Daniel Hartmann - Tumblr Posts

1 year ago

Liga a todos nós (uma fanfic de Ordem Paranormal) (não é meu melhor trabalho mas tá aí, né)

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Equipe de Varredura.

Eles estavam próximos da Degolificada. Tão, tão próximos. Quando entrassem naquela biblioteca, talvez ela já estivesse lá. Ela poderia matar todos eles e não restaria nada para contar quem eles eram, apenas cascas vazias e sem olhos.

-Hora de morfar!

Uma frase interrompe a trilha de pensamento de Liz e ela, Daniel e Thiago olham para Alex, igualmente confusos. Ele havia estendido o punho, como que esperando por um soquinho, e olhava levemente esperançoso para eles.

-O... - Daniel apertou a ponte do nariz. - O que é que é isso?

-É a frase dos Power Rangers, ué.

-Não, eu sei que é a frase dos Power Rangers, mas porque você tá falando ela quando a gente provavelmente vai morrer?

-A gente não vai morrer. Essa frase é pra gente se sentir pronto. Eu sempre fazia isso com meus alunos antes da prova. E, quando a gente sair daqui, caso, Deus me livre, a gente encontrar isso de novo, a gente fala pra dar sorte.

Daniel olha pra Liz, parecendo incrédulo. Ela, por sua vez, olha para Thiago, tentando ver o que ele achava daquela palhaçada. O homem dá de ombros, como que dizendo "mal não vai fazer, né".

Liz fechou os olhos e respirou fundo. Ela ia se arrepender daquela coisa ridícula depois.

-Hora... de morfar. - e, revirando os olhos, estendeu a mão em punho para a de Alex.

-Hora de morfar. - disse Thiago, parecendo convicto de que aquilo salvaria suas vidas, também estendendo o punho.

Daniel olhou para os três como se eles fossem idiotas, e recebeu em troca olhares que diziam "o que você tá esperando? Vem logo pra gente entrar ali e morrer". O homem murmurou:

-Eu odeio vocês. - e estendeu o punho, gritando: - Hora de morfar!

Os olhos de Alex brilharam.

Equipe E

Liz sentia que ia vomitar ao ver o Porteiro prestes a gravar o símbolo nas costas de Thiago. Ele, no entanto, ergueu a mão e pediu:

-Espera! Uma última coisa. - e estendeu a mão em forma de punho, olhando diretamente para Liz. - Hora de morfar.

O coração da mulher parou. Ela mal conseguia acreditar que ele se lembrava daquilo. (ela se lembrava, claro que se lembrava, ela passava mentalmente cada segundo daqueles dias em sua mente todo o tempo, se perguntando qual foi seu maior erro)

Liz engoliu em seco e, tremendo, repetiu o gesto:

-Hora de morfar.

E o restante da Equipe Esperança fez o mesmo.

Força D

-Aí, todo mundo! - chama Kaiser. A equipe (o que sobrou) olha para ele quando estavam prestes a sair da van e ir para o cemitério. Kaiser ergue o punho. - Hora de morfar.

Ele olha de canto para Arthur, o homem parece prestes a chorar, mas faz o mesmo. A Força Desconjuração realiza um último ato em conjunto.

Equipe Abutres

-Ei, gente - começou Arthur na saída de Bariguara, chamando a atenção dos outros. Ele olha para sua mão e murmura: - Eu sei que a gente só se conhece a umas horas, mas... a gente formou uma equipe hoje, então... eu queria fazer um gesto que alguém muito especial pra mim me ensinou. Ele dá sorte. - e ergueu o punho. - Hora de morfar!

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4 years ago

O espreitador

O Espreitador

Antes de começarmos essa história, você tem certeza que não está sendo observado? Você verificou se fechou a porta? Você sabe mesmo o que a escuridão esconde? Eu recomendaria trancar tudo com atenção, afinal, nós não queremos nenhuma fresta de possibilidade que algo dê errado, não é mesmo?

Novamente, acordando com esse maldito gotejar. O mesmo som que a tem acordado toda madrugada, nas últimas duas semanas.

Furiosa, ela levanta mais uma vez buscando a origem do problema, já imaginando que não teria sucesso. Ele a observa checar todas as torneiras, que estavam devidamente fechadas. Também não chove há semanas e até mesmo o encanador a quem chamou duas vezes afirmou não ter nada de errado na instalação da casa.

Afinal, desde quando o seu sono ficou tão sensível? Quando ainda era criança, nem mesmo os gritos de socorro vindos da casa ao lado a acordavam. Dormia como um anjo, abraçada à sua boneca preferida.

O relógio marca as duas e onze da manhã, como sempre. Ela não aguenta mais. O problema era tão recorrente que Jorginho já havia adaptado seu relógio biológico para receber sua ração, miando e se esfregando em suas pernas.

Ela sorri, como um gatinho que foi tão maltratado antes de ser resgatado das ruas pôde ficar tão mimado? Esses olhinhos amarelos pidões conquistam qualquer um.

Ele a observa arrastar o banquinho para alcançar um novo pacote de ração na partição mais alta do armário, enquanto segura seu gatinho ronronando em um dos braços. Seu rosto já demonstra a falta de sanidade de uma mente observada.

O gotejamento fica cada vez mais alta a cada noite. Não importa o cômodo que ela esteja, o som não parece vir de um lugar específico, mas parece sempre estar se aproximando. Ele observa enquanto ela apaga as luzes e volta para a cama, puxando o edredom para cobrir seus pés. Não porque estava com frio, mas por um instinto inexplicável.

Sem conseguir pegar no sono, só resta olhar para o armário ao lado da cama, que parece nunca fechar direito. Afinal, por que todos os armários tem o mesmo problema? Sempre precisa ter uma maldita fresta, não?

É claro que ela sabe que não tem anda lá dentro, então… de onde vem esse sentimento constante de estar sendo observada? Ele a observa abraçar seu gato, um daqueles que ele escolheu acompanhar. Ela força os olhos fechados para dormir, tentando mentir para si mesma que não sabe que ele está ali.

Ele chora mais uma lágrima. Ela é tão linda. As luzes estão apagadas… Ela não vai perceber se ele aproximar um pouquinho, vai? Não é como se a porta fosse se fechar antes de voltar para sua fresta…

Ela é tão linda assim de perto.


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