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5 years ago

Drácula, Bram Stoker

Drcula, Bram Stoker

Drácula é um romance estruturalmente epistolar, ou seja, o livro é composto por cartas, diários, notícias de jornais e correspondências. Durante a narrativa, acompanhamos a história de Jonathan, Mina, Lucy, Arthur, Quincey, Dr. John Seward, Van Helsing e, é claro, do enigmático Conde Drácula. Cada uma das personagens tem seu respectivo ponto de vista e é por meio deles que acompanhamos a trajetória desse grupo tentando derrotar o vampiro.

No início do livro, vemos Jonathan a caminho do castelo de Drácula, na Transilvânia. Essa trajetória é sombria e misteriosa, e não fazemos ideia do que pode acontecer. Pouco depois de chegar ao seu destino e ser acomodado no castelo, Jonathan começa a perceber que é na verdade mais um prisioneiro do que um hóspede, e que o educado Conde Drácula não é o que parece ser.

O suspense deixa o livro instigante e as descrições são tão realistas que pude imaginar as cenas com perfeição. O clima sombrio, as paisagens obscuras, o castelo rodeado por neblina e as tempestades dão ao livro uma verdadeira atmosfera de terror.

As personagens tem, cada uma, suas próprias características e é fácil nos apegarmos a elas. Em minha opinião, Van Helsing e Mina são as melhores, e eu não gostei muito de Lucy. Conde Drácula é um personagem muito bem construído, sendo inspirado em Vlad Tepes III, príncipe da Valáquia conhecido como o Empalador.


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4 years ago

Herbert West Reanimator, H.P. Lovecraft

Herbert West Reanimator é uma história em seis partes, escrita por H.P. Lovecraft, publicada espaçadamente a partir de 1922. A primeira parte veio à tona na Home Brew I, sendo republicada na Weird Tales 36, n. 4, em 1942, após a morte de Lovecraft.

"Sobre Herbert West, que foi meu amigo na universidade e no pós-vida, posso falar apenas com extremo terror. Esse terror não se deve totalmente à aparência sinistra de seu desaparecimento recente, mas foi engendrado por toda a natureza do trabalho de sua vida e começou a ganhar uma forma mais grave há mais de dezessete anos, quando estávamos no terceiro ano de nosso curso na escola de medicina da Universidade Miskatonic, em Arkham."

A história é contada pelo ponto de vista de um narrador que não é identificado. Estudante de medicina, ele forma uma "amizade" com Herbert West, o protagonista do conto. West realiza experiências mórbidas com animais mortos, e desenvolve uma fórmula capaz de reanimar suas cobaias mortas; ele acredita, em sua mente, que essa fórmula será capaz de trazer seres humanos mortos à vida.

É em torno disso, das experiências de West, que o enredo se constrói, e ao passar do tempo vemos Herbert West enlouquecendo ao ponto de roubar corpos do necrotério e até mesmo matar um rapaz para realizar seus experimentos.

Herbert West Reanimator nos lembra Frankenstein de Mary Shelley, com West e Victor Frankenstein traçando um paralelo muito interessante: ambos médicos que buscam vencer a morte utilizando a ciência.

Até agora, acredito que este é o conto que mais gostei de Lovecraft, e indico a leitura.👻🍁🕸

Herbert West Reanimator, H.P. Lovecraft

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4 years ago

O Baile da Morte Vermelha, Edgar Allan Poe

O Baile da Morte Vermelha (título na edição da Darkside Books), de Edgar Allan Poe, conta uma história ocorrida há muitos anos em um país distante. A Morte Vermelha, segundo o narrador onisciente, dizimava a população de um reino. Sabe-se que a praga é horrível e, quem a pegasse, tinha o lado esquerdo do rosto e do corpo banhados de sangue, e a morte das vítimas se davam em 30 minutos. Por conta disso, era temida por todos.

"A Morte Vermelha há muito devastava o país. Nenhuma praga jamais fora tão fatal ou tétrica. Tinha no sangue seu avatar e seu selo - o horror escarlate do sangue. Provocava dores agudas, tonturas repentinas e, por fim, uma profusa hemorragia. As manchas vermelhas no corpo e sobretudo no rosto de suas vítimas eram os estandartes da peste, que assim os alijava de ajuda e compaixão alheias. O ataque, a evolução e o fim da doença duravam apenas meia hora."

Somente o príncipe Próspero não a temia, isolando-se em uma abadia, com mantimentos e pessoas para diverti-lo: nobres, músicos, atores e dançarinos. Passaram a viver em luxo, longe do país onde, do lado de fora, a Morte Vermelha assolava.

Todos passavam os dias despreocupados e em segurança, sem se importarem com a praga além dos portões.

Passado seis meses, o príncipe decidiu dar um grande baile de máscaras, para comemorar a forma que os nobres desafiaram o contágio. Foram distribuídas máscaras que misturavam horror com beleza, e por todos os cômodos o baile estava cheio de vida, enquanto do lado de fora o pesadelo imperava.

Porém, a Morte já estava dançando ao som dos músicos e entre os convidados, usando sua própria máscara que tanto amedrontava o príncipe.

O Baile Da Morte Vermelha, Edgar Allan Poe

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