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Tempo, Tempo

Tempo, tempo

Tempo é uma coisa muito louca, né? Às vezes paro para calcular alguns momentos e me assusto ao ver que se passaram meses, anos, décadas...muito surreal. O mais engraçado é que, na verdade, nem parece. "Parece que foi ontem", como vivo dizendo. . Eu tenho uma ótima memória, mas confesso que, ao mesmo tempo, sou bem desligada. Raramente fico mandando mensagem todo dia, esqueço com frequência datas importantes (quase sempre pq nem sei direito que dia é hoje...hehehe). . Se sei que, no momento, alguém está triste ou confuso, gosto que saiba que estou "ali" se precisar, mas não fico fazendo 1000 perguntas ou especulando. Se partir da pessoa compartilhar comigo, aí sim, dou a maior atenção. Se não, tá tudo certo também.  . Tem coisas que precisam de um tempo de processamento. Tem vezes que a gente só quer ficar quietinho (e é um saco quem fica tentando extrair respostas a qualquer custo). Isso sem contar as situações em que nem a gente se entende. Como ainda explicar, né? . E outra, vivemos geralmente num ritmo tão acelerado e com tantas responsabilidades que quem cobra reciprocidade o tempo inteiro é, ao meu ver, irritante (hehehe). Não me entendam mal, eu amo reciprocidade, mas tem que ser natural. Se for algo cobrado ou imposto, pra mim perde o propósito. A regra número 1 é "tem que ser leve", "tranquilo". . Recentemente voltei a conversar com amigos que havia muito tempo que não falava. Quando parei pra pensar pq houve esse "abismo", não lembrei de nada concreto (brigas ou desentendimentos) que justificasse. O que ocorre é que a vida é assim mesmo: junta, separa, leva cada um pra um canto, resgata quando dá na telha, às vezes fica virada no jiraya e deixa todo mundo doido...hahaha. . É estranho? É! Mas tem um certo charme também, o da imprevisibilidade. O bom é que não importa quanto tempo passou, as bestagens continuam, a amizade e o carinho também. . Os abismos do tempo podem até ser engraçados, quem diria. 

  • puraletargia
    puraletargia liked this · 1 year ago

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1 year ago

Sentimento íntimo

A gente fala tanto do amor dedicado a outra(s) pessoa(s), mas falamos muito pouco de como esse mesmo amor pode ser também um sentimento íntimo, voltado para si...e lindo! . Não, não estou falando do amor próprio (não dessa vez, hein!), mas sim como é legal tudo o que a amorosidade nos proporciona. Não é só sobre o outro, mas como o nosso mundo é  também transformado pela alegria, pelo carinho e por tudo o que traz (ou já trouxe) um calorzinho para o coração. A gente se sente mais vivo, a vida fica com mais cor, propósito e "sustância"...rsrs. . Não é só um "Eu te amo!", é um "Eu amo o que isso me faz/fez sentir. Obrigada!". . Gracinhaaaa! 😁 . Estava sem Insta esses dias e comecei a fuçar umas redes sociais que costumava usar antigamente (Face e twitter). Juro que me diverti horrores com tantas lembranças bem antigas e com várias fases legais da vida (faculdade, perrengues de morar sozinha, paixão, namoro, viagens, outros locais de trabalho, coisas que eram "novidades" na época). Bonitinho pra caramba! . Embora muitas coisas tenham mudado, eu não modificaria nadinha, é tudo meu! SOU EU! Tá aqui ❤, óh! Fez diferença (e são tão poucas as coisas que realmente fazem). Eu pelo menos acho... . Foi aí que comecei a pensar que o amor não é nem tanto sobre o outro, mas sobre como ele revoluciona/revolucionou o nosso pequeno-grande universo.  E os melhores ficam e ficarão no coração para sempre. E isso é muito f*da!! 🥰🥰🥰 Que seja eterno não apenas enquanto dure, mas que seja assim tudo aquilo que um dia nos fez bem.


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1 year ago

Quem

Na minha vida nunca foi o quê, sempre foi quem. Sempre achei legal sonhar, imaginar, arriscar, tentar outros horizontes, alcançar novos voos. Ser valente. Sempre tive bons motivos para ir, mas igualmente ótimas razões para voltar. E isso nunca foi fator de dúvida e sim de confiança/segurança. É muito bom saber que independente da fase ou do momento, que os laços permanecem e amparam, que existem conexões que sobreviveram à distância, ao tempo e às intempéries. Isso é muito valioso e significativo. Tenho sorte. ❤️ . O sentir é bastante particular e as percepções sobre a vida também. É claro que algumas pessoas vão pensar diferente, mas isso é, de certa forma, saudável. É bom ouvir outros pontos de vista, aprender com a experiência de quem já vivenciou algo parecido ou simplesmente dar ouvidos a quem se importa realmente com o nosso bem estar. Eu super entendo e sou grata, de verdade. . Na vida, porém, não existe um manual a ser seguido, eu bem que gostaria de sofrer uma intervenção divina às vezes (hahaha), mas é tudo na base da 'tentativa e erro' mesmo. Tem horas que a gente tem que tomar decisões difíceis e que machucam, mas pensando num futuro que, talvez, trará maior completude. É inegável, porém, que o presente dói pra caramba, que demora um pouco até a poeira baixar e as coisas realmente fazerem sentido. . Outro dia eu pensei na seguinte frase: Eu não tenho medo do tempo, tenho receio do agora. . O tempo apazigua, acalma, cicatriza, cura, mas o agora é bem 'cruelzito'. Ele é lento, põe o dedo na ferida, tira o sono, gera questionamentos e expõe nossas fragilidades. Fratura exposta. É, no entanto, um período de transformação, de reflexão e, no final das contas, bastante necessário. Querendo ou não, a gente aprende e cresce. É o tempo da travessia, como diria o poeta (mas que travessia mais 'nojentinha', hein!! Credo!! Hahaha). . Agora, vai com calma, meu bem. Tempo, confio em você. Em breve a gente se vê.


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1 year ago

Montes

Montes

E de repente tantas coisas vão ficando pelo caminho, inacabadas...

Livros que a gente comprou e não leu. Planos que não saíram do papel ou que foram perdendo o porquê. Vontades encobertas pelo véu das vaidades. Filmes em que dormimos na melhor parte. Músicas que poderiam ter mudado o mundo. Metas que ficaram para depois (ou nunca). Objetivos quase alcançados...

- Não faz mal...a vida é assim...

- É???

- Hummmm...

Pena que os "nãos" e os "quase sim" ocupam um espaço tão grande, né?  Na casa. Nas gavetas e prateleiras. Nos móveis. Na imaginação. Nos sentimentos. Na vida...

Vão formando pilhas. Crescendo. Encobrindo. Viram montes. Quase sempre bem maiores que a gente.

Montes de quê? De nada.

Ou melhor, de tudo o que não foi ou do que quase foi.

Da aventura planejada e não vivida. Do passaporte vencido e não usado. Da história que ficou sem final (nem triste nem feliz). Dos discos esquecidos e empoeirados. Dos sonhos que um dia já foram tão bonitos. De tudo o que ficou pra lá...De tudo o que quase se realizou.

Quase...

Palavrinha triste.

- Ah, dá pra resgatar se for o caso..

- É, mas depende do tamanho do seu "monte"...Às vezes já tem tanta coisa ali que não basta só querer. Fica difícil mesmo...bem complicado.

-  Foda!


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1 year ago

Aprendi...

Pra mim um dos pilares mais importantes do amor próprio é a independência. Ô palavrinha que gosto e admiro. Tem gente que se assusta, fica intimidada, relacionam às vezes a ego, mas eu acho justamente o contrário. É leveza. . Apesar de sempre ter tido relacionamentos longos, funciono muito bem sozinha também. Eu não vejo problema algum em ficar só por um tempo ou ir a lugares e viagens sem ter companhia, na verdade acho até divertido, gosto de estar comigo e com meus pensamentos fora da casinha...hehehe. Fico "viajando na maionese", é quando tenho tempo de sair do modo automático e prestar mais atenção em outras coisas. . Desde que comecei a trabalhar e ter meu dinheiro, sempre busquei, na medida do possível, fazer tudo o que quis. Bicho carpinteiro mode on!! Eu já inventei muita moda, credo...🤣 . E foi essa independência que me permitiu, especialmente, aprender a impor limites (e por isso volto à questão do amor próprio). É muitas vezes dizer "pra quê?", "oxiiii, eu não", "não quero", "não acho legal", "não é o que mereço", "valeu...falou", "passe bem" ou até mesmo um "vaaaaai procurar tua turmaaaaaa", este último na hora da raiva...hehehe. . Aprendi a ser text meio cedo, com 20 e poucos, mas acho que a gente sempre pode aprender e exercitar a independência...e como pode! . E como disse, não tem nada a ver com ego, é um carinho com a gente, uma forma de cuidarmos quem está sempre lá por nós!


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1 year ago

Grata pelo sentir

Às vezes a gente vive tão no piloto automático que mal temos tempo de parar, pensar e refletir. Sentir. Em tempos tão áridos de afetos reais, cheios de joguinhos e de vaidades absolutas, parece que o "sentir" fica sempre para depois, escondido numa caixinha, esperando (quem sabe) um momento para ser (re)descoberto. . Penso, no entanto, que a nossa sensibilidade e o que nos torna especiais e humanos não pode ficar em um segundo plano. Embora possa doer (e muito), é preciso lidar com nossos sentimentos, aprender com eles e, na hora certa, encerrar ciclos. Exige coragem, eu sei, não é todo mundo que está disposto (e tá tudo certo) a por o dedo na ferida, mas isso pode evitar problemas futuros, como repetições de situações que causarão novos e novos desgastes emocionais. . Não temos o controle de tudo. Tem horas em que vivemos em "gangorras" de sentimentos que nos elevam ao céu e nos levam ao chão na mesma intensidade. Apesar da nossa vulnerabilidade, é preciso observar o que esses momentos têm a dizer, o porquê de estarmos tão desestabilizados e suscetíveis às influências do meio. O que acontece lá fora pode ser mero reflexo do que trazemos aqui dentro e que, por estar aprisionado, acaba também nos tornando reféns. . Apesar das dores e do autorreconhecimento de imperfeições, bastante grata, ainda, pelo sentir. São esses sentimentos (contraditórios e de procedência duvidosa...hehe) que me instigam a buscar a minha melhor versão, aquela que eu ainda vou encontrar... . ...qualquer dia desses.


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