão repentino. De qualquer forma, nunca leve conversas sérias para a mesa do bar e Zhao estava fazendo exatamente isso, deixando seus problemas em um porta copos e ficando ainda mais confuso. Queria ser ele? Não podia ser isso, quando foi que ela lhe deu algum sinal disso? E aí veio a teoria do delírio, ninguém nunca se interessa por Zhao, ele era o filho menos bonito, menos popular, mais briguento, menos interessante e ainda tinha o adendo de simplesmente não conseguir trocar mais de duas palavras decente com uma pessoa, Jade não parecia ser o tipo de pessoa que se interessava por ele… Nem Ice… Nem Gian… e se questionar sobre isso só resultava no rapaz mergulhando ainda mais na sua rotina maluca e se afastando, como sempre. “Por que disse isso só agora?” Sussurrou, negando com a cabeça por se sentir um idiota, naquele momento, depois de duas bombas jogadas sobre ele, Zhao se sentia a pior pessoa do mundo e a mais burra. Óbvio que se acalmou com o abraço e o coração ficou ainda mais apertado com aquelas lágrimas, mas não conseguia evita-las, afinal. “É o álcool falando mais alto, Jade” Talvez estivesse se enganando ou realmente não tinha como fugir daquela possibilidade, de que a castigada não sentia aquilo por ele. “E não precisa ficar feliz por mim se isso te faz mal… essa conversa devia ter acontecido antes… e com você sóbria”

ela se afastou colocando as mãos na boca como se tivesse apenas se dado totalmente conta do que fez agora, ela tinha confessado a ele, sua cabeça mexia freneticamente em negação o que a fez se sentir torna, embaralhando mais ainda os pensamentos. queria estar sóbria. jade era acostumada ter sentimentos de euforia bêbada aquilo era algo fora disso, ela se sentia enjoada e lutando contra os efeitos do álcool para se manter ao menos um pouco lucida enquanto falava. ❪ isso era segredo! ❫ resmungou consigo mesma, uma das mãos lhe dando um tapa na testa como se tentasse se punir ou se repreender, mas não era muito forte deixando apenas um vermelhinho no lugar. ❪ o que você quer dizer com isso? ❫ talvez seu raciocínio tivesse lento, talvez ele não estivesse a levando a serio, talvez tudo aquilo depois não passasse de um borrão em sua cabeça então porque estava se preocupando tanto? ❪ porque você não tá me dando...? ❫ uma bronca? ela quis dizer mas a palavra tinha lhe fugido e apenas fez uma cara de brava, mas ele não parecia bravo, pior, será que tinha o deixado mal? ❪ você não entende? essa conversa nunquinha, nunca mesmo, deveria acontecer. ❫ tinha colocado em sua cabeça a muito tempo que ela não servia pra aquilo, que não iria se permitir de novo se envolver com qualquer pessoa, mas lá estava seu coração idiota batendo desgovernado de novo por mais que tentasse para-lo. ❪ eu deveria ficar feliz sim! como pode dizer uma coisas dessas? você tá feliz não tá? então eu deveria ficar feliz, arrg! você quer que eu seja tão egoísta assim? ❫ piratas não eram assim! não era? a hook tentou se lembrar do dilema que seguia cantarolando baixinho sem qualquer ritmo ou ordem todas as palavras que descreviam pessoas como ela: we... ravage and don't give a hoot... we're rascals and scoundrels, we're villains and knaves... we're devils and black sheep, we're really bad eggs...  we're beggars and blighters and ne'er do-well cads... não, não havia nada sobre egoísmo. ❪ vou dar um jeito nisso! não se preocupe! ❫ seu sorriso parecia voltar como quem tinha dito uma ideia péssima, ela já havia escutado sobre seu irmão ter prendido seus sentimentos em uma carta da rainha de copas, talvez ela pudesse fazer o mesmo?

𝐘𝐕𝐄𝐒 𝐋𝐀 𝐁𝐎𝐔𝐅𝐅

                                      ʳ ᵒ ᵗ ᵗ ᵉ ᶰ  ᵗ ᵒ  ᵗ ʰ ᵉ  ᶜ ᵒ ʳ ᵉ

Todo grande guerreiro tem a sua fraqueza, apesar de Yves poder listar diversas, aquela mulher era uma delas. Não saberia dizer exatamente o que mais mexia com ele, porque na cabeça do designer, a mulher era dividida em duas: a que a maioria conhecia e a que poucas pessoas tiveram o prazer de conhecer, Yves era um dos privilegiados e isso a colocava em um dos primeiros nome dessa lista de fraquezas, porque ele sabia muito bem o que poderia encontrar debaixo de tanto tecido e daquela imagem que todos tinham acesso da Hook. “Não precisava se produzir tanto para me desestabilizar… na verdade.. não precisava vestir nada” Brincou em um tom sacana, ela entenderia, qualquer um na verdade. E era bom ver que também tinha esse poder sobre ela, óbvio que notou a direção de seu olhar e o sorrisinho se tornou ainda mais sacana com isso, propositalmente, mordeu o lábio inferior enquanto ria em sopro. “O seu amigo tem muito talento, eu estou obcecado por essa jaqueta… mas não conte pra ele” Deu uma piscadela, observando as cores que cintilavam no corpo dela, bingo, era o sinal que precisava. “Está nervosa, mon cher? Quer sair daqui? Podemos ir pra um lugar mais… discreto… assim você se acalma um pouco” Disse levando as duas mãos até os cabelos dela, os dedos brincando com a ponta de algumas mexas enquanto abaixava ainda mais o tom. “Você sabe como eu sou bom em te fazer relaxar, não sabe?”

a provocação fez as cores na pele de jade de misturarem agitadas como se tivessem recebido uma corrente elétrica, e realmente tinha, sentiu um arrepio lhe percorrer a espinha e em uma reação rápida de tentar faze-lo parar de provoca-la sua mão o atingiu no peito. péssima ideia. ela congelou ali sentindo o corpo do outro ainda que sobre o tecido e não, jade não tinha se produzido pra ele mas gostou de saber que parte dele ainda se afetava com ela, e por mais que ela quisesse muito esconder que não sentia nada era tão obvio que se sentia uma completa idiota. ❪ o que você queria? que eu aparecesse pelada no nada na sua barraca? ❫ sinceramente sabia que yves não se incomodaria nem um pouco com isso, talvez até dissesse que ela demorou demais. sua mente acabou vagando com a ideia, aquilo estava começando a perder o controle, se sentia encurralada como uma presa encarando seu predador mas a questão era que ela não estava fazendo nenhum esforço pra fugir. graças ao mar e os ventos e a lua ou seja lá quem, a menção a sun a fez recuar, agarrando o anel que bloqueava seus poderes e nunca usava mas sentia que precisava, para ao menos disfarçar um pouco, não que fosse funcionar já que sem a cintilar dava pra ver a pele avermelhada queimando por causa do maldito la bouff. ❪ ele tem sim! ❫ saber que yves reconhecia isso a fez dar um saltinho, sun era a pessoa mais incrível e magnifica do mundo pra ela, queria muito que aquela parceria entre os dois dessem certo. ❪ como pode me pedir isso? você sabe que eu não sou boa em esconder as coisas dele! ou de ninguém... ❫ murmurou a ultima parte, entre um rosnas baixo de frustração, não por aquilo ser uma verdade mas também porque seu coração tinha palpitado com a piscadinha do homem a sua frente. ❪ e-eu? não... porque estaria? e não me chame assim! ❫ mon cher. era o tipo de coisa que na voz dele parecia quebra-la, ainda mais com o que ele dizia. lugar. discreto. relaxar. a aproximação fez seu corpo estremecer, suas pernas pareciam não ter força alguma com ele tão perto, aquela voz, aquele perfume e as memorias em sua cabeça. ❪ porque você faz isso comigo? ❫ sua voz parecia ter se tornado ofegante e ela segurou ele pelos braços mas não conseguia afasta-lo, não queria. seu olhar caiu para a boca dele de novo, aquela que ela jurou que não iria mais beijar mas desejava tanto. ele era a definição de pecado! ❪ tudo bem... mas vamos logo antes que eu mude de ideia! ❫ 

𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑𝐒 𝐇𝐎𝐎𝐊

                                      ʳ ᵒ ᵗ ᵗ ᵉ ᶰ  ᵗ ᵒ  ᵗ ʰ ᵉ  ᶜ ᵒ ʳ ᵉ

Ainda sentado sobre o gramado da parte externa de Camelot, Anders sentia as pernas fracas e por isso não conseguia andar ainda. A breve menção de algum mal ter acontecido ao pai lhe fez tremer pela primeira vez em anos, mas sabia que à partir de então as coisas seriam bem mais difíceis. Estava ao lado de sua irmã mais nova enquanto ainda analisava os semblantes perdidos e abatidos dos demais ao redor, sentindo-se pequeno e encolhido no ombro dela, onde estava com a cabeça apoiada, quando proferiu suavemente para a mesma:  “Por que sempre parece que está tudo indo de mal a pior, Deedee?”  Confidenciou à morena, depois se erguendo e relaxando os músculos, sentindo a grama e terra misturarem-se por entre seus dedos quando esticou o corpo para trás. Em um suspiro longo, o Hook então direcionou sua atenção para Jade novamente, dessa vez inclinando o corpo para frente para analisar as feições desta.  “Você ‘tá melhor?”

❪ porque tá tudo indo de mal a pior andy. ❫ jade resmungou apertando a mão do irmão com um pouco mais de força, ela só queria paz porque era tão difícil assim conseguir isso. se perguntava como o papai estava, ele pareceu tão arrasado quando tudo foi revelado e depois da morte de wendy, ele nunca admitia mas gostava da mulher, ele queria proteger ela de peter pan não era? ❪ quero o papai. ❫ choramingou sabendo que depois de tudo aquilo seria muito difícil, ele deveria estar preocupado com os filhos e cheios de problemas que não iria conseguir resolver sem aquele acordo com o triton, ele havia se arriscado tanto para ajudar as pessoas do castigo. havia até mesmo um sorriso pintado nos lábios de jade porque se orgulhava ainda mais dele, ele faria tudo e qualquer coisas pelos seus. ❪ tô, o zee me ajudou. ❫ sabia que aquilo deixaria o mais velho mais calmo já que o long era um velho amigo de jade, não queria entrar  em detalhes mas sabia que não poderia esconder dele o que aconteceu quando tudo foi um completo caos. ❪ acho que eu vi...flashes, eu não sei, do que aconteceu comigo antes... ❫ de ser uma hook. aquela não era uma boa confissão, jade costumava ter pesadelos com seu passado nos primeiros anos que foi adotada até passar a dormir com os irmãos e eles pararem, ter isso acordada foi horrível.

𝐌𝐀𝐑𝐂 𝐀𝐍𝐓𝐎𝐍 𝐋𝐀 𝐁𝐎𝐔𝐅

                                      ʳ ᵒ ᵗ ᵗ ᵉ ᶰ  ᵗ ᵒ  ᵗ ʰ ᵉ  ᶜ ᵒ ʳ ᵉ

“Não sei se são exclusivos deles. Não tenho certeza.” Realmente não tinha, embora achasse que não. Sempre tinha achado que essas coisas de poderes eram aleatórias, não de acordo com o pai ou mãe porque se fosse assim, Marc não via motivos pelos quais teria um poder que não era de seu agrado. Virar um minotauro não fazia sentido! Charlotte era quase como uma princesa e o pai… Pelo pouco que sabia, era um cara normal, apenas. “Acho que deve ter mágica envolvida nisso. Não no fogo, mas naquela espada… com certeza! Ou o cara já estaria partido ao meio, né?” Era impressionante, tanto que Marc não gostava de ver. Temia que o homem pudesse se arriscar demais e cair morto bem na sua frente. Virou o rosto, fingindo estar apenas olhando em outra direção e não desviando o olhar. No entanto, focou em uma pintura do mar próxima, pensando nas palavras que Jade tinha falado. “É o que pensa em fazer no futuro?” Nunca tinha perguntando a ela, de forma que se sentiu curioso. “Quer ser uma pirata?” Marc não tinha muita certeza se seria uma carreira promissora. “Tipo, ter um navio, perder um olho ou uma mão e… ter um papagaio?” Brincou com o estereótipo que conhecia com um sorriso, apenas para provocar a Hook.

❪ será que eles tem um numero de dividir alguém no meio com uma serra ou algo assim? ❫ parecia macabro a animação de jade com aquilo, mas na cabeça dela era incrível corta alguém e boom magicamente ela voltava inteira, normalmente os non-majs tinha um tipo de truque mas ali eles tinha magia, aquilo podia acontecer. jade fitou marc e tentou ver pra onde ele olhava logo em seguida, a pintura do mar fez ela suspirar, se havia alguém mais apaixonada que ela era desconhecida. ❪ é o que eu quero fazer mas não significa que seja o que eu vou fazer. ❫ desejar e conseguir eram coisas diferentes afinal, o que fez o humor da hook parecer despencar de uma vez, seu sorriso sumiu e deu ar a um biquinho. ❪ eu já sou uma pirata! ❫ deu um pequeno peteleco na testa do la bouff, não estava brava mas pareceu por um instante que sim, mas logo ela parecia preocupada vendo se deixou um hematoma no outro o que se arrependeu logo ao escutar a piadinha sobre piratas. ❪ navios são incríveis, tapa olho é bem estiloso e eu adoraria te rum papagaio, então sim. ❫ rebateu o empurrando de leve. ❪ você já esteve em um barco? é magico! ❫ seu olhos brilharam, ou melhor, ela toda. eu quero ser como o papai. era o que queria dizer mas não podia.

𝐘𝐕𝐄𝐒 𝐋𝐀 𝐁𝐎𝐔𝐅𝐅

                                      ʳ ᵒ ᵗ ᵗ ᵉ ᶰ  ᵗ ᵒ  ᵗ ʰ ᵉ  ᶜ ᵒ ʳ ᵉ

“Quem sugeriu foi você” Comentou em voz baixa sem realmente confirmar se era isso mesmo, na verdade, Yves era transparente demais e era muito fácil saber o que ele desejava naquele momento, o homem possui uma certa fama que qualquer troca de três palavras que fosse com ele, já sabiam exatamente que tipo de conquista ele estava tendo naquele momento. E nem mesmo falar sobre o Grimhilde mudaria o rumo daquela conversa, se tinha um foco, ele tentaria manter dessa forma. “Eu vou negar até a morte” Mentiu, ele não conseguiria negar isso, já que fez questão de apontar o talento do rapaz pelos quatro cantos daquele evento. Jade tinha uma dualidade interessante, quando não era uma mulher extremamente sexy, ela também era uma garotinha serelepe e engraçada, foi um dos motivos que fez Yves tentar a sorte em um relacionamento com ela.

E bem, haviam os prós e contras de ter alguém como ele no papel de namorado, definitivamente, mesmo tendo a fama que tinha, Yves nunca foi favorável a traição e se dedicou unicamente a pessoa por quem estava se relacionado de uma forma que não despertasse qualquer tipo de dúvidas, mas também não era do tipo que lutava para prolongar o que não estava dando certo, existiam outros fatores no qual falhava miseravelmente e compreendia quando alguém decidia apenas se afastar ou fazer promessas como a que Jade havia feito, lógico que ele não tinha conhecimento disso, mas não precisava, o rapaz simplesmente sabia.

“Eu não fiz nada… ainda” Sussurrou a última palavra agora com o corpo ainda mais próximo do dela, porque a intenção era que aquelas brincadeiras fossem o seu pequeno segredo. Ele notou tudo, o olhar, o fato de não ter sido empurrado para longe e também em como a forma no qual a chamou lhe afetou de alguma forma, eram os elementos chaves que precisava para continuar. “Me acompanhe, ma’dame” Apesar de ter se curvado e indicado o caminho, Yves ainda espalmou a mão nas costas dela para leva-la até um lugar realmente discreto, não poderia haver nada mais discreto que a própria barraca e, delicadamente, indicou que ela entrasse ali, sendo o próximo a repetir o gesto.

A mão foi até a própria jaqueta, se livrando a peça e deixando-a em um canto quanto. “Fique bem acomodada, ma’reine” Ao dizer isso, ele retirou a própria coroa para coloca-la sobre a cabeça dela e sorriu. “Eu não vou tocar nos seus lábios… ao menos não nesses” Era questão de honra e de orgulho, não era?  Respeitaria isso, da sua maneira. Deslizou a ponta do dedo indicador pela bochecha até tocar os lábios dela, não precisaria dizer mais nada, ela saberia do que se tratava e como se portar diante disso.

não precisava de uma resposta, ela sabia exatamente do que ele gostava ou como agrada-lo, só não fazia porque não queria não era? eles não tinham mais nada e ela sabia que não deveria se pegar pensando naquilo mas não conseguiu evitar. porque eles não tinham dado certo? conseguia se lembrar bem de todos os momentos e aquela incerteza deixava um nó em sua garganta, era como se tudo tivesse desmoronado tão fácil. talvez ambos tivessem desistido quando viram a possibilidade daquele barco afundar mas e se tivessem se esforçado a concerta-lo? ao menos de tudo aquilo havia algo que não conseguia se desfazer: o sexo. por mais que odiasse admitir não conseguia tirar da cabeça como era com ele e por isso que não fosse dizer em voz alta talvez ele soubesse que ainda rondava a cabeça da hook quando ela estava sozinha. ❪ ainda. ❫ repetiu para si mesma como se tentasse se convencer da sua própria derrota. havia aquela onda de arrepios toda vez que ele se aproximava mais, como se fosse um alerta de perigo do seu corpo mas ao mesmo tempo era tão bom que só a fazia querer mais e era o que teria certo? ainda não estava acreditando que caminhava em direção a barraca de yves la bouff, suas pernas ficaram fracas e não sabia se era pela ideia de ficar a sós com ele ou pela mão lhe tocando as costas e fazendo pensar besteira, não seria muito prudente pedir para ele descer um pouco mais seria?

ela assistiu ele tirar a jaqueta e aproveitou a deixa para admirar cada canto possível do seu corpo mais uma vez, havia um pequeno sorriso atípico nela que tentava a todo custo esconder, ainda que soubesse que não precisa esconder aquele lado dele não queria lhe dar o gostinho de saber o que ele causava em sua mente. ❪ ma’reine? ❫ murmurou, sua voz parecia mais afetada do que gostaria, escutar ele a chamando daquele jeito era capaz de fazer seu corpo entrar em erupção. assim que recebeu a coroa um riso lhe escapou os lábios. ❪ era a peça que faltava pra você se ajoelhar perante mim? ❫ o questionamento veio acompanhado daqueles olhos brilhantes um tanto fascinados com a ideia de sentir a boca dele mais uma vez em seu corpo, ele sequer tinha a tocado e já estava arrepiada imaginando. ela fechou os olhos sendo consumida pela vontade de perder a cabeça com ele, na verdade talvez já tivesse se rendido a muito tempo, porque seus lábios se entreabriram engolindo o dedo que lhe tocava a boca. será que ele se lembrava como era tê-la o chupando? ou teria que lembra-lo? aquele era um jogo pra dois não era? e se ele iria provoca-la era bom saber que teria volta. afastou o corpo dando um passo pra trás e se sentando no sofá, ela tinha as pernas cruzadas o olhando de baixo, ao menos por enquanto. ❪ não acha que seria um desperdício você não usa-los também? ❫ suspirou quase triste.

𝐒𝐔𝐍 𝐆𝐑𝐈𝐌𝐇𝐈𝐋𝐃𝐄

                                      ʳ ᵒ ᵗ ᵗ ᵉ ᶰ  ᵗ ᵒ  ᵗ ʰ ᵉ  ᶜ ᵒ ʳ ᵉ

     ‘ podia tentar disfarçar com uma piadinha ou fingir que não estava preocupado com uma risada relaxada, mas tinha noção que não importa o quanto se esforçasse para esconder, jade não só sabia que estava desesperado por dentro, quanto também sentia algo parecido. não tinha muito tempo de academia, mas desde que chegou ali e era praticamente obrigado a participar dos eventos… não conseguia pensar em nenhum em que se divertiu de verdade e não saiu chorando. por isso, era difícil colocar fé que esse seria diferente. por isso, limitou-se a concordar com a cabeça e buscar a mão da melhor amiga para entrelaçar os dedos. — não vou ficar. e você também, por favor. toma cuidado. somos alvos fáceis, acho que essa semana principalmente.— não que os filhos dos vilões fossem bem vistos normalmente nas ruas de arthurian, mas yoonseon sentia um pouco mais de olhares sobre ele, aqueles onde parecia estar sendo julgado. bom, também tinha o agravante das roupas que escolheu, exatamente para chocar e protestar, então não podia reclamar tanto, também. — excêntrica é uma palavra boa, ainda. eu diria que eles tem uma ideia nojenta de diversão. se eles são assim tão bons, essas coisas não iam nem passar pela cabeça deles.— trocou o peso de uma perna para a outra, desconfortável. sun sabia que ninguém era santo, mas isso dos dois lados. não dava para se fazer de bonzinho e mente aberta e depois não perdoar e/ou tratar mal pessoas que não tinham nada a ver com assuntos do passado. — nunca fui a muitas festas no castigo também, mas não me lembro de sair chorando de nenhuma delas, ou de sentir a necessidade de- — engoliu seco. de matar minha melhor amiga, foi o que passou pela cabeça do grimhilde, porém ele se interrompeu antes de falar; não podia ficar trazendo isso de novo e de novo e deixando os dois tristes. de qualquer forma, jade tinha entendido onde ele queria chegar, sun tinha certeza. — não gosto disso. nem um pouco.— sentiu um arrepio na espinha, daqueles bem ruins, e fez um biquinho. queria muito falar umas poucas e boas para os arthurians, principalmente esses com maior poder, mas de que ia adiantar? capaz de só usarem contra ele, mesmo. — ser condenado ao isolamento só por não participar de uma semana de festivais idiota. isso é ridículo.— revirou os olhos ao adicionar o comentário sobre os castigados só obedecerem… aquilo era tão injusto que yoonseon tinha até náuseas. mas precisou respirar fundo e se apegar ao que ele mesmo disse: estavam deslumbrantes e mereciam aproveitar um pouquinho que fosse. — acho essa uma ideia excelente, minha princesa.— aproveitou que já segurava a mão de jade e a trouxe até a altura dos lábios onde beijou como se estivesse a convidando para uma dança.— eu também tenho algumas fofocas para colocar em dia com a senhorita, então podemos juntar o útil ao agradável.

as mãos seguraram as dele entrelaçando os dedos, era algo que sempre faziam, um lembre entre les que estariam juntos e enfrentariam tudo que viesse pela frente, talvez fosse ingênua de pensar que eram fortes o bastante mas se as historias contadas estivessem certas era que o amor podia vencer qualquer coisa e o que ela sentia por sun era o mais puro deles. ❪ pode deixar! ❫ um suspiro lhe escapou os lábios, odiava admitir que ele estava certo: eram alvo fáceis e parecia que isso só piorava a cada evento, as implicâncias tinham aumentado, aquele sentimento sufocante em seu peito também mas não queria preocupar yoonseon, mas não era como se não conseguia esconder qualquer coisa dele mesmo que não falasse nada, afinal no final de tudo eles não abaixariam a cabeça e aceitariam. ❪ pessoas tão boas não fariam o que eles fazem com a gente. ❫ assim como se eles fossem tão ruins assim como era passiveis de amar e dar carinho? claro que todos no castigo estavam lá por uma razão mas jade sentia que havia mais do que um inocente e um culpado naquelas historias, a balança que usava para julgar estava tão corrompida e quem não via isso era um tolo. ❪ ei... ❫ tá tudo bem. foi o que os olhos da hook disseram apertando mais um pouco as mãos do melhor amigo, sabia que não foi culpa dele. ❪ somos como uma vitrine de caridade, eu acho. ❫ deu de ombros. o sorriso voltou a brilhar em seus lábios com a aprovação e se estendeu com o beijinho em sua mão. ele era um fofo não era? o mais fofo de todo mundo! talvez só competisse com klaus e aqueles dois a fazia se sentir ao ponto de explodir de  tanto que os amava, era como se todas as cores do mundo existissem apenas para refletir em sua pele por causa deles. ❪ nós estamos mesmo parecendo da realeza uhn? ❫ deveriam estar causando inveja naqueles idiotas. ❪ você arrasou tanto bebê, estou tão orgulhosa! ❫ seus calcanhares se levantaram rapidamente lhe dando um pouco de altura para transferir um beijinho rápido da bochecha do outro. ❪ ah meu santo barquinho de madeira! fofocas? vossa alteza real yoonseon grimhilde anda aprontando por aí é isso mesmo? me conta tudo! ❫ sua voz soou muito animada, entrelaçando os braços enquanto caminhavam em direção ao parque, aquele momento tinha esquecido tudo de ruim que os rondavam, era só jay e sun.