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khione-dearendelle:
Khione não sabia o que responder depois daquilo; ele estava certo, é claro. Ela se ocupava em ser a princesa do gelo por tanto tempo que esquecia que também poderia ser aquecida, e precisaria de alguém para esfriá-la. Resolveu deixar o assunto de lado, não querendo ficar vermelha novamente ou pensar nas implicações que as palavras de Ocean teriam. Ela sempre pensava em todas as possibilidades e arranjos escondidos, mas nesse festival com ele, só queria aproveitar o momento. Dessa forma, obrigou seus pensamentos a pararem de vagar e focar no rapaz à sua frente, logo quando comentou sobre comidas. Erguendo uma sobrancelha em surpresa, a loira se ateu a falar -Touché. Observou com certo divertimento enquanto ele praticamente engolia a comida; tanto que, em um momento, Khione esquecera do próprio doce em mãos. -Está me convidando, senhor? -perguntou, em tom formal, ainda que fosse brincadeira, entrou nela junto com ele. -Porque, se estiver, seria uma honra aceitar e dizer que eu sou uma ótima dançarina e o ensinarei. -terminou com um sorriso no rosto. Khione não costumava comentar sobre suas habilidades para dança, poucas pessoas sabiam sobre, menos ainda fora de Arendelle; acreditava que os únicos que estavam ciente do quanto amava dançar eram aqueles que a viram dançando antes, mesmo que sua intenção fosse manter a discrição. Nesse caso, ela simplesmente supôs que ele acharia que estava convencendo-o brincando, sem saber a fundo. A loira pensou um pouco sobre a questão. A verdade é que não imaginava esse festival sem a presença de Ocean; se ela tivesse visto a sala fechada, tentaria chamá-lo? -Sim. Na verdade, eu esperaria encontrá-lo no festival, caso isso não acontecesse, acho que iria atrás de você. -falou com sinceridade, olhando em uma barraca ao seu lado um aviso da programação noturna da festa -Acho melhor terminar isso logo, temos uma vista linda para vermos depois de dançar.

As festas embaixo d’água tinham dança, por que não teria nas de terra seca? Ocean tentava não suar muito por baixo da roupa espessa dos tempos antigos, mais pelo nervosismo de testar o equilíbrio do que pela possibilidade de cair no chão com uma bela cauda alaranjada no lugar das pernas. --- É meio difícil não ver a ‘dança’ ao nosso e, depois de hoje, não sei se tem jeito de eu não fazer algo que você esteja empenhada em fazer. --- E não tinha ressentimento na voz, não achava tal característica abominável, chegava a trazer alívio em alguns aspectos. O tritão que não queria tentar porque tinha vergonha de cair, mas ansiando por alguém que insistisse e tornasse as coisas divertidas; mais ou menos assim. Tinha sido um tiro no escuro, baseado nas suas tias, irmãs e primas. Baseada em todos ali no castelo. Um festival, uma festa antiga, era de praxe levar seu par para uma volta na pista de dança. --- Jura? --- Conseguiu falar depois que engoliu tudo com um pouco de esforço, os dedos subindo aos botões, rodilhando em nervosismo, depois de jogar todo o lixo fora. --- Quando não... me encontrar na minha sala, ou na dos professores, ou no meio dormitório honorário, só... toca a água do mar. Deixa uns segundinhos e eu apareço. Vou tentar aparecer o mais rápido possível ou mandar uma mensagem avisando que não vou poder comparecer. --- Essas eram as únicas opções de Ocean, ir ou não ir por força maior. Não era de seu feitio deixar ninguém sozinho e, mesmo indisposto, viria até a margem para conversar (e acabar sendo com pouquíssima influência). --- Terminei terminei. Vai dar tempo de vermos o show das luzes, prometo de jurar por algo sagrado que você ficara no melhor lugar se aceitar se molhar um pouco. --- Ocean andou um pouco, não se atrevendo a ir tão no centro da pista de dança, e nervosamente parou em frente. Mãos não sabendo onde serem colocadas.

O festival dos espinhos || Khione & Ocean
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dxmmief:
Apósconversas animadas com Autumn e dancinhas também, Domhnall acabou desistindo daideia de jantar à luz de velas — ideia cedida por TonTon depois de umestardalhaço do flautista sobre jantares e comida. Desistira porque, primeiramente,a possibilidade da Fada Madrinha aparecer acreditando que ele estaria prestes aincendiar toda a academia era consideravelmente alta; também havia aimpossibilidade de cozinhar algo sem um ambiente válido — tentara chegar àcozinha, mas os duendes eram inflexíveis demais para que ele, desprovido dequalquer habilidade maléfica naquele momento, fizesse algo. Optou, finalmente,por seguir com o plano já trilhado, evitando correr para o encontro de Oceannovamente para incomodá-lo. Recebera uma dicapara que esperasse, não encurralando o outro em qualquer lugar que o visse —mesmo que tivesse passado mais de uma vez pelos mesmos corredores do tritão e,com um sorrisinho, ter dito “que coincidência!”— e esperando o horário que ele marcara para encontrar com o outro.
Ora,estava ele adiantado? Mas é claro que estava! A poção do amor ainda possuía umefeito visivelmente sentido para todos que assistiam a inquietação de Domhnallnaquela cadeira, esperando eternamente a vinda de Ocean. Ocasionalmente ele secolocava de pé, olhando para ambos os lados que dava acesso ao ponto queaguardava, considerando se o outro viria ou não. O medo crescia dentro si,assim como o sentimento de uma possível rejeição. Caso ocorresse, ele saberialidar? Tendo nunca sequer se mobilizado para ter um encontro com alguém,Flutbreeze encontrava-se incapaz de saber como ele seria capaz de conduzirqualquer caminho de um possível encontro — ou um possível bolo. Orgulhoso de sempre ser calculista e apático, agora estavaali, agindo impulsivamente. Ah, mas você acha que quando o filho de Attinaapareceu e começou a lhe falar animadamente com uma explicação sobre o porquêde sua demora, ele sequer se lembrou da agonia da espera? Derreteu-se no mesmo instantediante da presença alheia e por um momentinho, pensou em cumprimentá-lo comoutro beijinho no rosto, mas fora invasivo na outra ocasião, logo, evitandoqualquer ato precipitado, ele assentiu ao se aproximar — talvez próximo demais,Domhnall — do outro, contente por ver sua empolgação.
Naquelemomento ele notara outras particularidades, como o modo que os olhos claros seanimavam quando falava sobre navios e mares e todos os seus projetos. Nãopudera conter o sorriso genuíno e animado que iluminou também sua face dianteda animação de Ocean, sentindo-se ainda mais impelido ainda mais sua língua quenão se segurou em sua boca. ❛ Você fica muito mais bonito quando fala tão feliz assim ❜e lá vamos nós de novo. Arrependido ou não, ele apenas ignorara o quedissera, voltando-se para os planos do professor. ❛ E isso vai ser uma aula incrível! O clube de arte vai poder ajudar como projeto, sempre estamos envolvidos nessas coisas. E agora você vai me deixarenfeitiçar suas águas preciosas? ❜Questionou ainda se recordando-se de uma clara advertência para que nãotentasse manipular a água oceânica, mas naquela representação, qual o problemade enfeitiçar as “águas” e então dar mais realismo à cena. ❛E venha, eu consegui um lugar muito bom!E eu não aguento mais ficar de pé. ❜ Esperara por tanto temposentado que se cansou e então esperou mais um grande espaço de pé. Puxara oherdeiro de Atlântica com o indicador bem preso no indicador da mão alheia — parao filho do Flautista, aquilo era praticamente mãos dadas.

Ocean podia continuar o monólogo por horas a fio, extravasar a cota diária de palavras e perder a voz com a incessante torrente que saía de si. Era mais forte o de se comunicar e explicar, de justificar alguns atos que podiam ser postos à prova assim como de defender a ideia concebida em sua criatividade exótica. O herdeiro queria que tudo desse certo, que aspecto fosse colocado no papel para não ser esquecido e queria, acima de tudo, que o aluno vítima de sua animação confirmação sua inscrição na matéria. As turmas tinham agido tão estranhas no dia de hoje que Ocean não tinha muita certeza de nada, nem de que encontraria-o no dia seguinte -- na aula extra para conhecerem alguns eventos marítimos. E ele podia ter continuado sem findar, se não tivesse perdido a linha de raciocínio depois do elogio. --- Obrigado, Domhnall. --- Agradeceu meio atônito, o sorriso da animação ainda a manter os lábios no arco atraente de sua felicidade. --- As turmas de Artes vão ser fundamentais no desenvolvimento no projeto. Pinturas para simularem os tiros recebidos pelos canhões e as cores características de cada nação e embarcação. Preciso atualizar meu material, o disponível para os alunos, com todos os esses detalhes. São mais curiosidades do que assunto para cair na prova da vida. --- Permitiu uma risada um pouco mais alta, sem as restrições por estar em ambiente de estudo. --- Essas águas podem ser suas, se quiser, mas você não poderá participar da guerra em si, numa embarcação. Eu iria precisá-lo ao meu lado, com os segredos de como a corrente pode influenciar a cada segundo.
E ainda estava meio desnorteado enquanto falava, o elogio e o comportamento fazendo-se um pouco familiares com a observação geral do quandro do dia de hoje. Seu dedo entrelaçou ao outro automático, quase inconsciente, mas não parou por aí. Estava acostumado com aquele tipo de toque desde que se entendia por gente, de amigos e mais velho o segurando pela mão para conduzir pelo castelo imerso. De vencer a corrente interna com a ligação firme de duas partes que não atrapalhavam o nado. O problema era que esse estava errado, o dedo não sendo suficiente para colocar Ocean em um estado confortável. Desenlaçou imediatamente, o cenho franzido para a estranheza, antes de se desfazer num sorriso convencido ao encaixar a mão na do outro, segurando com firmeza. Assentiu para si mesmo, os pés acompanhando o outro um pouco mais para trás na distância. --- É legal ficar em pé quando consigo acertar na posição do sapato. Para não cair de cara nem sentado no chão. Um Macchiato, por favor, e uma fatia da torta do dia. --- Devolveu o cardápio para a atendente, depois de devidamente sentado e visto por cima os itens que sabia de cor.

act one pt. II
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allxyh:
Era quase um pecado pensar aquilo de uma pessoa tão, aparentemente, tão pura, mas tudo que se passava na mente de Alliyah naquele momento era em como aquela posição seria muito mais agradável em uma cama. Ele era bonito o suficiente para aflorar esses e muitos outros pensamentos maliciosos que se passavam na cabeça da estudante naquele instante, até mesmo a dor anterior havia sido deixada de lado. Só teve a sua mente retornando a situação quando ouviu a voz do professor tirar-lhe de seu desvaneio. A princípio uma voz longe demais para que pudesse focalizar o que ele estava lhe dizendo. Tudo que conseguira fora, realmente, havia sido na última parte. Tritão em treinamento? Ok, grande parte do acidente estava explicada, antes mesmo que ele abrisse a boca. — Está em terra a pouco tempo? — questionou numa tentativa de desviar o assunto para qualquer um que pudesse lhe distrair. Ao perceber o corpo livre, Ally, apoiou as palmas das mãos no chão e elevou o tronco, sentando-se ainda apoiada nos braços. — Está tudo bem… Suponho que você não saia derrubando garotas dessa forma por aí, então, está mais do que claro que foi um acidente. — disse, retribuindo o sorriso do mais velho. — Não! Foi só a pancada, mas a dor já está passando.

As mãos foram recolhidas imediatamente, bem limpas e sem gotas de sangue, assim que ela fez menção de levantar. Seus toques duravam tempo demais, seguindo à moda ensinada pela mãe embaixo d’água, e não ao que sabia e observava na terra seca acima do nível do mar. Ocean bateu as roupas distraidamente, ajeitando um tecido que se arrumava sozinho e tirava a tarefa impossível de passar roupa. --- Dez anos, mas não seguidos. Ou completos. Eu entro e saio do mar direto, passo ainda mais tempo no mar do que em terra. E eu faço minhas aulas andando de um lado para o outro meio engraçado e sentado em mesas. Não parei pra aprender mesmo. --- E, de fato, não o tinha. O herdeiro estava mais interessado em compreender as relações e observar a vida se desenrolar do que passar tardes aperfeiçoando as técnica de pegar uma bola sem se machucar de um único esporte (dentre milhões!). --- Não quer gelo nem um remédio? Eu posso assinar uma dispensa para você, justificando a dor de cabeça.

khione-dearendelle:
Khione não pôde segurar um riso; tapou os lábios instintivamente para parar, afim de que pudesse continuar a falar -Desculpe, eu devo ter me expressado errado. Eu não imaginei que fosse da família de Tritão porque lembrei de você em alguma festa, eu imaginei isso por dedução. Fez uma pausa, achando que isso não interessaria Ocean, mas ele parecia de fato atento e tinha pedido por seus pensamentos, então a loira prosseguiu -Bom, você estava desviando a água, então tem hidrocinese, mas estava com dificuldade na água doce e parecia bem preocupado em se molhar, então tinha de ser um tritão. Sua família é bem grande e não ouvi de outros tritões em terra firme, que não fossem da família real. Deu de ombros, já que era bem óbvio para ela. -Perdão, eu devo ter confundido, me desculpe, eu devo ter visto uma de suas tias.. -Acrescentou, ao ouvir que sua mãe nunca pedira pernas. Esperava que ele perdoasse a gafe que cometera, mas para Khione era difícil associar os nomes aos rostos das sete filhas de Tritão. Sorriu em resposta à pergunta -Sim. Na verdade, eu morria de medo de meus poderes, mas, depois da viagem, posso controlá-los completamente; essa viagem não me ensinou apenas sobre os poderes, na verdade, me ensinou sobre tudo, sobre a vida, culturas, reinos, histórias, lutas, armas, pessoas.. É inacreditável a forma que o conhecimento quer ser sabido, e nós que ignoramos. Falou, deixando sua mente vagar e filosofar um pouco, enquanto chegavam no refeitório. Khione soltara um “obrigada” pelo gesto cavalheiresco de Ocean, enquanto o escutava, deixando para falar mais depois -Parece que esse já é seu lar, então.. Gostaria que fosse o meu, também. E parece que nos daremos muito bem, eu adoro conversar. -Comentou, com um sorriso, enquanto sentavam na mesa vazia. -Bom, eu e meu irmão temos poderes ligados ao gelo, claro. Mas são diferentes. Eu tenho criomancia e puxei um poder de papai sobre controlar ventos de tempestades.

A linha de raciocínio era tão lógica quantoesperada fazendo Ocean sossegar um pouco a imaginação acelerada e corredia.Levantou as mãos e as mexeu pedindo que Khione também fizesse o que fazia: relaxar. --- Você deve ter visto Ariel e seus filhos. Aquata, Andrina, Arista,Adella e Alana são bem menos exploradoras que elas então são mais difíceisde ver. Seguindo o que todos nós estamos acostumados, as mais velhas aparecendobem mais que as mais novas. Somos uma família que lentamente sai de casa paraconviver com os outros, não precisa pedir perdão. --- A conversa entre astias sempre tinha um espectador escondido, ouvindo no silêncio de umesconderijo e acompanhado de um polvo solícito (para distrações com tinta).Ocean nunca tivera um medo dos poderes, tampouco tinha crescido aprendendo a temê-los.Era normal controlar a água, era imprescindível começar assim que nascesse eseria insustentável se desenvolvesse qualquer sentimento diferente denormalidade com sua habilidade em hidrocinese. --- Essa é uma notícia excelente de ouvir, meus parabéns Khione. Euquase consigo me ver um pouco nessa viagem também, mas com bem menos pompa edistância percorrida. Sair da água foi um enorme passo e anseio pelo próximoque darei interior adentro. Eu gosto de ver vocês vivendo, criaturas diferentes da minha espécie e das que me rodeiaembaixo d’água. Mas, algumas vezes, chega a ser assustador quando nãoencontram... ---- A palavra fugiu e Ocean recorreu ao movimento das mãos.Os dedos se entrelaçando de ambas as mãos e rapidamente rompidos, como umaincompatibilidade. --- Vou fazer opossível para te ajudar a considerar aquio seu lar, pelo menos na parte técnica do processo. --- De mostrar ocastelo, de se fazer inclusa nas atividades. --- Vento de tempestades e criomancia? Khione, você já fez uma nevasca?? --- Ele já estava animado porencontrar alguém com o mesmo apreço de longas conversas, e ficou ainda mais coma possibilidade de ter neve fora da estação.

〰 Never trust the next turn 〰
rxwenna:
Esticar suas mãos para que o outro conferisse os machucadosfora tão agoniante quanto o próprio ferimento — não sentido pela jovenzinha queestava animada demais para dar qualquer ouvido aos gritos de seu corpo. Rowennanão desviava os seus olhos da cauda alaranjada que parecia brilhar um tantomais ao saber que havia outro ser admirando-a. Contudo, aquela calmaria paraque fosse averiguada por mãos hábeis e senso mais responsável do que o próprio,tornou-se apenas uma ilusão quando o tritão lhe dissera que ela poderia tocar. Suasmãozinhas ainda estavam envolvidas nas enormes do outro quando ela as puxou ese jogou de joelhos ao lado da grande cauda. Não dissera nada e com oindicador, ela pressionou um ponto escamoso algumas vezes, como se estivesse cutucando e retirando a mão assim que ofez. ❛ Ew. É nojento. ❜ Ponderou,novamente levando as mãos para tocar o objeto de tanta excitação por parte desi mesma. ❛ Ei! Eu gostei! Quero uma cauda agora. Me da uma cauda? Quero sersereia! ❜ E então ela voltou seus olhos para encarar o tritão.Pedia com tamanha alegria, sabendo que poderia ser capaz de se tornar.

É uma verdade universalmente aceita que um tritão na posse de uma cauda sofre assédio de toque regularmente. Seus primeiros dias em etheral como estudante, sentado num canto esperando a cauda secar, tinham sido de quase exibição em exposição. Não chegava a ter se acostumado, mas achava fascinante que o deslumbramento para com sua cauda era o mesmo que o seu pelas pernas humanos. Ocean ergueu o rosto para cima e riu, a reação esperada e adorável não recebendo reprimendas porque ainda estava muuuito no início. E curiosidade infantil sempre dava aquela revirada no destino, tornando-se completamente oposta. --- Ela só está molhada e parece muito a de um peixe, mas não é nojenta. Não me magoe assim. --- Colocou a mão no peito, mas não aguentou muito tempo, a mesma indo para os cabelos da garotinha e os colocando para trás, gentilmente. Que sensação era essa? E por que parecia com a de sua mãe quando descrevia memória de sua infância? --- Elas são bem legais, não são? --- Agitou a mesma, a barbatando fazendo sulcos na areia. ---Eu não tenho caudas sobressalentes! Nem tenho poder para isso. --- Ele conseguiria o poder quando tivesse posse do tridente, então não poderia realizar o desejo da menina. --- Você sabe nadar para ser uma sereia?

proftoso:
Othelojá não se recordava mais de quando começara a controlar suas mudanças detamanho, mantendo-se apenas ao que ele era capaz de realizar no atual momentode sua vida, portanto, ele se orgulhando dos olhares que recebia sempre quemanifestava aquilo que seus pais cederam a ele através de sua história. Olhou-ocom um sorriso enigmático e que afirmava, mesmo sem qualquer palavra, que elenão diria tão cedo e que o outro teria de descobrir por si só. ❛Ah, qual a graça se eu não te jogar nochão? ❜ O tom leve e descontraído viera acompanhado de umlevantar de sobrancelhas, indicando que realmente não teria a menor graça se nãofosse para derrubar o outro; claro que aquilo não se passava de uma pequena esempre comum brincadeira por parte do herdeiro que, considerou a demonstração,mas não o fez. Era mais divertido quando o outro alguém era pego de surpresa. ❛ O suficiente para conseguir montar em umaformiga. ❜ Afirmou já tendo tido aquela experiência anteriormente— o que era divertido de se comentar com seus alunosquando ele desaparecia e aparecia novamente, montado em uma formiga. Os olhoshumanos demoravam para nota-lo, mas ele estava sempre ali. ❛ Sinto um ressentimentozinho nessa sua voz,Ocean? Olha que seus primos vivem correndo atrás de você querendo ser seuamiguinho. ❜ Alertou, embora saber quealguém sentia aversão à Ariel lhe agradava. Veja, Urien partilhava da ideiageral de que a sétima sereia fora tremendamente estúpida por fugir de sua casae fazer um acordo para ter pernas por um amor que ela conheceu de um dia para anoite. ❛ Não éassim tão difícil odiar Ariel na verdade. Mas, veja, ela foi esperta. Sua mãeherdaria a Coroa ou então seu filho — ou seja, você; ela ficaria com o quê?Chupando as barbatanas? Ela se apaixonou e casou justamente com um herdeiro! Seeu fosse uma sereia, eu seria Ariel. ❜

A graça de me ver inteiro e podendo aplaudir sem dor. De não colocar uma guerra de tronos em possibilidade no horizonte quando nós só estamos brincando. --- E de não contribuir para mais algumas marcas no corpo do tritão. Ocean poderia revidar o golpe antes de, de fato, vir ao chão, criando uma barreira de água ao redor de si ou ajudando a flutuar como fazia na água. Contudo, faltava-lhe o ânimo de pender para esse lado e de dar continuidade a uma picuinha que logo deixaria de ser borbulhante para sim. --- Não é ressentimento, é tom didático de todo o professor. Não tenho inveja, ciúmes, sentimentos negativos para com nenhum dos meus parentes. Incluindo os que antes perturbaram a tranquilidade de Atlântica. --- Úrsula e Morgana, os espíritos malignos do mar, estavam bem contidos em suas prisões, pagando pelos crimes que cometeram e tendo todo o tempo de pena para refletir sobre suas ações. Os descendentes não tinha culpa, ou nasciam assim, e Ocean esperava que não seguissem o destino insensato de seus pais. --- Eu gosto deles e sei que alguns podem a vir atrás de mim por conta da linha de sucessão, mas, ao fim do dia, tomarei a minhas decisões como me foi ensinado. Sozinho, levando em conta as sugestões de meu avô e minha mãe mas finalizando comigo. --- Não era pré-potência achar que era dono da razão e tomar tudo nos caminhos solitários, mas uma questão de tomar iniciativa e assumir os erros sem espalhar a culpa por aí. Humildade, em primeiro lugar, seguido da seriedade que o futuro trono trazia consigo. --- Você não gosta de Ariel e seria exatamente como ela, interessante. Ariel sempre foi muito aventureira e intensa, qualquer coisa podia entrar em seus objetivos e nada a pararia até ter dado de tudo. Por mais que Eric tenha o poder e o trono, acredito que ela tenha casado por amor. --- Ocean ouviu seu nome ser chamado ao longe, a cabeça deparando com uma figura que lhe passou o recado rapidamente. --- Estão nos chamando na diretoria. Será que vamos ser punidos? --- por isso completou mentalmente, e não acreditando na possibilidade.

fuckoff-dan:
A surpresa no olhar de Daniel não conseguiria ser disfarçada nem se ele tentasse. Ao ver que o professor não havia entendido o que tinha encontrado dentro do saco, parte de sua mente suspirou aliviada com a possibilidade de poder fugir daquilo sem grandes problemas. A única coisa que ele precisava era de uma boa saída, coisa que ainda assim, seria meio complicada. O que diabos vou falar para disfarçar as plantas que ele encontrou? Mas a resposta veio logo a sua mente quando as próprias palavras do docente surgiram a seu favor.
❝Exatamente. Foi uma técnica nova que aprendi em uma aula para… ahn.. fazer plantas crescerem em meios adversos. Sabe, para testar a dificuldade que elas tem para nascer e coisas do tipo. É só isso: um experimento mesmo.❞ As palavras vieram ininterruptas e não planejadas. Não se dera conta exatamente sobre o que estava falando até ele próprio se ouvir. Nãos sabia se o outro cairia naquela, mas era o melhor que conseguiria fazer por hora. Já sentia o coração meio acelerado e a respiração entrecortada. Droga, pensou ele. Por vezes se arrependia de levar um vida daquelas. Quer dizer, muitas das vezes. Por que continuava, então? ❝Não, não é venenoso. Isso é… hum… é…❞ Falou quando viu o docente levantar os dois becks com a mão. Estalou os dedos na tentativa lembrar algo para dizer. Nada vinha a mente no momento. Cara, eu estou muito fodido.

E ele estava bastante convencido de que era isso, exatamente como o aluno explicava rápida e atrapalhadamente. Oferecer a novos espécimens de plantas situações que podiam ser encontradas no futuro, dificultar o crescimento para ganhar a preferência em estudos posteriores. Ocean via isso nas grandes expedições mar adentro, tritões escolhidos a dedos para explorarem e erradicarem as áreas ainda afetadas pelo negro poder das antigas malvadezas do mar. Um escolhido, um adaptável, para uma situação que podia chegar às vias de vida ou morte. --- E você não quer que ninguém veja? Pra plantar aqui e não nos locais certos para cultivo? --- Você não vai navegar em terra quando tinha o mar como ideal, assim como não violaria a beleza de um jardim quando tinha uma área exclusiva para a botânica experimental.
Se não fosse pela luz parca, pela incerteza e curiosidade, talvez Ocean tivesse sabido bem antes de se deixar levar até aquele ponto. Segurando duas coisas que a memória arranhava para trazer uma semelhante, já vista. A hesitação ajudou, e como ajudou, complementando o olhar que não passava nem na mais distraída atenção do professor de Estudos Náuticos. --- Isso é um... --- O ajudou, repetindo, e ergueu uma sobrancelha em expectativa. Os lábios encrespando suavemente ao mesmo tempo que a sensação de ter sido enganado se tornava mais presente. Ainda queria saber sobre tudo, ainda tinha a falha de deixar passar por aquele mínimo segredo. Contudo, dependendo do aluno, não hesitaria em levar ambos para um ambiente bem menos informal. --- Se você sabe que não é venenoso, deve saber exatamente o que é. E não, não é um experimento de botânica. --- Comentou em tom de vitória, desvendando aquela parte da charada, esquecendo que devia ficar bravo pelo erro do discente.

smoky little secrets | dan&ocean
rxwenna:
Rapidamentesua cabeça discordou daquela afirmação. Um movimento de vai e vem que veementedizia para o outro que não; a cauda era nojenta ao primeiro toque da garota. Paraum humano, um peixe sempre seria um pouco estranho para se encostar daquelaforma, contudo, ela era uma criança curiosa! Se era nojento, ela não seimportaria tanto, afinal, a curiosidade infantil era o que lhe dava impulsopara todas as atitudes que tomava em sua vida. ❛ Eu acho peixe nojento de pegar também. Uma vez fui pescar com Dom epapai e não foi muito divertido não. ❜ Novamente sua cabeça fez o vaie vem, enquanto afirmava que não fora tão legal ir pescar com os homens maisvelhos de sua família. Os peixes voavam sobre o barco e eles voltaram para casasem nada. Mas, claro, um fato divertido fora o fato de Dominic ter sidoestapeado por um peixinho. Rowenna, com a lembrança, soltou uma risada. ❛Na verdade foi legal porque o Domapanhou de um peixe! Ele ficou todo vermelho! ❜ Nãodeixou de demonstrar o desapontamento ao saber que o outro não poderia lhefazer ser uma sereia. O que era melhor do que aquilo? Desejosa, a garotinhaolhava a cauda alaranjada brincando na areia. ❛ Poxa… Eu queria uma cauda! E sim, eu sei nadar. Eu moro perto de ummar, sabia? Não consigo nem ver o outro lado de tão grande que é o mar. Minha mãedisse que as terras além dos mares são nossas também e isso quer dizer que agente tem muuuito dinheiro! ❜ Muitos diziam que dinheiro não era capaz de trazer felicidade, mas ninguém havia visto a garotinha desfrutar de tudo que poderia comprar com dinheiro para saber.

Também não me parece tão divertido assim. --- Por seus próprios motivos baseados completamente na sensação esquisita na boca do estômago e na expressão muito poker face. Era como se a criancinha, pura e inocente em seus termos, tivesse dito que estava a caçar cachorros e gatos de estimação. Peixes tinham esse apreço na realidade de Ocean, e subiam ainda mais na classificação aqueles capazes de falar e entender, vivendo no castelo como grande parte da população. --- Oh. Ele... hm... Ele... --- A risada foi mais forte e saiu gostosa, solta, e um tanto quanto aliviada. Pelo menos uma vida tinha sido salva das garras de uma prática ainda pouco aceita pelo herdeiro. Não podia impedi-la, não ainda, mas não quer dizer que era de um todo tolerante. --- Espere um pouco e quem sabe você consiga? Eu nunca ia saber que tinha o poder de transformar minha cauda em pernas até o dia que eu precisei. Quer dizer, meio que descobri na surpresa. --- O desejo de conhecer os humanos e sua cultura não eram tantos a ponto de trocar sua bela cauda pelos membros divididos e articulados. Podia muito bem, em seus planos, assistir dentro de um recipiente com água, como o lastro dos navios. --- Deve ser bastante dinheiro sim. Tantas terras assim... --- Ocean era um tanto cético quanto a isso, conhecia os limites dos reinos que beiravam o mar e alguma coisa dizia que Rapunzel e família não eram assim tão dominantes das terras todas. --- O meu reino é completamente embaixo d’água, tudo o que Poseidon deu para Tritão cuidar enquanto fica no Olimpo, mas não me acho rico por conta de todo esse território. Não é uma riqueza que importa no fim das contas.

khione-dearendelle:
Khione abriu inevitavelmente um sorriso ao ouvir que ele não conseguiria negar-lhe algo. Tinha acostumado-se a ponto de não ficar vermelha novamente (pelo menos esperava que não) mas ainda assim não podia evitar o sorriso diante da delicadeza. Começava a perceber certo nervosismo em Ocean, de forma que a loira alargou o sorriso e o tocou no braço -Não se preocupe, não vai pisar em meu pé, e, mesmo se pisar, eu não ligo, logo você pega o jeito. -terminou a fala com uma expressão esperançosa e incentivadora destinada a ele. Ao ouvir o que dissera, novamente não evitar que um sorriso escapasse de seus lábios, o que parecia tornar-se frequente ao lado de Ocean -Me lembrarei disso.

O acompanhou até a pista de dança e logo notou quando ele evitou ficar no meio, empacando em seguida. Ao virar para ela, ofereceu-lhe um sorriso tímido e pegou sua mão, colocando-a na própria cintura -Aqui. -a mão seguiu, então, para o ombro de Ocean. Com a outra livre, pegou a que sobrava de seu par, estendendo-as na altura certa e deu um passo a frente, para ficarem mais próximos. -Assim. música de três tempos, um tempo para cada lado. Um, dois, três, um dois, três. -comentou baixinho em seu ouvido antes da música começar -Não se preocupe, guiarei o primeiro passo. -completou, logo quando a música começou e ela deu um leve puxão para o lado, começando a dança.
Não ligar para pisar o pé! Khione! Você tem que me avisar quando eu piso! Por favor! --- Exclamou exasperado, mas sustentando aquela leveza de quem estava indo para o lugar certo. Uma partezinha ficava meio triste que os sapatos de antigamente eram tão grossos e pesados, nada compatíveis com pisadas em pés delicados. Ocean prendeu a respiração, pés mexendo incertos no chão, e considerou dar meia volta e sugerir um desses outros joguinhos para diversão. Um que pudesse ficar em pé, parado, e só movendo os braços que lhe eram muito úteis -- e habilidosos. Ocean moldou os dedos ao lugar, encaixando bem a mão para não escorregar nem para cima, nem para baixo, apertando com leveza para garantir. --- Ok. Isso aqui eu ainda lembro. --- Ele estava satisfeito com a memória dos bailes assistidos à distância, utilizando-se do telescópio de bolso que amava usar nas aulas de navegação. Deu uma olhadinha para baixo, para tomar ciência da distância entre eles, e não escapar tanto da órbita que ela definiria. --- Uma o quê de três o quê? --- Virou o rosto de súbito, olhos azuis tentando ajustar no rosto dela próximo demais de si. Sussurrou, pelo mesmo motivo, e para não chamar atenção do que poderia vir a ser um desastre completo. Seja perseverante. Se reprimiu, assentindo para as palavras calmantes da outra professora, de sua amiga. --- Ok de novo. --- De tanto medo para pisar, Ocean só arrastou os pés na direção indicada; o sorriso enorme por não ter tropeçado nem caído. --- Agora para lá, certo? --- O dois saindo um pouco mais suave, os pés um pouco mais levantados, porque estava ganhando confiança rapidamente. Passos pequenos, era assim que Ocean trabalhava, pequenos e devagar; seguindo sua própria música.

O festival dos espinhos || Khione & Ocean
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dxmmief:
Negoucom a cabeça, indicando que não era o problema, embora fosse minimamenteestranho. Domhnall não era conhecido por distribuir aos outros elogios, sendosempre preferível para ele simplesmente ignorar ou demonstrar indiferença com oque via. Entretanto, não poderia ser possível para Ocean identificar que adistribuição desenfreada de elogios para com o tritão destoava-se da característicaprimordial da personalidade do flautista, já que o contato que ambos possuíam outroraera pouquíssimo — senão inexistente. ❛ É— Eu só estou aqui para falar a verdade, não é? Mentir para quê? ❜Suas explicações para suas falas eram sempre desconexas, embora fossepossível perceber que tal incoerência em suas palavras fosse em virtude de sua consciênciasobre seus atos que retornava. Mesmo que a contradição estivesse pouco a poucoretirando o véu da poção do amor, era impossível para Flutbreeze simplesmentedeixar com que a espessura daquela névoa ganhasse corpo sempre que o professorabria a boca e sua voz invadia a mente do rapaz. A animação do outro era contagiante,tal como a última fala que fora capaz de fazer com que Domhnall simplesmenteignorasse todo o resto. ❛ Eu vou ficar com você?! ❜ Era possível sentir a vibraçãoem sua voz enquanto imaginava — sim, ele estava pintando esse quadro — passarainda mais tempo com Ocean.
Paraum coração apaixonado, a rejeição era ainda mais dolorosa. Quando o outrorapidamente afastou o seu toque, a expressão que demonstrava alegriasimplesmente caiu, mostrando uma vulnerabilidade. Ao questionar Autumn se ooutro gostaria da sua presença, ela dissera que sim, afinal “quem não gostaria?”.Entretanto, lá estava Ocean o rejeitando, fazendo com a face de Domhnallesquentasse. Rapidamente ele abriu a boca para se desculpar, notando, então,que estava tratando-o de uma forma intimista demais. Mas, qualquer fala, acabousendo dispersada a meio caminho de sua língua assim que a mão do tritão seencaixou na sua. O gesto poderia não ter efeito para qualquer um, mas tinhapara o jovem que o recebia. Ora, não seria tão simples assim, pois Flutbreezeconsiderou simplesmente afastar-se do toque fora inesperado — tendo ele jáaceitado que o outro não o queria por perto. Mas, bem, havia algo diferente emtoda aquela situação. Inicialmente, teria rapidamente se colocado distante dotritão, mas não era uma situação comum; além da já bem explicada poção em seuorganismo, os toques de Ocean pareciam sinceros, tal como também desprovidos dequalquer malícia. Engolindo o medo que era sempre crescente em seu peito,levando-o para o buraco negro que consumia tudo que estava instalado em seuestômago, ele fechou os dedos encarando as mãos alheias com um sorriso. ❛Eu gostaria de saber como você é em suaforma original. ❜ Dissera, imaginando. Já virafiguras, contudo, raramente ao vivo. ❛ Latte e uma torta. ❜ É necessário dizer que, mesmo quandosentou-se diante do outro, ainda buscava com seus dedos curiosos a pele nua dodorso da mão do professor; também é necessário dizer que nem sequer olhou o cardápio,tendo seus olhos se ocupado a encarar a face do professor. ❛E eu gosto de ficar de pé, mas nessecaso não tanto. Eu posso ficar te olhando… Não que seja a única coisa que euesteja querendo aqui. Eu acho. Enfim. Você estava falando das aulas. Eu vouadorar te ajudar e ficar perto de você durante todo o evento.❜ Ênfase no ficar ao seu lado o tempo todo.

Aquele pedido era tão comum que pareceu estranho na conversa entre os dois, quase como se precisasse de um ou dois segundos para voltar a plataforma normal de conversa entre dua pessoas. O tempo de estudante tinha ficado para trás, as constantes quedas nos corredores por conta da água derramada de brincadeira, mas a experiência continuava a mesma. --- Quando é a sua última aula amanhã? Quer dizer, se estiver livre. Eu não durmo no castelo na maioria das vezes, vou para casa assim que encerro minhas atividades como professor e diretor da casa. Você pode me ver quando estiver indo embora. --- Aproveitando a iluminação normal do castelo e ele teria uma boa visão de sua cauda e da forma que mais agradava e se sentia bem. Durante o dia seria melhor, o sol transformando as escamas num inferno alaranjado, mas Ocean saía cedo demais do mar; não seria capaz de pedir um sacrifício como de matar umas horas de sono só para ver a mudança. Ocean olhou para a mão, depois para o aluno e deu de ombros internamente, deixando-a estar na mesa para que ele fizesse o que quisesse com ela. Polvos tinham o hábito de enrodilhar seus tentáculos em tudo, mesmo que inconscientemente, mantendo uma pontinha no lugar firme que era a companhia. E o herdeiro bem sabia visto que seu principal parceiro de peripécias era um de mesma raça e camelão em mudar de cor nas paredes de Atlântica. --- Entendo. Eu prefiro te olhar também. Conversar de lado, olhando para outras coisas, me deixa incomodado. Frente a frente conseguimos ver se estamos agradando, se precisamos mudar de assunto ou só sorrir por estar fazendo o outro sorrir também. --- Não era a toa que seus olhos ficavam bem abertos, o olhar fixado em tudo o que atraía a curiosidade -- e o elogio mais recebido era da cor impressionante dos mesmo. --- É ótimo ouvir isso! Ficando do lado eu não vou poder falar alto e ninguém mais vai ouvir. Precisamos ser muito discretos com essas informações ou toda a experiência não vai ter valido a nada. --- Pegou uma garfada da torta, colocando na boca e saboreando depressa; para continuar com a conversa. --- Quer dizer, vai ser maravilhoso para quem vai perder aula para se divertir em barco animados e correnteza de pedaços de tecido. HM... Mesmo que não der certo vai dar certo, não acha? --- Queria só uma certezinha disso, um asseguramento que era tão divertido quanto pensava. --- Você gostou mesmo da minha aula? Vai querer cursá-la pelo resto do semestre? --- Se viu perguntando, a verdadeira pergunta para matar sua curiosidade se mostrando.

act one pt. II
fuckoff-dan:
Daniel estava começando a se cansar das mentiras que estava contando. Por mais que se sentisse nervoso em ser pego pelo professor — por que não um aluno? — estava começando a sentir vontade de ligar o foda-se e receber a punição que ele quisesse. Não tinha certeza que toda aquela batalha para fugir valia realmente a pena.❝Só achei que seria um bom lugar. Por que? É proibido?❞ Perguntou, já sabendo que estavam-lhe escapando todas as desculpas. Já não conseguia pensar em mais nada convincente para dizer. Não que tivesse pensado alguma coisa desde a chegada do docente. Então foi nesse momento que ele levou as plantas para junto das narinas que Dan pensou: Agora sim, era uma vez.
Mas a reação não foi nem um pouco o que ele esperava. Esperava ver uma revolta súbita e o surgimento de palavras que determinação sérias punições por portar aquilo no território da escola. Esperava ao menos um olhar que denunciasse uma contrariedade à situação. Mas não, o olhar que recebera foi… intrigante.❝Não… não é❞ Falou pausadamente, enquanto a expressão demonstrava a reflexão interior. Será que isso não o chocava tanto assim? Daniel sentiu que precisava tirar vantagem disso de alguma forma, mas não fazia ideia do que passava pela cabeça dele.❝E suponho que você, hum, também saiba o que é…❞ Daniel tentava explorar mais o que via em sua face, precisava descobrir o que passava na cabeça dele. Era a única forma de saber como conduzir aquela situação o menos prejudicado possível.❝certo?❞

Ocean meneou a cabeça para o lado e fez o olhar cruzar pelo jardim, cada bela planta milimetricamente podada e cultivado para a perfeição. Estavam num ambiente de serenidade, de orgulho para sua colega de profissão e o aluno parecia não entender a seriedade do lugar. --- Você está machucando essas plantas. Não percebe que tudo aqui foi planejado e bem cuidado? --- A expressão ficou triste, meio decepcionado com o descaso do outro pelo lugar que estavam. Era o mesmo que quebrar os corais do fundo do mar, cada um peça fundamental na funcionalidade e beleza do castelo da família herdeira de Atlântica. Ocean respirou mais tranquilo, ainda podia continuar na sua escalada e preparação para o torno do reino marítimo. --- Eu sei... --- E sabia. Algo que não podia ser visto pelos demais, algo que o aluno ficava nervoso em v~e-lo pegando e algo que era planta mas não para plantar. Seu nervosismo sumia, mas a pungência de presenciá-lo ainda era gritante. A mão com os dois rolinhos foi estendida para o outro, devolvendo o que não o pertencia e nem queria ter o poder de tomar de sua posse sem saber o que era. --- Eu já vi em algum lugar, no meu tempo de aluno, mas não sei bem o que é. Tome, pode ficar, não queria te matar do coração. --- Um meio sorriso de lado de quem pede desculpas, uma boa finalização para cada um seguir pelo seu caminho, mas... --- Eu não vou te punir, se é isso que tem medo, mesmo depois de me explicar o que é. E o que você faz com isso. Prometo. --- Palavra de Armis, teria dito, mas não ousou. Não misturaria sua curiosidade com os preceitos e significados que a casa querida carregava a anos.

smoky little secrets | dan&ocean
khione-dearen
Khione riu da reação de Ocean de bom grado, sabia que ele era gentil demais para não ter uma reação assim; no entanto, não o respondeu, ficou apenas com o riso solto nos lábios. Assentiu com a cabeça quando falou que ele ainda lembrava e se perguntou como. Ele já dissera que nem ele e nem a mãe costumavam vir a bailes terrenos, então não imaginava como ele sabia de parte alguma da dança. Deixou sua curiosidade de lado para dar um sorriso encorajador para ele, ao ver o desespero de que não entendeu o ritmo da valsa. Seu sorriso encorajador continuou ao vê-lo dar os primeiros passos, apesar de não tirar o pé do chão -o que era comum, devido à sua inexperiência. -Isso -comentou sorrindo e assentindo novamente e sentindo a confiança de seu parceiro aumentar, tanto por entrar melhor no ritmo quanto por dançar sem arrastar os pés. Dançaram um pouco em um ritmo próprio, e quando a loira e Ocean entraram perfeitamente no tempo da música, Khione aproximou a cabeça do ouvido dele para sussurrar perto de sua nuca -Escuta.. um, dois, três, e um dois três. -ela não se conteve no comentário; era apaixonada por dança e tinha um carinho enorme por valsa. Adorava o ritmo e eles agora estavam em perfeita harmonia, de modo que precisava mostrar aquela beleza a Ocean -Quer fazer algo mais difícil? -perguntou ainda com os rostos próximos e um sorriso de canto nos lábios.

Não ficar entusiasmado demais ou erraria, com certeza. Ocean ganhava aquele território com fingida facilidade, por dentro suando tanto quanto um dia quente dentro da sala de instrumentos pouco ventilada. As engrenagens do cérebro girando a um ritmo quase ensandecido ao dar ordem e movimento as várias e invisíveis articulações que eram suas pernas. Pressionou o rosto no dela e o mexeu, para que ela entendesse que assentia com a cabeça. Os olhos azuis pegando as outras pessoas, olhando a caixa de som onde a música saía e entendendo de onde vinha os números que ela ditava para a dança. Era ou não um descendente de sereias? Era ou não aquele com uma bela voz e conhecedor de música? O herdeiro deveria ter entendido logo de cara, mas precisava de explicações, de refinar os conhecimentos para algo mais específico. --- Isso não é o nível mais difícil não? --- Fingiu surpresa, rindo baixinho contra a orelha de Khione. --- O que você quer fazer? --- Sussurrou em seu ouvido, o cenho franzido para os demais com as mãos baixo demais da posição que tinha a sua. Ocean deixou para lá, satisfeito em segurar a bela mulher do jeito certo.

O festival dos espinhos || Khione & Ocean
【favors exchanged】
O lugar era o pior de toda a lição que programava. Ocean não podia entrar na água devagar, caminhando até o fundo e mergulhar como qualquer outro ser humano. Suas pernas hidrofílicas não permitiam e, ao menor contato com água, já o colocava no modo natação estilo sereia. Um lugar fundo, logo de cara, era o ideia, mas vinha outro problema. Ensinar alguém a nadar desse jeito, jogando no pior do mar, era mais traumatizante do que educativo. Por isso Ocean acenava à distância, um lugar na areia com formações rochosas modeladas numa piscina funda, mas permissível de ver o fundo pela água clara. --- Pode ser aqui? O professor tem uns probleminhas de ensinamento, como já sabe. --- Usava um short de banho, o poder impedindo da água do mar arrastada pelo vento entrasse em contato com suas pernas. Ocean se equilibrou na borda e pulou para dentro, uma fina camada de ar o separando do seu elemento. --- Pode vir, eu te seguro. --- Ofereceu o braço com a mesma simpatia que o sorriso surgiu em seu rosto. Os dedos abrindo e fechando chamando, incentivando a adentrar sem precisar ter medo.

@missostergaard
khione-dearendelle:
No momento estavam muito próximos e Khione apenas sentiu a resposta de Ocean, que assentira positivamente. A resposta a deixara feliz, mais do que imaginava que ficaria; talvez por ter conseguido mostrar a ele um pouco das coisas que ama. Não conseguiu segurar um riso frouxo com o comentário de seu par, apesar dele ter deixado claro que era brincadeira; também não conseguira deixar de ficar arrepiada com a fala contra sua orelha, que lhe era uma região bastante sensível. -Bom, já viu algum casal fazendo um giro? -perguntou, ainda dançando, mas havia voltado para sua posição original que, apesar de perto, ainda ficava de frente para ele, não precisando sussurrar em seu ouvido. -Basicamente, você me afastaria, me giraria debaixo de seu braço e me puxaria de volta para si. -explicou, supondo o que ele dissera no começo que não sabia de nada da dança. Podia ver vários casais ao seu redor e um lindo pôr do sol, indicando que logo, logo começariam a disponibilizar os barcos para que todos fossem ver as lanternas. Mas a música ainda não acabara, e supunha que essa que dançavam fosse a última. Voltando sua atenção para Ocean, ela completou, meio envergonhada por não ter falado antes -Se quiser.
Os giros de suas tias no salão, dançando com espectros imaginários de tritões invisíveis. Ocean tão novo que o berço flutuava na água, sacudido levemente por funcionários que eram mais, tanto quanto família. Outros giros, de terra seca, ainda eram uma incógnita. O sinal que trocavam para isso acontecer não tinha sido percebido pelo herdeiro. Dizer que sim seria uma meia verdade e ele também não queria ser pego mentindo. --- Eu... --- Engoliu em seco, as palavras espichando na réstia de ar que os separava. Poderia estar coçando a cabeça se ambas as mãos não estivessem ocupadas. A explicação trouxe uma luz, mas não a de cor correta. Os casais faziam um tipo de pirueta, mas Khione parecia estar descrevendo outra. --- Entendi. Espera um pouquinho para eu pensar em como fazer. Eu aviso. --- O tempo de três prosseguindo, cada passo mais perto de ameaçar o começo daquela manobra. Não custava tentar, certo? Desde que mantivesse os pés bem no chão e arrastando. Escorregou a mão da cintura para pegar ambas as mãos entre as suas e, assim, girá-la embaixo do braço linkado ao dela. --- Assim? --- Perguntou incerto, mas com um sentimento bem explosivo de orgulho de não ter machucado ninguém, e de sentir certo conforto em Khione daquele jeito, pressionado contra o peito.

O festival dos espinhos || Khione & Ocean
Foi uma aula particularmente animada, suas pernas colaborando em manter o movimento e o equilíbrio perfeito enquanto cruzava a sala atrás do barquinho enfeitiçado por si. Demonstrações de funcionamento e construção de objetos náuticos, seus assuntos preferidos. Ocean pegou o barquinho no ar, os dedos sentindo a umidade salgada do casco da minúscula embarcação, e guardou na bolsa com imenso cuidado. No meio tempo jogando, retribuindo e dando despedidas simpáticas e lembretes do próximo trabalho. --- Uma boa excursão marítima não é nada sem uma excelente invasão, ainda mais uma amiga. --- Ocean estava acostumado com rostinhos novos ver o outro, geralmente de alunos que traziam os amigos na aula para seguirem juntos ao final. Outros assistiam por interesse, ver como era. A garota entrava na categoria que ele mais gostava, de futuros alunos tão interessados quanto ele mesmo. --- Fico feliz em ganhar mais uma para o lado certo desse embate náutico. Mas, desculpe, como se chama? Tem aqui... --- Procurou na bolsa o papel criado e deparado para essa ocasião. --- Aqui, é uma avaliação da matéria. Como você só viu uma aula, não precisa responder a tudo, só a última questão, sobre os horários. Dependendo do interesse, posso abrir outra turma, ou mudar essa de horário. --- Como professor de uma única matéria eletiva, Ocean tinha tempo de sobra para conciliar com as tarefas de Atlântica e o cargo de diretor. As aulas podiam muito bem ter outro lugar na semana. --- Como estão suas aulas? Muito puxadas?

Nellie não cursava Estudos Náuticos. Ainda assim, lá estava, aproveitando o cancelamento de uma de suas aulas para apreciar a didática do professor Ocean. Certo, não era por sede de sabedoria que estava lá, a bela fisionomia do herdeiro dos mares não havia passado despercebida aos seus olhos. Desde que começara a ouvir a respeito do professor mais divertido de Ethereal, vinha tentando encaixar a disciplina em sua grade horária, mas, com tantas eletivas e atividades extracurriculares, simplesmente não conseguia. Naquele dia, pela primeira vez, foi capaz de assistir a uma das aulas do professor. E que aula… Ocean era bonito, inteligente, engraçado e, ainda por cima, não possuía nenhum brilho dourado em seu anelar. Havia a questão dos vários anos de diferença entre os dois e das regras da escola, mas Nellie não se importava com detalhes bobos como aqueles. Ao fim da aula, fez questão de esperar a saída dos outros alunos e se aproximar do docente. “Espero que eu não tenha incomodado invadindo a sua aula, professor. Foi incrível. Estou realmente fascinada pelo oceano,” — não disse qual — “espero conseguir encaixar a sua disciplina na minha grade ano que vem.”

@waterheir
missostergaard:
O sentimento ao ver a profundidade do local que Ocean escolhera não era de medo, mas Elise com certeza estava receosa com a lição. Já era uma adulta e, como todo educador sabia, o passar dos anos dificultava a aprendizagem para todos. Havia evitado entrar em águas profundas por mais de três décadas, por que deveria tentar algo diferente àquela altura? Elise suspirou e removeu o vestido leve que usava por cima da roupa de banho. Vamos lá, você consegue. Desajeitadamente, aceitou o braço de Ocean como apoio, sentou-se nas pedras e fez todo o possível para não afundar rápido demais, mantendo o controle da situação. Embora estivesse com metade de seu corpo apoiado nas formações rochosas, onde poderia se segurar caso o pior acontecesse, havia conseguido entrar na água. Não era não ruim quanto imaginava, contudo, a sensação de não ter onde apoiar os pés poderia ser desesperadora se focasse sua atenção naquele detalhe. “Pronto. Podemos ir para os estábulos agora?” perguntou, ansiosa para fazer Ocean provar de seu próprio veneno.

Não ria porque vai ser você daqui a pouco. Ele repetia para si mesmo enquanto mantinha os lábios comprimidos numa fina linha, a língua mordida com força em contribuição simbólica. Não deveria achar graça da situação, mas era impossível -- ainda mais como o tritão que era. Tanto medo naqueles olhos e por uma profundidade nem próxima da que estava acostumado a nadar. --- Elise, você nem pisou no chão direito. Nem nadou direito. Nada feito. --- A segurou com mais firmeza, o poder da hidrocinese acalmando a água agitada por ela em seu quase mergulho, quase batida em retirada imediata. --- A piscina não é tão funda assim. Tente encontrar o chão e pisar. E, também, só tem pedra lisa embaixo, nada assustador além de mim. --- E abriu seu sorriso mostrando os dentes. Em algumas lendas, tritões eram tão perigosos quanto sereias, com o mesmo apetite de carne e sangue como suas versões femininas. Era uma brincadeira, até certo ponto, seu gosto peculiar por alimentos sendo bem guardado. --- Você me prometeu tentar flutuar antes de me colocar cara a cara com meu próprio medo. Faça um esforcinho e compense a vergonha futura do herdeiro de Atlântica. --- Falava de ficar estático e duro, os olhos arregalados de medo.

【favors exchanged】
khione-dearendelle:
Khione percebeu que deveria ter ficado calada; Ocean parecia desconfortável com sua pergunta e a última coisa que queria é que ele ficasse assim. Na verdade ela falara bem naturalmente e ele estava indo muito bem, mas ainda assim não pareceu um bom momento para aquilo. Chateada consigo mesma, tentou tirar aquilo da cabeça e aproveitar o resto da dança, que achava já estar acabando. Quando Ocean a girou, a loira não apenas ficara surpresa por ele ter feito, mas também por ter feito um passo mais difícil. Tentou recordar da descrição que dera, talvez tivesse sido errada? Não durou muito o pensamento e logo percebeu que estava nos braços dele, praticamente abraçada. Seu coração saiu um pouco do descompasso da música e ela ficou sem reação por um momento. Bastou esse instante para que a música acabasse, finalmente a tirando do transe -apesar de ter percebido depois que não durara quase nada. Com o fim da música, Khione girou dentro dos braços de Ocean afim de ficar de frente para ele, abrindo um sorriso e finalmente respondendo-lhe. -Sim, exatamente assim. -não mencionou nada do que pensara, apenas ficara surpresa e orgulhosa -Você não disse que tinha dois pés esquerdos?

Seus dedos entrelaçados apertavam delicadamente os mais finos e femininos em suas mãos, o olhar atento para a crítica que poderia não ganhar a exteriorização pela voz. Ocean era muito crítico consigo mesmo, desde o momento que entendera a sua posição na linhagem do trono, e, por isso, observava e via além do que era transmitido. --- Ah. --- Exclamou, surpreso, o sorriso aumentando em número, gênero e grau com a façanha bem feita e os elogios de sua professora. Se estivesse em água, com a cauda bem alinhada, nadaria em círculos de pura animação. --- Dois pés esquerdos não são dois braços·esquerdos. Tem uma diferença aí. --- E se orgulhava pela habilidade que tinha com o tronco, as mãos calejadas pelo uso do tridente réplica do real que mais cedo ou mais tarde estaria sob sua posse. --- Mas, de qualquer maneira, vamos encerrar a experiência, por ora, quando eu estou por cima. --- Literal e figurativamente, porque suas chances de encontrar o chão aumentariam exponencial ao número de giros dados pelo salão. Tomou a mão alheia na sua, os dedos entrelaçando automaticamente ao puxar para perto do lago, a confiança na dança melhorando seu andar inconscientemente. --- A qualquer momento agora. --- Ainda com a mão presa a dela, passou o braço por cima da cabeça loira e o apoiou nos ombros. O vento ali era mais forte, o lugar menos protegido, e se ele sentia frio, ela... Não sentiria. Khione tinha poder de gelo, podia se defender, mas não o incentivou a desfazer o contato. --- A... qualquer... momen- Olha lá! --- Apontou para frente, o primeiro de muitos acendendo sobre a superfície escura da água.

O festival dos espinhos || Khione & Ocean
{ f l a s h b a c k }
dxmmief:
❛Eu estou livre! Eu estou! ❜E dissera rápido demais. Sua cabeçanem ao menos deixou com que a fala de Ocean terminasse para que já estivesse confirmandocom exacerbado entusiasmo a sua capacidade de acompanhar o outro após as aulas dodia seguinte — àquela altura já não se recordava se possuía, de fato, qualquerclasse para onde deveria ir, estando apenas disposto e aberto para estar aolado do tritão; mas sabia que não seria permitido pelo outro a faltar qualquerhorário. ❛ Achei quevocê ficasse por aqui. ❜ Não negaria a decepção emsaber aquele fato, não considerando, entretanto, o porquê, portanto,demonstrara-a em seu tom de voz. ❛ Não que você não possa ir para sua casa, claro… E eu posso teencontrar amanhã. Na verdade posso te encontrar todos dias, não posso? Posso?❜ Animação contagiante, corpo ereto esperando aconfirmação. Os olhos deixaram o café habitual para a havana, derretendo-sediante da possibilidade de poder se encontrar com Ocean todos os dias. Era maisdo que ele poderia pedir! E, caso Autumn estivesse certa em seus conselhos, elepoderia muito bem conquistar a pessoa amada em três dias, mesmo que não tivessedisponível para si três horas. Mas como conquistar alguém que não se deixavaser conquistado? Domhnall não era um mestre naquela arte, todavia, ele sabiadizer quando alguém não estavaentendo algo. E Ocean não estava. Pelomenos ele poderia fingir que não dissera nada e continuar investindo — palavrasde TonTon. ❛ Não tem comoficar perto de você sem querer sorrir o tempo. Você… Bem faz bem. ❜E até mesmo a fala o deixou confuso, fazendo-o franzir o cenho e sorrisotolo que exibia caindo pouco a pouco até que ele balançou a cabeça. ❛E eu sei ser discreto! ❜— há, se não consegue nem ficar no efeito de uma poção e agir comnormalidade, quero só ver essa discrição — ❛ Vê? Formaremos uma bela equipe! Acho que a gente já forma uma boaequipe, mas quando mais perto, melhor. Certo? ❜ Erauma possibilidade que ele estava considerando. Quando toda a confusão da poção acabasse,Domhnall poderia ter certeza de uma coisa: aquela fala poderia ser considerada.Nem Ocean nem Domhnall sabiam que toda aquela bagunça abriria uma portainexplorada há muito tempo para o flautista que, mesmo entregue a uma poção quepraticamente o obrigaria a qualquer desejo do outro ser a qual fora preso,simplesmente terminara em um café conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo.Ocean não sabia o efeito positivo e benéfico que trazia para o jovem einexperiente Flutbreeze, mas o primeiro amor, quando saudável e tão puro, era sempre aquele que nos faziaacreditar que poderíamos amar novamente, não é? ❛ E é claro que vai dar tudo certo! Você é um ótimo professor. Eu não brinqueiquando eu disse que eu me arrependo todos os dias por não ter estado na suaaula. Você é simplesmente maravilhoso. ❜ Se Domhnall não sabia flertar,pelo menos ele possuía trejeitos genéticos que sabiam muito bem.❛ E eu realmente quero voltar para suas aulas. ❜ Assentiu freneticamente, tomando o garfo em suas mãos e provando da torta de Ocean.❛ Isso é bom. ❜

Ocean tomou a resposta rápida como animação, o sorriso borbulhante surgindo junto e brilhante para a agenda, ou melhor, que se formaria dali para frente. --- Pode sim, claro que sim. --- Algo dizia, com as estranhezas do dia, que não tinha ganhado o aluno assim, rápido, mas se contentaria com uma companhia agradável nos momentos que ajustava a água no corpo para transformar a cauda em pernas. --- Nem se eu quisesse, poderia ficar por muito tempo. Eu tenho tarefa para cumprir como futuro herdeiro de Atlântica não posso me ausentar por muito tempo. --- Se desculpou, dedos indo para a parte de trás da cabeça e coçando, sorrindo como quem pede desculpas. Ocean não gostava muito de passar mais do que o necessário naquelas pernas, achava desconfortável os sapatos e preferia -- nunca trocaria -- o poder de sua calda rasgando a água com velocidade. --- Você está sendo gentil. --- Deu uma risadinha, o garfo com mais um pedaço de torta ocupando sua boca por um tempinho. --- Sorrisos são contagiosos e funcionam como um belo remédio, isso explica meus efeitos que você diz que eu tenho. --- Pessoas bem humoradas exalavam a mesma aura, ele acreditava, o sorriso sendo uma porta e duas janelas para a verdadeira essência dentro de si. O herdeiro cresceu ouvindo aquelas palavras, que sua suavidade e bondade o fariam um ótimo Rei, assim como o endurecimento de algumas partes o protegia dos assuntos mais pesados. --- Você está pensando em confabular, senhor Flutbreeze? --- Juntou as mãos pelas pontas dos dedos, mexendo-os na onda comum dos vilões dos grandes contos. Até tentou fazer uma expressão mais maliciosa, arqueando uma sobrancelha e repuxando o lábio para um dos lados, expondo um pouco dos dentes. Não pareceu certo em seu rosto, mas amou a sensação de mudar -- nem que temporariamente -- a forma como era visto pelos humanos e outros seres. --- Eu agradeço os elogios, mas, por gentileza, poderia diminuí-los? Não estou tirando nem recusando, só que... está me deixando meio envergonhado. --- Existia uma outra palavra para descrever o que estava sentindo no dialeto antigo dos sereianos, contudo não encontrava tradução boa o suficiente para substituir. --- Como você gostou tanto, vou te dizer o próximo assumo. Vai ser sobre corren... --- A frase foi continuando, em ritmo mais lento, os olhos acompanhando o movimento do garfo alheio. --- ...tes marítimas vindas do sul, do tipo quente e rápido. É boa mesmo, não achei que fosse tanto assim.

act one pt. II
arendellenellie:
“Concordo plenamente” respondeu, ainda sorrindo, mesmo sem entender a brincadeira com excursões marítimas e invasões. Já imaginava que Ocean não ficaria incomodado com a intrusa, todavia, os olhos de Nellie brilhavam por saber que sua presença era mais do que bem vinda. Não tão bem vinda quanto ela gostaria, contudo, aquele cenário já poderia ser considerado um dos melhores possíveis. Enquanto ele procurava pelo papel, a princesa aproveitou para dar um passo a frente. “Pode me chamar de Nellie.” Claro, nenhum de seus professores usava o apelido— com exceção de sua prima Khione fora das aulas—, entretanto, não se importava em entregar tal intimidade para Ocean. Mesmo tendo assistindo a apenas uma aula, já sentia que podia responder toda a avaliação da disciplina, preenchendo todas as lacunas com a pontuação máxima. “Seria excelente, tenho muito interesse. Mal posso esperar para ficar do seu lado… no embate náutico” falou, forçando um sorriso mais largo após a correção final, constrangida pela própria indiscrição. Qualquer um que a conhecesse bem poderia imaginar a linda e hipotética história de amor verdadeiro que passava por sua mente. Talvez seu destino fosse Ocean, afinal. Anna havia encontrado o amor de forma inesperada, por que o mesmo não poderia acontecer à sua filha? “Um pouco, mas ainda consigo livre para fazer outras coisas. Acho que não vai ser tão difícil encontrar um horário compatível.” Nellie tomou delicadamente o papel das mãos do professor e puxou uma da bolsa uma caneta com tinta perfumada. Inclinou-se sobre a mesa e anotou os buracos que possuía em sua grade, mas também tomou a liberdade de marcar o número de seu telefone. “Aqui está. Se tiver a possibilidade de criar outra turma ou qualquer coisa, pode me contatar.”

Nellie? É diminutivo de qual nome? --- Perguntou por pura curiosidade. Como um integrante honorário do time dos que tinha um nome só e nada de apelidos, Ocean gostava de sentir o gostinho no nome dos outros. De reduzir e apreciar, mostrar realmente que o nome era tão bom quanto o apelido. --- Vou estar esperando por esse dia, senhorita Nellie. E com o mesmo entusiamo. --- A última frase assumindo um tom de dúvida divertida, a sobrancelha arqueando em expectativa de uma resposta igualmente espirituosa. Ocean não exigiria isso dos alunos, eles não era obrigados a estarem sempre de bom humor em suas aulas, mas era seu dever transformar as preocupações em algo distante pelos minutos que tinha com eles em sala de aula. --- Não trabalhe tanto a pode de se extenuar, tudo bem? Lembro dos meus tempos de colégio e de querer fazer tudo ao mesmo tempo. Dá para perder o controle facilmente, num piscar de olhos. --- Assim como perdia a hora e ficava tempo demais fora d’água, a secura na garganta e no corpo combinando com o humor irritadiço do tritão. Pegou o papel e o celular, anotando o número na agenda telefônica com um avisinho sobre o assunto. Se tivesse mais conhecimento nas tecnologias humanas, teria feito algo melhor do que colocar uma carinha feliz ao lado de Nellie. --- Eu vou. Você conhece muita gente? Para... hm... Ter uma visão mais geral e... Não sei, deixa pra lá. --- Acenou com a mão, o rosto contorcido numa careca engraçada. --- Melhor deixar que venham procurar a matéria. Qual aula tem agora? Não quero tomar muito do seu tempo.

missostergaard:
Enquanto observava Ocean segurar uma risada, Elise anotava mentalmente para deixar uma gargalhada escapar quando chegasse sua vez de desafiá-lo. “Eu vou me lembrar disso” ameaçou, considerando tanto a expressão do professor quanto o que ele havia falado. Naquele momento, enfrentando o medo da total falta de controle, nem mesmo o bom humor de Ocean podia salvá-la da tensão. Desejava sair de lá a qualquer custo, portanto começou a reunir qualquer resquício de coragem para soltar-se da rocha. “Eu sei flutuar. Pelo menos sabia há alguns… vários anos.” Com a afirmação feita— mais para si mesma do que para Ocean—, empurrou levemente o apoio rochoso no qual se segurava e afundou alguns centímetros, tocando o fundo do lago com as pontas dos pés. Infelizmente, o professor estava certo. Pedra lisa. A falta de atrito notada pelo tato aguçado de Elise alertou o que estava por vir e, antes que escorregasse para trás e batesse a cabeça, a conselheira jogou o pouco peso não submerso na direção de Ocean, apoiando-se nos ombros dele para amortecer a queda. “Eu quase morri” murmurou, alguns segundos após o choque.

Ocean não estava preocupado com represálias, a que ela faria não conseguiria piorar ainda mais o seu terror pelos animais de quatro patas. Por que era tão diferente dos marinhos? Por que não eram mais dóceis e menos assustadores que seus primos mais evoluídos? --- O ato de flutuar não mudou nesses anos ‘enferrujada’ e é bem mais fácil na água salgada. --- A pérola do conhecimento sempre aparecia para brilhar, mesmo que minimamente e fora de momento. O herdeiro só mantinha as pernas porque parecia ter melhor equilíbrio com elas para ensinamentos humanos. Contudo, a certeza se desfez com o contato, Ocean dissipando o poder para as pernas se transformarem em cauda e ela bater graciosamente para colocar a ambos na posição inicial. Cem melhor. --- Você nunca morreria comigo aqui, Elise. Coloque isso na cabeça. Eu não vou te soltar. --- No momento tinha um braço ao redor da sua cintura e que mudaria de lugar para braços e pernas quando tivesse que ajeitá-la no equilíbrio perfeito. --- Rosto levantado, respirando devagar, solte suas pernas. Deixe seu corpo relaxar. --- Um empurrão do poder para colocá-la ‘de bruços’ na linha da superfície. --- Bata as pernas, do joelho para baixo com mais força, do joelho para sima, mais suavemente. Consegue? --- As mãos bem seguras no braço logo abaixo do ombros. Seus próprios disponíveis para agarrar o quanto quiser.

【favors exchanged】