: Mdragna - Tumblr Posts
─ Quero! ─ Harper sorriu toda animada pelo convite de Marcelo, ficando ao lado dele e olhando para a roleta. Ela não tinha muitas fichas para apostar, então estava com medo de perder todas de uma vez. Mas se Marcelo disse que havia entendido o padrão, então estava tudo bem, né? Deslizou uma das suas poucas e preciosas fichinhas para o dealer e anunciou que apostaria na preta também. ─ Como é que você conseguiu descobrir o padrão? Eu nem sabia que tinha! ─

_ Preta. Dez fichas na preta. Se eu perder, eu bebo meia garrafa de uísque. Quer apostar também? Eu to falando, prestei atenção no padrão das bolinhas. Essa eu ganho!

─ Caramba, como você é esperto, Marcelo! ─ Harper estava genuinamente impressionada com o raciocínio dele. Quando percebeu a bolinha caindo na vermelha, Harper ficou muito confusa, não entendo o que pode ter acontecido para o cálculo do loiro ter dado errado, e deu um pulo quando ele bateu na mesa. ─ Ah... É... Ei, não quer ir ali jogar um Blackjack? Acho que a gente pode ter mais sorte! ─

_ Olha só o tanto de vermelho que saiu. Sete em uma sequência. É uma manipulação pra fazer você acreditar que só vai sair vermelhos. E aí a gente engana a banca. - empurrou as fichas, apostando no preto. A roleta girou, girou, girou, e caiu na vermelha. Marcelo bufou e se socou a mesa. - Não acredito!

─ Nunca! ─ mesmo que as falas de Marcelo fossem super forçadas, Harper não era a melhor em ler entrelinhas de situações sociais. Na verdade, não era a melhor nem em ler as linhas. Estando na frente do loiro, virou-se para ele assim que escutou seu total genuíno questionamento da doença. ─ Alucinação? Será que foi isso o que aconteceu com o menino do rádio? Tipo, pra mim nem teve motivo pra ele citar meu nome, a gente nem se conhece. ─

_ Herpes simplex? Não sabia que isso era possível. Uma herpes que um dos sintomas é alucinar. Você já ouviu falar disso? - Para alguém que fazia teatro, ele não parecia a melhor pessoa em improvisar, por isso suas falas pareceram bastante forçadas quando as disse bem alto na fila para entrar no prédio de saúde pública.

— Possível não sei, mas eu achei muito legal! — ela deu uma risada animada. — Ele disse que eu ia me tornar uma cozinheira famosona, talvez eu só fique preparando os pratos. Ou seja uma competidora do Master Chef! Tudo isso ia ser bem legal. Gosto muito de cozinhar, sabia? — estava toda empolgada, olhos brilhando. — E ele... Ahn, falou de você também. Um pouquinho, né? — desviou o olhar, o futuro de Marcelo não parecia tão legal quanto o dela. — O que você achou? —

_ Ele disse que você vira uma apresentadora de TV conhecida. Acha isso realmente possível?

─ É... Deve ser isso! ─ Harper concordou prontamente. Ela já não era de discordar de ninguém, mas de Marcelo Dragna ainda por cima? Jamais, aquilo era praticamente suicídio social. ─ Ai, não sei. É muita coisa doida, né? Tipo, coisa de filme, de seriado. Eu acho que eu precisava ver uma evidência mais concreta. Tipo, será que eles vieram em uma máquina grande? Ou num carro, que nem De Volta pro Futuro? Mas foi tanta gente, iam precisar pelo menos de uma minivan. ─

_ Pular pelado de paraquedas. Não, eu não sou o irmão rejeitado buscando atenção. Aparentemente a gente continua parecido daqui 10 anos. - disse aquilo com um ar de nojo na voz, estufando o peito pra parecer superior. - Você acredita nisso? Que ele e os outros viajaram no tempo?

[ EU NUNCA ] /Marcelo
Eu nunca fiquei com gêmeos.
— Eu nunca, também. —
![[ EU NUNCA ] /Marcelo](https://64.media.tumblr.com/42533e0765f871d4b5e22e09040c4dee/8f90cccf29e67885-b5/s400x600/78bd6fdb237c7013c0142804b79633e072bd61a0.gif)
─ Foi! Você gostou? Quis dar uma forcinha pro pessoal que estava organizando, fiz correndo mais foi com carinho. Posso te passar a receita sim, qual deles você gostou mais? Esse aí que você acabou de comer é com caramelo salgado. ─

@chefhwang
_ Hm! Foi você quem fez os docinhos? Colocou o que? Preciso dessa receita.

─ Não foram todos não, os meus são dessas travessas aqui. ─ indicou com as mãos. ─ Aquelas ali são do Riley. Ele é ótimo cozinheiro também! Eu já pedi pra ele as receitas, mas parece que é de família e ele que colhe os próprios ingredientes... Coisa fina, mesmo. As minhas te passo sem problemas! Quer que eu anote pra você? ─

_ Todos? Isso aí é coco? Quero todas as receitas, vou roubar essa ideia de você.

─ Espera aí. Você... Viu um par de sutiã andando? Sério? O que mais ele tem de esquisito no quarto, como sabe? ─

_ Eu non confiarria nos bolos dele. Se visse as coisas esquisitas que ele tem no quarrto. Eu acho que vi um parr de sutiã sair andando.

Harper nunca imaginou que ir para aulas seria seu maior conforto. Oras, pelo menos dentro da sala de aula estava em um ambiente conhecido dos últimos anos. Isso. Pelo menos ali as aulas eram normais, as pessoas eram normais. Um passo em falso para o mundo assustador do lado de fora, no entanto... — Não, desculpa eu, deixa que... — a frase foi cortada pouco depois de observar o estrago: um notebook quebrado. Um notebook que devia custar mais do que tudo o que tinha no seu armário. Um notebook caríssimo que pertencia a um Dragna. Harper quebrou o notebook de Marcelo Dragna. Aquilo devia ser um crime com uma punição pior que a morte. — M-Marcelo- Desculpa- Calma, é- Quem- Posso-? — as mãos tremiam enquanto as aproximava do objeto nas mãos do loiro e eram recolhidas para o corpo de novo. Ousaria pedir para ver o estrago? Que desastre. Que desastre. — O-O projeto... Era... Muito importante...? Não tem uma cópia dele num pendrive...? — àquela altura, só estava falando e falando e falando para não começar a hiperventilar. — Não dá pra grudar de volta com cola quente...? —

@chefhwang
Um único esbarrão. Marcelo andava a passos largos sem olhar pros lados quando passou pela porta da turma de nutrição e acabou esbarrando em Harper. Estaria tudo bem se não tivesse deixado que seu notebook caísse no chão e desmontasse todo. - Ai, desculpa, Harpie, eu... - seu tom não era tão duro como de costume. Marcelo soava doce demais, tranquilo demais, até ver o objeto quebrado no chão. Levou as mãos ao rosto, a preocupação eminente. - Não... não, não, não. Meu projeto. - se abaixou pra pegar o notebook que tinha o monitor separado do resto.

Inspira. Expira. Inspira. Expira. Inspira. Inspira. Espera. Ai, já estava ficando até difícil de controlar a própria respiração conforme a situação ia escalando ainda mais. Ia falir o restaurante dos pais pagando aquele notebook. Pior, ia ser presa. Uhum. É, dali para a cadeia. — Ok! Ok, muita calma nessa hora. — falou mais para ela mesma do que para Marcelo. — Tá. Ok. Tá! O trabalho era muito grande? Tem alguma coisa que eu possa fazer pra ajudar? A-A culpa é minha desse estresse todo, pro que você precisar pra entregar eu sou toda sua. Wang aos serviços! Ok? Tá. Tá legal! — pegou ar mais uma vez. Ufa, deu pra voltar ao normal. — Enquanto isso posso ligar pra Joji e pedir pra ela... Consertar? Tentar recuperar o arquivo? Ela é muito boa, sabe, certeza que vai dar certo, não vai rodar nananinanão!! — pegou o celular para digitar a mensagem.

O notebook era falso. Ele tinha pego um antigo que já não usava mais há uns 6 anos que estava mesmo era servindo de apoio pros livros na estante. - Cara, meu notebook novinho... - gemeu frustrado e se levantou devagar. - Era... era uma apresentação de recuperação de nota e hoje era meu último dia de entrega. - ficou tentando encaixar as partes, mas era possível ver os fios soltos. - Cara, eu vou rodar...

A cada palavra que Marcelo falava, pior ficava a ansiedade de Harper, que parecia que ia desmaiar a qualquer momento. — E-Eu não tenho um notebook pra emprestar… Tenho esse meu celular… — um iPhone rosa novinho que segurava com firmeza entre os dedos trêmulos. — … E um tablet… — abriu a mochila para puxar um tablet Google Nexus bem desgastado, com uma capinha cor de rosa desbotada acompanhada de um teclado definitivamente não oficial, com as pontas comidas, e cheia de adesivos fofinhos. — Aqui é onde eu gosto de anotar receitas e umas coisinhas de aula. É… É-É bom o suficiente? — não saberia o que fazer se nem o tablet ou o celular fossem. Se mataria, talvez. Contudo, ficou assustada quando o loiro pegou em seu braço e falou de Joji. — Você e ela se conhecem desde essa época? Desculpa, eu não sabia… — admitiu, com vergonha. Ainda tinha tantas coisas sobre Joji que não fazia ideia! — Mas devia confiar. Ela é muito boa, sabia? Se eu pedisse, eu tenho certeza que ela ia ajudar, nem preciso falar que é seu trabalho! —

_ Era. Era uma dissertação de vinte páginas sobre como os países podem trabalhar pra erradicar a fome. - guardou o notebook na mochila e coçou os olhos com a palma das mãos. - Eu acho que dá pra recuperar de alguma forma sim, eu só preciso de um notebook emprestado pra conseguir acessar minha conta do drive. Ou um celular, sei lá. Esqueci o meu em casa. - coçou a nuca. - Mas não sei se uma apresentação pelo celular seria legal porque eu to sem meus óculos. - inspirou fundo e levou a mão até o braço dela. - Não! Não precisa falar com ela. Eu não acho que ela me ajudaria, a gente não se dá muito bem desde a terceira série. E eu não confio muito nela com um aparelho meu, pra ser bem sincero.

Abriu um sorrisão aliviado quando Marcelo disse que seu tablet iria ajudá-lo. Ufa, pelo menos não estava em dívida com um Dragna. Aquilo seria terrível. ─ Perigosa? A Joji? Você deve estar pensando em outra pessoa. ─ imaginando que aquilo podia soar como um desafio, recuou. ─ Quer dizer. Imagino que ela possa ter feito algo de ruim pra você antes, mas ela tem um bom coração! ─ assentiu com a cabeça, determinada nas próprias palavras. ─ Que bom que deu pra ajudar, Marcelo. E desculpa mais uma vez... Não queria mesmo te prejudicar, juro juradinho. Se quiser posso falar com o seu professor também, de testemunha, não sei... ─

A cada palavra que Marcelo falava, pior ficava a ansiedade de Harper, que parecia que ia desmaiar a qualquer momento. — E-Eu não tenho um notebook pra emprestar… Tenho esse meu celular… — um iPhone rosa novinho que segurava com firmeza entre os dedos trêmulos. — … E um tablet… — abriu a mochila para puxar um tablet Google Nexus bem desgastado, com uma capinha cor de rosa desbotada acompanhada de um teclado definitivamente não oficial, com as pontas comidas, e cheia de adesivos fofinhos. — Aqui é onde eu gosto de anotar receitas e umas coisinhas de aula. É… É-É bom o suficiente? — não saberia o que fazer se nem o tablet ou o celular fossem. Se mataria, talvez. Contudo, ficou assustada quando o loiro pegou em seu braço e falou de Joji. — Você e ela se conhecem desde essa época? Desculpa, eu não sabia… — admitiu, com vergonha. Ainda tinha tantas coisas sobre Joji que não fazia ideia! — Mas devia confiar. Ela é muito boa, sabia? Se eu pedisse, eu tenho certeza que ela ia ajudar, nem preciso falar que é seu trabalho! —
