Como Van Gogh

como Van Gogh…

todo mundo deveria experimentar um amor tranquilo.

com alguém que esteja disposto, porque estar disposto hoje em dia, diz muito. alguém que não ame por palavras, mas por gestos. alguém que te traga de volta a confiança e a credibilidade no amor.

todo mundo deveria experimentar um amor tranquilo.

com alguém que não tenha medo de te exibir pro mundo. alguém que vibre com as suas conquistas e que ria das suas piadas sem graça nenhuma.

todo mundo, pelo menos uma vez na vida, deveria viver um amor tranquilo... com alguém que possa te amar como Van Gogh amava as estrelas.

quando alguém disser que não quer você, aceite. pegue a sua dignidade e saia imediatamente da vida dela. não destrua a sua autoestima por causa de alguém.

você se pertence, você vale a pena, você é muito. não permita que te digam o contrário.

doeu tanto aí quanto aqui?

ele terminou comigo.

disse que era a melhor escolha no momento e me pediu para respeitá-la. dessa vez, ele não se abalou ao me dizer palavras cortantes, ele não hesitou em repetir inúmeras vezes.

como alguém que nunca amou, como alguém que nunca tocou a minha alma, como alguém que não conhecia todos os meus traumas, como alguém… que nunca tivesse dito que ficaria para sempre… ele se foi.

em um dia chuvoso de quinta-feira, ele se deita em sua cama e faz planos com você, ele pesquisa anéis de noivado, o formato que mais combina com você, prata… ouro…?

em uma sexta-feira à tarde, vocês se pegam se admirando e sorrindo feito bobos sem motivos aparentes… como dois loucos apaixonados.

numa quarta qualquer, ele já não te ama tanto quanto antes. ele diz não enxergar futuro ao seu lado, que o amor não é suficiente para vocês continuarem juntos. ele parte o seu coração e vai embora. como se você não tivesse significado nada.

e essa é a maior ironia do amor, você só quer ser consolada pela pessoa que te machucou.

e então, você vive em torno da pergunta:

“doeu tanto aí do mesmo jeito que doeu aqui?”

data de validade

eu não estava aberta pro amor e pra todas as suas ilusões românticas que possuem uma data de validade.

eu não queria um príncipe encantado, ninguém que me salvasse de porra nenhuma.

eu não queria dividir a minha vida, compartilhar os meus medos, meus traumas de infância e do coração.

mas você tentou, você chegou devagarinho, inocentemente… você fez tudo certo pra me conquistar e eu cheguei no ápice da loucura ao ponto de abrir a porta e te entregar a única chave.

você me fez te amar, me ofereceu uma falsa sensação de amor para me manter ali, confinada na ilusão de que a vida não seria boa sem você.

abruptamente, você veio e foi embora tão rápido quanto chegou.

eu só não entendo, como você foi capaz de me fazer tantos machucados se eu só te ofereci amor.

manda áudio, deixa eu ver se tem saudade no seu tom de voz.

não tenho vontade e nem coragem de me comprometer com mais ninguém além de mim mesma.