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SORTE

Dormiras enquanto disse a ti como foste a sorte que abateu o meu coração. Talvez poético, ter sorte seria patético.  Talvez um pouco de mérito, quem saberá?  O mérito abraça o arcaico, objetivo demais para nós.  Quem sabe um projeto tão singular exposto para o intocável? Lamento dizer, não creio que meu coração abatido provém do limitar do merecer. Por favor, escuta agora.  Não és sorte, não és mérito, és apenas tu e caso não fosses não estarias aqui. Caso não fosses, terias perdido a ti, terias perdido a mim.  Estava na zona perigosa, no meio fio e nada tinha a oferecer.  Meu risco é saber das curvas devidas, teu risco é não as conhecer.  Tua essência é carregar em ti o ser, que mesmo ao desconhecer, valorizo para além do meu eu abatido, limitado, cheio de sorte, lamento dizer.  Por sorte, teria eu a ti.

TEMPO CORRE

Quererá o corpo certo sobre o dele.  Bastará ser uma única vez.  Como foi para ele, será para o corpo desejado.  Satisfazer-se em vida, descansar desnudo sobre qualquer lugar confortável.  A mente que cansa, hoje, descansa, mas não basta.  Houve tempo suficiente para correr ou o tempo corre e a gente não ver. Lamentável é esse ocorrido mal resolvido de gente que lamentamos não poder ter.  O domínio eleva-se em um novo tempo que nos engole por não possuir o almejado.  Dessa vez mais devagar, afogará.  Basta ser uma única vez.  O corpo que sustenta o desejo, não sustentará mais.  Como foi para ele, será sempre para todos como um abraço apertado Brevemente suspirará, repentinamente, Bem-Vinda a Morte será.

VELHO AMIGO

Encontrei o velho amigo que não escapa da escuridão, Dentro do seu subsolo íntimo, Seu lar limitado não condiz com a sua imaginação.   Quando bem-quer, manipula a minha ideia efêmera por desejá-lo. Não passa de um dia, mas quem diria, aqui estou para encontrá-lo.   Nossa contradição é óbvia, mais clara que a luz divina. Seja cedo, seja tarde, quero-o para mim.   Velho amigo, não forneça mais do que tua amizade, Te encontrar é sempre como descer até o inferno. Fatal, vontade súbita. Nunca estive lá, em todo caso se eu fosse, tu estarias lá.   Dizem que sou pecadora, mas quem não é? Basta apagar a luz e acender a velha vela, desgastada, qualquer.   Bem sei, deixastes de rezar. Pensareis demais com tudo que digo, julgastes só de ouvir eu falar.   Nada importa para vós, só quis contar. Volto-me para ele. Prestas atenção.   Conta as tuas amargas histórias, juro que irei acreditar. Juro cinicamente, você sabe, não vai adiantar.   Somos iguais, somos errados, não me importo mais. Velho amigo, vai longe, os 40 dias são 14, sabemos contar.   Despedida necessária, adeus, velho amigo. Encontre-me no teu lar, no subsolo íntimo, estarei lá. Enquanto a vós, fechastes os olhos, sei que tivestes medo. Passa logo, volta para os abrigos, que acolhem os inimigos que fecham os olhos para si mesmos.

DE QUATRO

Quatro estações definidas, uma única ficará marcada.  A natureza não nos pune, mas registra cada uma das nossas escolhas, erradas. Desejo poder sobreviver mais uma breve estação, mas cada dia que passa Meus membros ligam-se ao chão.  Março passou, julgaram ser grandes demais neste vasto universo.  Agora, Deitamo-nos em curtos espaços de quatro paredes, imersos em si durante um abril que promete ser longo.  Existem portas, apesar disso não devemos abri-las, Caso façamos, morreremos, devido a uma única partícula, inimiga.  Enfim a sós com o nosso maior inimigo, ele não está lá fora, está contigo.  Somos reféns, de quatro estamos, para o que nunca imaginamos.  Cansada fico, mas registro um pouco de mim caso venha a ir embora.  Se ainda estou aqui, tenho meus motivos em querer persistir, Catorze dias, temos que aguentar em nosso lar. Passa rápido, breve será.

CLAMO À LIBERDADE

Clamo à liberdade que me tire das amarras. Cordas firmes não desatam, mesmo suspensas no ar. Tanto para viver e ver lá fora, Provar a dor e a alegria, quero eu mais um dia. Para ser o amanhã, a mudança viva. Viver o que não vivi ainda.  Clamo à liberdade, permita-me ser metamorfose. Como as borboletas que alcançam as coroas das flores pela manhã, pela tarde, que louca essa minha vontade.  Pergunto-me se elas também não clamam a ti, Liberdade. Tira de mim essas cordas, dei-me asas, subir alto, descer, quem sabe? Quero um dia ser metamorfose, ser borboleta. Ter você, por que a ti? Ganhar-te, enfim, Liberdade.

BURGUESA

A sensação em me sentir uma burguesa, ataca-me às vezes. Não aquelas de boca rosa ou capaz de viajar o mundo, mas sempre me sentir uma burguesa.  Quando bem quero, posso ter acesso às informações, chá gelado ou café amargo.  Deitada ou em pé, eu decido o meu horário.  É claro que de preferência deitada, espero minhas aulas e converso sobre problemas que ainda não me alcançam a vida, oh! Vida parada. Sinto-me burguesa, pois, posso escolher livremente alguns caminhos e outros recusar.  Posso comer pão no almoço e feijão no jantar. Amigos que desconhecem esse sentimento, lamento demais dizer, vocês são tão burgueses quanto eu, podemos ler. Quem pode ler, pode alcançar o que quer e deve ser por isso que me sinto tão burguesa. Quando bem quero levanto um livro sobre a minha mesa, discutindo com os meus inimigos antes de adormecer na sexta. Eles dizem que “A” é melhor que “B”, nós nem nos importamos com a classe C.  Tanto faz a resposta final, alguns acabam com o assunto. No final, penso e penso antes de pegar no sono,  Devo tudo aos meus pais que matam um leão por dia para eu poder lutar por eles algum dia. Ser diferença, mas a mesma, Burguesa.

ENCOSTAS DO RECIFE

Quem dera eu ser livre como antes,  Virei água, mas como toda água que bate nas rochas,  Fiquei nas encostas do recife.  Não pedi por isso, nem sequer imaginei.  Não lembro da última vez que me fiz inteira, prefiro não recordar.  Virei rocha, mas como toda rocha, posso quebrar-me, partida e ser levada por esse teu mar.  Tuas palavras serenas são como ondas,  Como as violentas ondas das encostas do recife.  Serei eu frágil como água e dura como rocha nas encostas do recife.  Não sei se sou água, não sei se sou rocha.  Não sei se me desfaço ou se me faço inteira.  Vagarei sobre tuas ondas ou como elas me desfazendo nas encostas do recife. Minha dor é maior quanto a imensidão desse teu mar,  Não pedi por isso, nem sequer imaginei que iria me afundar.  Só quero acabar com isso e finalmente chegar onde prometemos. Desmanchando-me como água, enfrentando a dor como rocha.  O caminho por tuas águas são infinitas e como ondas enfrento-te diante das pedras  nas encostas do recife.

FUGIR

Às vezes quero fugir, Não me pergunto se sou egoista, mas muitos devem achar. Gostaria de fugir de mim, ir para longe e depois me encontrar. Tudo no singular em volta de mim mesma, já não me sinto livre e sim presa. Não sou mais a mesma. Maldito sistema que me faz querer culpar o tempo que nem sequer existe. A gente corre em linha reta, sem surpresa, sem espanto, com pressa insiste. Conclui que não sou mais a mesma. A vida de tão curta, vejo ela torta o tempo todo Vem logo o fim, pular, fugir para longe de mim.

CONTRASTE DO EGOISMO

Há algo estranho nessa personalidade que me cerca, Não me foi dada no primeiro suspiro, embora tenha aceitado no contexto atual. Desenvolveu em mim determinados gostos, inclusive a de odiar outros. A monotonia não faz bem o meu estilo, minha alma fica inquieta com a toda essa sensação de calma, calma sonsa. Darei a você um pouco mais de liberdade. Talvez eu não faça parte desse contexto, mas quem sabe? Talvez eu não faça parte desse contexto, mas quem sabe? Acreditei que poderia fazer isso, mas quem precisa ir sou eu. Não há nada de estranho como havia pensado, somos apenas o que somos. Somos um para o outro o contraste do egoísmo. Esperar não faz bem meu estilo, Esperar não faz bem meu estilo. Não me faça sentir que posso ser pura e dura, pois, não é bem assim. Por mais que eu seja eu mesma, não sou quem você esperava ser. Então quando chegar o momento, deixar-me-ia partir? Permita-me sentir mais uma vez que posso tentar. Não se sabe ao certo, Há algo de estranho nessa personalidade que me cerca Não me foi dada no primeiro suspiro. A história e o contexto deveria ser outro, Não me faça aceitar, não me faça aceitar. Não há nada de estranho, somos apenas o que somos. Somos um para o outro o contraste do egoísmo.

O TEMPO NÃO PODE ESPERAR

Escondo dentro de mim coisas não ditas. O tempo não pode esperar, Quando estou nos braços teus, fico bem e descanso enfim. Sinto-me transbordar e muitas vezes afundar, Enganei-me com o egoísmo e neguei te amar. Cada dia que passa espero mais de ti em mim, Sinto que ainda não mostrei o meu tudo e o meu nada. Embora você segure a minha mão e diga “Somos um”, A ânsia de não querer te perder não se esconde, vive guardada. Sei bem que amanhã é um novo dia, Mas o tempo não pode esperar. Reconheço que contigo sou melhor e mais feliz. E olha que eu nem quis, meu amor, repara só, É normal se sentir assim? Por mais que eu diga “Preciso ir”, o meu desejo é ficar, Isso tudo tem motivo, quero que fique ao meu lado. Fica por querer! fica porque sente que deve ficar. Posso renunciar a tudo por você, até o meu profundo egoísmo. Tem ensinado a mim que ele existe para ser corrigido, E não insistido, aprendi. Escondi dentro de mim, mas hoje sinto que devo falar. Você reclamou uma vez que sou presa e devo te contar Como eu me sinto, mas em um mundo de prisões Como poderia me libertar? O tempo não pode esperar. Confesso que quero teu bem, teu sorriso, teu maior bem. De preferência comigo, porque eu finalmente posso te dizer que enquanto estiveres bem, seja onde for, vou te amar.

Na última sexta fui assistir o filme “Barbie” com o meu noivo. Diferente do que falam, pessoas de vertente duvidosa, o filme da Barbie não é tão feminista. O próprio filme fala mal de alguns comportamentos feministas. Antes de ler comentários de gente desonesta na internet, assista o filme e tire suas conclusões. O filme é único e bem feito, nunca vi nada parecido.

O filme da Barbie desenterrou muitos misóginos e machistas, cruzes. Isso são mulheres e homens que não entendem o valor de uma mulher.

Não leve crianças, o filme é para adultos!

Sobre agradar a todos: não dá.

Uma pernambucana.

Tenho tanto para escrever que sinto não ser o suficiente.

É como se, ao escrever, eu me transportasse para um lugar onde só eu e meus pensamentos importassem, como se eu estivesse olhando para o reflexo da minha alma no meu próprio espelho imaginário.

Eu escrevo e então sei que estou viva.

Ecos da Noite

O som do vento à noite evoca lembranças de tempos selvagens. Tudo o que você acreditava estar esquecido permanece mais vivo do que jamais imaginou. Embora tudo seja efêmero, também é eterno. É um lembrete de que a vida se revela como um turbilhão de emoções intensas.

Escrever

Estou escrevendo aqui para tentar colocar pra fora esse turbilhão de sentimento que eu sinto.

Eu tô muito apaixonada, como há anos eu não estava e eu estou vivendo algo novo porque eu NUNCA vivi algo semelhante. Para não ser tão radical u vivi algo semelhante com meu primeiro namorado há 24 anos.

O que eu sinto hoje, depois de quebrar tanto a minha cara, é algo que eu desejo que todo mundo sinta, é algo que me fez viver e renascer de novo e é algo que me fez acreditar de novo no poder do amor. É possível amar de novo e encontrar alguém que queira o mesmo que você, tudo no tempo de Deus.

Obrigada meu Deus por me permitir viver tudo isso, eu não sei o dia de amanhã mas hoje eu sou a mulher mais feliz do mundo ! Eu tô apaixonada!!!

Talvez a vida seja isso mesmo...aquela ausência que deixa a gente insatisfeita..

A nossa relutância em não admitir que sufoca e maltrata a mente...

A culpa por acreditar que podia ter feito mais, podia ter sido diferente...

A dúvida por não saber para qual caminho ir já que nenhum mostra o desvio do medo e do terror que é apenas sobreviver diariamente...

@salientei 📌

Existem sentimentos e pensamentos que relato em palavras e tenho certeza que ninguém vai ler, talvez seja por isso que ainda me disponho a escrever, por achar que ninguém se importa...

@salientei 📌

É mentira tudo o que aconteceu com a gente.

Na primeira oportunidade tu correu do que eu achava que era diferente.

É por isso que não me aproximo demais, corro o risco de cair em cima das minhas próprias ilusões inconsistentes.

A fila não anda, ela pedala, assim como foi de dela pra mim, de mim pra ela e a próxima? Quando vai vir? Não interessa mais? Até porque tu és incoerente.

O que realmente faz sentido é a minha fé no sentimento, sendo desmontada novamente, parece até que gosto de sofrer indefinidamente.

@salientei 📌