Lennon Mccartney - Tumblr Posts

4 years ago
John And Paul Sharing Stuff Again
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John and Paul sharing stuff again


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McLennon (1/4)

"in the early days"

McLennon (1/4)

McLennon é o termo usado para definir o casal John Lennon e Paul McCartney. Esse mesmo termo foi criado pelo próprio Lennon que, ao assinar um postal para Ringo Starr dele e de Paul, assinou como "The McLennon", ao que tudo indica, foi escrito em 1968.

McLennon (1/4)

John Winston Lennon nasceu no dia 9 de outubro de 1940 em Liverpool, Inglaterra. Nascido da classe trabalhadora (mas muito dizem que ele era de classe média), foi criado pelos tios, Mimi e George Smith, desde os cinco anos, depois que sua mãe, Julia, o entregou as cuidados deles, já seu pai, Alfred, o abandonou desde o nascimento. A paixão pela música veio quando viu o rei do rock, Elvis Presley, ao cantar "Hound Dog", daí se tornou seu sonho ser tão famoso quanto o rockeiro montando a sua própria banda. Quando completou dezesseis anos, pediu a sua tia um violão e ao recebê-lo, tratou de chamar seus amigos para a banda.

James Paul McCartney nasceu no dia 18 de junho de 1942 também em Liverpool. De classe operária, seus pais Jim, trabalhador no comércio de algodão, e Mary, enfermeira, faziam de tudo para ter o melhor para seus filhos Paul e Mike. Um choque para o garoto foi quando sua mãe morreu em decorrência de um câncer quando tinha apenas quatorze anos. O pai de Paul era músico amador e essa foi a ligação do garoto com a música. No seu aniversário de quinze anos ganhou um trompete de aniversário, por seu pai ser fã de jazz, mas como a o sonho do Paul era o rock, trocou o mesmo por um violão.

McLennon (1/4)

John e Paul se conheceram no dia 6 de julho de 1957. John tinha uma banda chamada The Quarryman, a mesma era de skiffle que tinha esse nome em homenagem a escola de John, Quarry Bank High School, da qual teria um show em Woolton, Liverpool, na igreja de St. Peter, e Paul iria á esse mesmo show depois de uma insistência de seu amigo Ivan Vaughan, que também, por conhecidência, era amigo de Lennon. Após o tão aguardado show, Ivan levou Paul para conhecer seu amigo e foi este o primeiro contato dos dois.

McLennon (1/4)

McCartney sempre procurou pessoas que tivessem o mesmo gosto que ele em relação a música é encontrou isso em John.

"Meu relacionamento com John foi muito próximo.  Musicalmente, nós cuidávamos um do outro, na verdade. Quando eu o conheci, eu tinha tocado com outras pessoas e eles disseram: “Bem, o que você gosta de fazer?  Quer dizer, os seus hobbies?" E eu diria, "Composições. Eu escrevo algumas músicas." E todos eles diziam: "Oh sério?  Ótimo.  O que você acha de futebol?" E eu diria que eu gosto de compor. Ninguém está interessado. Mas quando eu disse isso para John, ele respondeu: "Eu também". Espera um minuto! Houve uma grande conexão.  Eu nunca conheci alguém que tenha escrito músicas. Foi assim que começamos." (Paul McCartney sobre quando conheceu John - Eight Days A Week | 2018)

Nesse primeiro encontro dos dois, Paul cantou e tocou com seu violão "Twently Fight Rock" que, segundo os amigos de John, o deixou impressionado. O encontro dos dois não parou por aí sendo que ambos ficaram até de noite na igreja de St. Peter tocando um piano juntos enquanto todos os amigos de John haviam ido embora.

"Ainda me lembro de seu hálito de cerveja quando o conheci aqui naquele dia. Mas logo adorei esse hálito de cerveja. E eu amava John. Eu sempre fui e ainda sou um grande fã de John" (Paul McCartney)

Depois de alguns dias, Lennon perguntou a seu amigo de infância Pete Shotton, o que tinha achado de Paul, mais tarde Pete contou que percebeu que ele não perguntava se achava Paul talentoso mas sim o que achava dele como pessoa. John convidou Paul para ingressar na banda e o mesmo aceitou.

"Pensei cá comigo: 'Ele é tão bom quanto eu'. Eu tinha sido o chefe até então. Agora pensei: 'Se eu o aceitar, o que vai acontecer?'... A decisão era entre me manter forte ou fortalecer o grupo... Passou-me pela cabeça que eu teria de mantê-lo na linha se o deixasse juntar-se a nós. Mas ele era tão bom que valia a pena. Também se parecia com Elvis. Eu curti o cara." (John Lennon : A Vida por Philip Norman)

Lennon e McCartney como dividiam a mesma paixão por compôr, decidiram iniciar isso juntos, para isso iam a casa um do outro. Mimi, tia de John, já contou sobre a primeira impressão que teve sobre o garoto.

"Quando John o trouxe para casa pela primeira vez, eu pensei "Oh-ho, olhe o que o gato arrastou." Ele parecia muito mais jovem que John. Eu pensei "Aqui vamos nós de novo, John Lennon, outro Shotton". Ele era bem-educado, muito bem-educado... O pequeno amigo de John, o Sr. Charmoso costumava provocar John dizendo "giz e queijo" [uma expressão que seria como "água e óleo"], significando o quão diferentes eles eram, e John começaria a se jogar ao redor da sala como um dervixe selvagem gritando "giz e queijo! Giz e queijo!" Com um sorriso estupido no rosto" (Mimi Smith sobre sua primeira impressão em Paul McCartney)

O Quarryman começava a evoluir de forma significativa. Houve entrada e saída de integrantes, mas em 1958, Paul conheceu no ônibus, por acaso, um garoto que tinha muito talento na guitarra e violão. O mesmo se chamava George Harrison e estudava com McCartney no Liverpool Institute. John hesitou um pouco em deixar George entrar na banda por ser três anos mais novo que ele (na época com quinze anos), mas ao mostrar seu talento e com leve insistência de Paul, George também entrou para a banda. Mais tarde, no dia 15 de junho, também de 1958, John perdeu sua mãe atropelada, Paul foi o único que soube o consolar nesse momento por compartilhar da mesma dor. Por esse motivo a ligação que já existia se tornou ainda maior.

Nessa mesma época, Lennon estudava na Faculdade de Artes de Liverpool, pois já tinha completado o ensino médio, e foi nesse momento em que conheceu Stuart Stuclife, estudante de artes, e criado uma paixão por Cynthia Powell, que despertaria ciúmes em McCartney.

McLennon (1/4)

John sempre foi conhecido por seu ciúmes, mas esse foi o momento de Paul. Stu e John se tornaram melhores amigos com tempo já que ambos tinha paixão pela arte e faziam faculdade juntos. Lennon insistiu para que Stuart entrasse na banda tocando baixo, mesmo o garoto não soubesse tocar, o que deixou Paul irado. Cynthia e John se tornaram mais próximos e aos poucos começaram a namorar de forma que John era o único integrante da banda que já namorava.

"Graças às atrações rivais combinadas de Cynthia e Stu, Paul McCartney vinha se sentindo nos últimos tempos um tanto deixado para trás por John. Mas as férias de Páscoa de 1960 propiciaram um importante reforço nos laços entre eles. Juntando algumas roupas e suas guitarras, os dois viajaram de carona mais de trezentos quilômetros ao sul para ficar com os parentes de Paul, Mike e Bett Robbins, que agora dirigiam um pub, The Fox and Hounds, em Caversham, Berkshire. Passaram uma semana ajudando no pub, dividindo uma cama de solteiro num quarto de cima tão inocentemente quanto crianças." (Phillip Norman - John Lennon: a vida)

Foi nesse período que ambos tocaram juntos nesse pub como uma dupla, porém não se apresentaram como Lennon e McCartney, mas sim como The Nerk Twins.

Em 1960, Paul McCartney tinha completado dezoito anos e seu pai insistiu que ele trabalhasse. Paul teve que sair da banda por não conseguir trabalhar e ir aos ensaios ao mesmo tempo, deixando John irritado.

"Ele [Jim McCartney] dizia ao Paul: "Por que você não se livra de John, ele é um problema.  Corte o cabelo bem e use calças folgadas”, como se eu fosse a má influência porque eu era o mais velho (...) Paul sempre foi assim. E eu sempre dizia: “Encare seu pai, diga para ele se foder. Ele não pode bater em você. Você pode matá-lo, ele é um homem velho."... Porque eu sempre fui criada por uma mulher, então talvez fosse diferente. Mas eu não deixaria o velho me tratar assim. Ele tratava Paul como uma criança o tempo todo, cortava o cabelo e dizia o que vestir, aos dezessete, dezoito anos. Mas Paul sempre cedia ao pai. Seu pai disse a ele para conseguir um emprego, ele largou o grupo e começou a trabalhar na porra dos caminhões, dizendo: "Eu preciso de uma carreira estável." Nós não poderíamos acreditar.  Então eu disse a ele - minha tia Mimi me lembrou disso outra noite - ele ligou e disse que tinha conseguido esse emprego e não poderia ir ao grupo.  Então eu disse a ele no telefone: "Venha ou você está fora." Então ele teve que tomar uma decisão entre eu e seu pai e no final ele me escolheu.  Mas foi uma longa viagem." (John Lennon, entrevista com Peter McCabe e Robert Schonfeld. Setembro de 1971)

Lembrando que durante a formação do Quarrymen houve vários integrantes que saíram da banda pelo mesmo motivo que Paul, porém John apenas foi atrás de McCartney para voltar.

Foi também em 1960 que, agora o já chamado The Beatles, formado por John, Paul, George, Stuart e Pete Best, iriam para Hamburgo, Alemanha, por duas temporadas tocar no pub Indra. Agora estavam sendo empresariados por Alan Williams que sempre arrumavam esquemas de shows para a banda. Teriam que tocar seis dias por semana sendo oito horas seguidas. O local era insalubre e mal tinham o que comer, tinham poucas camas então eram obrigados a dividir, Paul e John dividiam uma cama de solteiro. Os shows eram diferentes do qualquer um que possamos ver dos Beatles, como próprio John Lennon disse "os nossos melhores shows nunca foram gravados" querendo dizer sobre o tempo de Hamburgo. Porém nem tudo são flores e provocações existiam entre dois integrantes em especial: Paul e Stuart. Ambos já chegaram a saírem no soco durante uma das apresentações da banda e foram separados por outros integrantes.

McLennon (1/4)

Foi nesse período que a banda teve ligação com as drogas, tomavam remédios para ficarem acordados o que se tornou viciante. Stuart conheceu a fotógrafa Astrid Kirchnner, que foi responsável pelas primeiras fotos profissionais da banda. Conheceram uma banda também vinda de Liverpool, e fizeram amizade com o baterista dela, Ringo Starr.

Hamburgo foi a época em que todos aprimoraram suas técnicas, estavam se preparando para o que vinha mais tarde. Ao que tudo indica, foi nessa época em que John e Paul assinaram um contrato em um beco em Liverpool que marcaria a parceria Lennon-McCartney.

Foi encontrada uma fita com Astrid gravada por John e Paul, que seria uma música improvisada intitulada "I Don't Know (Johnny, Johnny)". Foi gravada quando voltaram da primeira e cansativa turnê em Hamburgo.

Paul: Bem, oh Johnny, oh Johnny boy

Como vamos contar pra ele?

Por que não vamos pra algum lugar onde ele não me tenha?

Onde podemos ir?

Oh, Johnny boy você me desgastou.

Oh, Johnny você vai ser o meu garoto.

Oh, há muito tempo atrás eu te chamava de Johnny boy.

John: Ei, garotinho, eu estou guardando os meus sapatos, e eu estou te deixando.

Eu disse pra minha mãe que estou indo ver a minha irmã.

Ela não me vê, eu não sei o que vou fazer.

Paul: Oh, há muito tempo atrás eu te chamava de Johnny boy.

Eu não sei o que dizer para os caras.

Por favor, oh, por favor, Johnny.

John: Eu vou dizer aos caras que eu te amo.

Paul: Eu não sei o que vou fazer.

Eu não sei o que vou fazer quando contar para o meu pai.

Você me ama, Johnny, eu te amo, Johnny.

Você me desgastou, você me desgastou.

Você vai me deixar, você vai me deixar.

Oh, por favor, eu não vou deixar você ir.

John: Pegue o próximo ônibus para fora da cidade,

Assim você não decepcionará seu pai.

Eu não sei mais se sou bom desde que vejo vida na nossa frente. [...]

(1960)

Em 1961, os Beatles começaram a tocar no bar The Cavern, que seria o local onde mais fizeram apresentações, cerca de 200 shows.

Nesse mesmo ano, no final do mês de setembro, John ganhou £ 100 (equivalente a muito dinheiro, principalmente pra época) de aniversário para gastar com o que quisesse. John quis viajar para fora do país e chamou Paul para irem juntos. Aparentemente eles já planejavam isso a muito tempo, e deixaram a prova na música citada acima. Foram no dia 30 de setembro de 1961 (deixando claro: John já namorava Cynthia na época), o destino era a Espanha, mas no meio do caminho pararam na França e acabaram por ficar na cidade de Paris. Paul contou certa vez que ambos dividiram quarto de hotel, comemoraram o aniversário de John lá, mas por mais que fosse o aniversário dele, o mesmo fazia questão de comprar vários milk shakes de banana para Paul.

Stuart, que estava na Inglaterra, surtou dizendo: "Ontem à noite ouvi dizer que John e Paul foram a Paris para tocar juntos - em outras palavras, a banda acabou! Parece loucura para mim, eu não acredito".

Paris foi a base de tudo que aconteceria mais tarde. Passou-se quinze dias, mais ou menos, e regressaram a Liverpool com o intuito de continuarem com aquilo que sonhavam, vinham com novo estilo como corte de cabelo (o tão conhecido mop-top que se tornaria o corte de cabelo Beatle), seguindo o lema de Lennon, chegar "Ao topo do topo!". E foram a segunda temporada em Hamburgo, foi nesse período que Stuart decidiu ficar na Alemanha com sua então namorada, Astrid, deixando seu melhor amigo.

McLennon (1/4)
McLennon (1/4)

Em um desses shows no The Cavern, em 1962, Brian Epstein, empresário e dono de uma loja de discos, assistiu ao show dos garotos e viu ali potencial e carisma deles, apenas precisavam de mínimas correções, regras a serem impostas.

Também em 62, Cynthia anunciou estar grávida de John, então ele a pediu em casamento sendo realizado em abril do mesmo ano.

Descobriram que Stuart havia morrido com apenas 21 anos em consequência de problemas no cérebro que enfrentava a anos e não sabiam, o que foi um choque para os meninos, mais uma vez a morte assombrou a vida de John. Após assinarem o contrato foi difícil aceitarem as novas regras, mas entraram em acordo, seguiram a procura de um produtor musical encontrando _George Martin_, da gravadora Parlophone, isso após serem recusados pela Decca Records. Ringo Starr ingressou na banda depois de uma procura frenética por um baterista realmente bom, já que tinham expulsado Pete depois de um conselho do Sr. Martin. E lá estava os Beatles, John, Paul, George e Ringo, prontos para fazer história.

McLennon (1/4)

"Mas como o mundo deles ficou maior, John e Paul ficaram mais tensos.  A partir de 1º de outubro de 1962, o dia em que assinaram o contrato com Epstein, os gêmeos Beatles, Lennon-McCartney, juntos e separados, lado a lado e pescoço e pescoço, realizaram missões paralelas que se entrelaçaram mutuamente.  Para mim - disse Alistair Taylor, assistente de Brian Epstein -, parecia que John e Paul estavam liderando George e Ringo contra o resto do mundo correndo forte, e foram." ("Powers of Two, How relationship drive creative" por Joshua Wolf Shank)

Aquele foi início de tudo. Começaram a gravar o primeiro álbum de estúdio, intitulado Please Please Me. Este vinha com o primeiro single Lennon-McCartney, "Love Me Do". O mesmo foi lançado em 1963 ganhando grande sucesso sendo a faixa título do álbum número 1 nas paradas britânicas.

No mesmo ano, após o lançamento do álbum, John e seu empresário, Brian Epstein, saem de férias para a Espanha, e quando voltaram se veio o boato de que estavam tendo um caso, sendo que John já estava casado com Cynthia e tinha um filho recém nascido, Julian, porém Brian era homossexual, o que fez cada vez mais as pessoas acreditarem. Não se sabe ao certo o que aconteceu nessa tal viagem, mas as teorias ficam em aberto. Existe até mesmo um filme chamado 'The Hours And Times' que conta de forma fictícia o que aconteceu nessa viagem.

"Estava em férias com Brian Epstein na Espanha, e o boato de que estávamos tendo um caso se espalhou. Bem, na realidade foi quase um caso, mas não chegou a tanto, pois nunca se consumou. Entretanto, foi uma relação bem intensa. Foi meu primeiro contato com um homossexual que eu sabia que era homossexual. Costumávamos sentar em um café em Torremolinos, observar os rapazes, e então eu perguntava, ‘você gosta daquele lá? E deste aqui?’ Estava me divertindo bastante com a experiência, sempre pensando como um escritor: ‘Nossa! Estou vivenciando tudo isso.'” (John Lennon)

Pelo que o próprio disse, foi o primeiro contato que John teve com um homossexual então isso pode ter instigado ele.

McLennon (1/4)

Mais tarde, em junho do mesmo ano, Paul fazia seu aniversário de vinte e um anos, onde os Beatles e outros vários convidados estavam por lá. John entrou em um estágio de depressão nessa festa, que não se sabe ao certo o porquê, mas o mesmo começou a beber descontroladamente. Bob Wooler, que era amigo próximo dos garotos de Liverpool, estava na festa também um tanto alterado e fez um comentário, nesse ele brincou com o fato de John e Brian saírem de férias juntos fazendo apologia a John ser gay. A sexualidade de John sempre foi um mistério, nessa época talvez ele não entendesse ainda e por isso nunca deixou claro o que era. Com raiva e embriagado, Lennon agrediu Bob a socos e depois usou de uma pá, quebrando seu nariz e ferindo três costelas. Mais tarde, a mídia descobriu dessa briga que poderia manchar a imagem da ainda não tão conhecida banda, então o empresário tratou de escrever um pedido de desculpas do garoto para encobrir isso de uma vez. Sempre que perguntado a McCartney sobre o "relacionamento" John e Brian, ele diz que "se John fosse gay, eu seria a primeira escolha dele".

No final do ano de 63, lançava o álbum With The Beatles e mostraram outros singles como "I Want A Hold Your Hand".

Com a fama em jogo, Lennon assumiu o fato de ser agora casado e pai de família (porém Brian pediu para que ele escondesse isso pois achava que as fãs iriam ficar tristes com esse fato) e Paul engatou um noivado com a atriz e modelo, Jane Asher, simplesmente do nada (como tinham especulado da viagem de John e Brian, podia muito bem fazer o mesmo com John e Paul em relação a Paris, então ele se assegurou disso antes de tudo, talvez).

Várias bandas se formavam na Inglaterra, uma delas é a tão conhecida Rolling Stones, da qual os Beatles eram amigos, ao que muitos diziam que eram rivais.

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Parte 2 :

McLennon (2/4)
The Girl With Sun In Her Eyes
"the break-up" "I Want a Hold Your Hand" se tornou número um nas paradas americanas em 1964, tornando The Beatles os primeiros britânicos a

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McLennon (2/4)

"the break-up"

McLennon (2/4)

"I Want a Hold Your Hand" se tornou número um nas paradas americanas em 1964, tornando The Beatles os primeiros britânicos a conquistarem tal façanha. Com isso, foram convidados para finalmente irem aos Estados Unidos, iniciando assim a Invasão Britânica (época onde bandas e cantores da Inglaterra conquistavam o mundo).

No dia 9 de fevereiro de 1964, os Beatles se apresentaram no The Ed Sullivan Show, quebrando novamente mais um recorde, o de audiência desse programa que até hoje nunca foi quebrado, esse talvez foi o show mais importante da banda.

Continuaram um período em solo americano, gravaram um novo álbum chamado A Hard Day's Night e gravaram um filme com mesmo nome sendo a primeira banda a gravar um filme que foi sucesso de bilheteria.

McLennon (2/4)

As músicas cada vez mais deixavam de ser covers e ganhavam o selo Lennon-McCartney. Uma delas foi do álbum A Hard Day's Night, "If I Feel".

"If I Feel" conta sobre o sentimento de se apaixonar. John e Paul pediram à George Martin que dividissem um microfone para a gravação da mesma deixando suas vozes em harmonia. Mais tarde, Lennon diria em uma entrevista nos anos 70 que essa música não era para Cynthia, então para quem mais seria? Sem contar que nas gravações do filme A Hard Day's Night, quando apresentada essa mesma música, foi tirada uma foto onde John aparece ajoelhado na frente de Paul cantando If I Feel (essa cena foi cortada da versão original do filme).

McLennon (2/4)

Lennon e McCartney dividiram uma suíte em Key West no período de gravação do filme e Paul contou sobre isso:

"Estávamos em Key West em 1964. Nós voamos para Jacksonville, na Flórida, e fizemos um concerto lá, mas nós tivemos que desviar por causa de um furacão. Nós ficamos lá por alguns dias, não sabendo o que fazer exceto, como, beber. Lembro-me de amarrar muito, e tendo um dessas noites de tapete de banheiro falando para a noite, quando tudo o que ficamos muito tarde, e nós ficamos tão irritados que acabamos chorando sobre, você sabe, quão maravilhoso estávamos, e quanto nós nos amamos, mesmo que nunca tivéssemos nada. Foi bom: você nunca diz nada assim." (Paul McCartney sobre o trecho da música Here Today)

Falando um pouco sobre o filme, há uma cena que talvez não estava no roteiro, mas que acabou ficando como oficial do filme. Quando ambos estão procurando o avô de Paul (personagem ficcional adicionado ao filme), John entra em uma cabine cheia de meninas, começa a cantá-las, então, como um namorado ciumento, McCartney tenta arrancá-lo de lá o segurando por trás e pela cintura, tirando-o da cabine um tanto irritado. Há também uma cena em que os Beatles fogem das fãs entrando em um carro. Enquanto as garotas gritam e tanta abrir o carro, John grita: "Puxem o Paul primeiro porque ele é o mais bonito!". Talvez por causa dessas cenas, nasceram fãs na década de 60 do casal McLennon.

Ainda em 1964, sem sair dos Estados Unidos, os Beatles foram chamados para fazer uma homenagem aos 400 anos de Shakespeare, fazendo a peça de "Um sonho de uma noite de verão", também conhecido como O conto de Pyramus e Thisbe. Essa história lembra muito a também de Shakespeare, Romeu e Julieta. Nela, o casal foi interpretado pela dupla Lennon-McCartney, sendo Paul o cavaleiro Pyramus e John a donzela Thisbe, já George fez o Luar (Moonshine) e o Ringo o terrível porém adorável Leão. No fim, tudo deixou de ser uma coisa séria e se tornou uma peça de humor, com John fazendo questão de deixar sua voz mais grossa se recusando a fazer uma voz de mulher. A peça consiste no casal que, separado por suas famílias serem rivais, ambos estão destinados a apenas conversar através da fenda de um muro. Durante a conversa no muro, quando Pyramus chama por sua amada, John responde: "Meu amor, meu amor!" deixando Paul claramente sem graça com o ato. Depois de Pyramus (Paul) acreditar que sua amada foi morta pelo Leão e se lamentar com o luar, ele comete suicídio, claro, na pura brincadeira, e Thisbe (John) vem ao lado do "corpo" de Pyramus e começa a se lamentar, começando a descrever o quão ele era belo. No final, Thisbe também comete suicídio para se juntar a seu amado e ambos deitam no chão de mãos dadas. (*Mais tarde, não sei ao certo o ano, Paul deu um gato para John chamado Pyramus e John deu a ele uma gata chamada Thisbe em homenagem a seus personagens).

McLennon (2/4)

Sobre as entrevistas dadas na época, além do jeito descontraído e engraçado dos meninos, havia muito dos dois completarem as frases uns dos outros, ou, geralmente, John respondia por Paul. Por exemplo: em uma entrevista McCartney disse para o entrevistador que mostrava notícias sobre os Beatles em jornais "Você compra jornais baratos" e John completa "com notícias baratas"; Outro exemplo foi quando perguntaram a McCartney "Paul, o que você espera encontrar na Austrália [que seria a próxima turnê]" e John respondeu por ele "Eu suponho que Australianos".

Porém em uma entrevista em que fãs mandava perguntas aos garotos de Liverpool, as fãs perceberam um bracelete de prata que Paul usava com muita frequência e perguntado quem deu à ele respondeu que "ganhei de uma pessoa muito especial". Se fosse de sua noiva, Jane, não precisaria esconder, afinal todos sabiam. Se fosse seus pais ele também diria, mas preferiu esconder. Seguindo a lógica de que ele começou a usar no início dos anos 60, só pode ter sido John que tenha dado à ele talvez em Paris, e por isso ele teria motivos para esconder. Esse bracelete Paul McCartney usa até os dias de hoje durante shows.

McLennon (2/4)

Depois do lançamento do Beatles For Sale, que é uma sátira ao cansaço das turnês e interesse das pessoas, entramos em 1965. Esse ano, John se tornou cada vez mais depressivo (Lennon sempre teve depressão, ele precisava de ajuda, mas parecia que ninguém se importava e a cada vez que ele ficava mais famoso, parecia que piorava), e isso, claro, influenciou suas músicas vindo o novo álbum 'Help!'. A música que dá nome ao álbum é claramente um pedido de socorro de Lennon. Vinha nesse álbum outras músicas melancólicas como You've Got To Hide Your Love Away e Yesterday.

Em um desses momentos de melancolia, John se perguntava se um dia as pessoas se lembrariam dele e como. Claramente, Paul levantou sua auto estima.

"Certa vez ele [John] estava sozinho e parecia inseguro, 'John Lennon? Inseguro?'[brincou] pois é, então eu perguntei o que tinha acontecido e ele dizia que as pessoas um dia poderiam não se lembrar mais dele, me assustei com aquilo então eu disse: 'John, olha pra mim! As pessoas vão se lembrar da pessoa incrível que você é, porque você é uma pessoa incrível' e ele apenas sorriu." (Paul McCartney)

"[Paul] forneceu uma leveza, um otimismo, enquanto eu sempre ficava triste, as discórdias, as notas blues. Havia um período em que pensei que não escrevi melodias, que Paul escreveu aquelas e acabei de escrever. Mas, claro, quando penso em algumas das minhas próprias músicas, In My Life, ou alguma das primeiras, This Boy, eu estava escrevendo melodia com o melhor deles." (John Lennon - Playboy | 1980)

You've Got To Hide Your Love Away é uma música que expressa sobre esconder o seu próprio amor. Por que John teria que esconder seu amor por Cynthia? Afinal ele estava casado com ela e a essa altura, a mídia inteira já sabia, e não havia motivos para esconder (muitos acreditam que é sobre ela por Brian querer que John escondesse que era casado). Além disso, ele diz que as pessoas riem dele, o julgam, por causa desse amor. Por que julgaria ele com Cynthia? Mas podiam muito bem fazer isso com ele e Paul.

Yesterday foi composta por Paul McCartney. É uma melancólica música onde não precisava de guitarras ou bateria, apenas um quarteto de cordas de um violão. Essa música foi admirada pelo público e mídia se tornando a mais regravada da história. Pela mesma ser creditada Lennon-McCartney, muitos confundiam e achavam que era de John, o que o deixava irritado. Na primeira apresentação dessa música, John brincou trazendo um buquê de flores à Paul para parabenizá-lo, porém fez uma pequena brincadeira e ainda fez questão de voltar ao microfone dizendo "Obrigada, Ringo! Foi ótimo!".

McLennon (2/4)

1965 foi um ano bastante turbulento. Gravaram outro filme, dessa vez chamado Help!, esse não foi tão aclamado e os próprios Beatles não gostaram dele. Nesse mesmo, há a cena onde toca a música 'Another Girl', onde Paul carrega uma garota em seu colo, nisso, a atriz que fez essa garota diz ter sido ameaçada por John e o tempo todo durante a cena ele a olhava com um olhar ameaçador (como sempre, John ciumento).

Em agosto de 65 fizeram o show no estádio Shea Statium, foram a primeira banda a fazer shows em um estádio. Mais tarde John contaria que esse show foi muito importante, nele vemos o carisma dos garotos, o fato de John sempre esquecer o nome dos álbuns e aonde está cada música onde Paul lembrava pra ele é muito engraçado. Uma coisa nesse show que chama muito a atenção para o McLennon é quando ambos cantam Ticket To Ride, nele os dois permanecem focados, apenas cantando dividindo o mesmo microfone e olhando um para o outro, nenhuma vez olham para o público, como se existissem apenas os dois alí.

Os Beatles foram condecorados com MBE (Membros Honorários da Realeza Britânica) que foi dada pela própria rainha em agradecimento a contribuição na música pelo país e mundo afora. E foi nesse ano que começaram a gravar vídeo clipes, dirigidos por Michael Lindsay-Hogg, onde vemos muitas vezes um McLennon bem clichê, como uma troca de olhares quase obrigatórios nos clipes, sorissinhos, brincadeiras, principalmente da parte de John.

Ainda em 65, John e Paul gravaram um programa chamado'The Music Of Lennon and McCartney' produzida por Granada Television, onde mostravam covers de suas músicas apresentados por artistas da época.

No final do ano, lançava Rubber Soul, o álbum que marcou e evolução da banda, por mostrar músicas menos inocente e mais maduras, afinal, não eram mais adolescente, trazendo assim uma das músicas mais clássicas da banda, In My Life, e uma que trazia a cítara indiana, Norwegian Wood (esse mesmo álbum foi chamado de "disco da erva" por John Lennon, pois foi nesse período que iniciaram o consumo da maconha, que claramente influenciou suas músicas).

Ainda falando de 1965, John Lennon foi convidado pelo fotógrafo famoso David Bailey para fazer um photoshoot, afinal, David era muito fã do músico e parecia ter maior interesse nele. John concordou com a idéia, porém ele não foi sozinho como David esperava, ele levou Paul, como uma forma de mostrar que McCartney era importante, e assim foi feito o photoshoot mais conhecido da dupla, sendo também o favorito dos dois. O foco de Bailey era mostrar antipatia entre os dois, como uma rivalidade, porém as fotos mostram a parceria entre os dois e, olhando a grosso modo, chega a ser romântico, principalmente a mais clássica em que Paul está sentado e John com o queixo repousado sob sua cabeça e os braços em volta de seu pescoço.

McLennon (2/4)

Mas há uma história por trás disso que nunca foi esclarecida: Gloria Hunniford, que trabalhava com David Bailey na época, diz ter visto John Lennon fazendo sexo passivo com David antes do tão famoso photoshoot. Ela viria a dizer que é fácil contar coisas sobre ele depois que está morto, porque se John estivesse vivo, teria dado um jeito de contornar esse boato. Por falta de provas, essa história nunca foi levada muito a sério, é mais um mito do que verdade, mas se seguirmos os fatos, pode até faz sentido.

Em 1966, foi um ano mais calmo para os Beatles. Exaustos com as viagens, os garotos anunciaram que parariam de fazer turnês, justificando que suas músicas estavam ganhando arranjos maiores e mais complexos, sendo difícil reproduzir nos palcos; e também porque ambos já não conseguiam ouvir o que cantavam e tocavam, pois os gritos das fãs impediam; além da polêmica a ver com Jesus que a banda se meteu, tudo por causa de um comentário feito por Lennon. Paul começou a investir em estudos maiores em livros, influenciando os outros músicos da banda. O álbum da vez foi o Revolver, esse foi um clássico assim como os outros, mas uma gravação em particular foi Tomorrow Never Knows, a primeira música psicodélica da história, isso mostrava o que estaria para vir mais tarde.

Nesse álbum há também uma música que seria a favorita de John e Paul, Here, There And Everywhere.

Essa música foi escrita por Paul McCartney com a ajuda de Lennon. Paul foi a casa de seu parceiro em Weybrigde e o encontrou dormindo em uma espreguiçadeira a beira da piscina de sua mansão, por não querer acordá-lo, McCartney pôs-se a escrever a canção admirando Lennon enquanto dormia. Em certo momento ele acordou e terminaram a música juntos. Paul disse que John havia confessado para ele que aquela era sua música favorita da banda, de todas que já tinham feito, e isso era de se surpreender, pois ele nunca disse isso sobre nenhuma música, John nunca foi de elogios, e Paul contou que se essa era a música favorita de Lennon, era a dele também.

"Nós estávamos tocando um cassete de nossas novas gravações e minha música Here, There And Everywhere estava ligada.  E eu me lembro de John dizendo: "Você sabe, eu provavelmente gosto disso melhor do que qualquer uma das minhas músicas". Vindo de John, esse foi um grande elogio de fato." (Paul McCartney - Anthology)

Nesse período, John estava gravando um filme em particular, o How I Won The War, sendo o único que ele gravaria sem os outros Beatles, na Espanha, mas fez uma pausa nas gravações viajando assim para Paris e descansar, encontrando Paul por lá se escondendo com disfarces. Lembrando, eles já foram para Paris juntos, na primeira vez em 1961, agora estavam em 1966, cinco anos depois, seria uma forma de talvez relembrar o que seja lá tenha acontecido.

"Eles medem você e combinam com a cor do seu cabelo, então era como um bigode genuíno com cola real.  E eu tinha alguns pares de óculos feitos com lentes transparentes, o que me fez parecer um pouco diferente.  Eu coloquei um longo casaco azul e alisei meu cabelo para trás e apenas passei por aí e é claro que ninguém me reconheceu.  Foi bom, foi bastante libertador para mim [...] foi um eco da viagem que John e eu fizemos a Paris para seu vigésimo primeiro aniversário” (Paul McCartney - Many Years For Now, Barry Miles)

McLennon (2/4)

Porém foi em novembro de 1966 que John Lennon conheceu Yoko Ono, artista plástica japonesa, em uma de suas exposições em Londres. Yoko não conhecia John, não sabia que ele era o cantor tão renomado na Inglaterra e no mundo, talvez seja isso que cativou o jovem músico (há pessoas que acreditam que isso é mentira, que Yoko sabia muito bem quem era o John e já estava atrás dele a muito tempo). Ambos se admiravam em segredo, pois eram casados e tinham filhos. John talvez tenha mostrado maior interesse em Yoko pois ela era uma mulher forte como sua mãe e tia, ela lutava por aquilo que acreditava, tinha o pensamento muito parecido com o de Lennon e isso os atraiu como um ímã. McCartney passou a apresentar certo ciúmes, mas por enquanto apenas tinham se conhecido, não haviam tido maiores contatos, porque apesar de tudo, John se sentia conectado a Paul.

1967 talvez tenha sido o ano onde os dois estavam em mais paz e harmonia. Adotaram um novo estilo pois a banda havia entrado na psicodelia, sendo usada roupas coloridas, bigodes e largavam os cabelos iguais e passaram a ter estilos individuais. Ambos apareciam muitas vezes passeando por lugares públicos, sem se importar com as pessoas que os veriam, cada vez mais se importavam menos, por vezes levavam Martha, a cadela Sheepdog de Paul, para passear no parque; iam a casa um do outro ou dirigiam as vezes até sem rumo para vários lugares. Pareciam finalmente estarem em paz, e tem um motivo para isso: Em 1967, o homossexualismo deixou de ser crime na Inglaterra, já era um grande avanço para uma era tão preconceituosa, então seja por isso que se sentiam-se mais a vontade nessa época.

Sobre a carreira da banda, como já citado, tinham entrado na psicodelia lançando o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, eleito pela Rolling Stones o melhor álbum da história da música. Esse mesmo foi totalmente arquitetado por Paul McCartney, a ordem das músicas, a capa, o nome, tudo foi ele, então isso mostrava que ele tinha ganhado certo controle da banda na época, porém, depois do sucesso significativo do álbum, talvez é claro, Paul tenha ficado um pouco metido e egocêntrico o que pode ter despertado certo desconforto dos companheiros de banda.

Mais tarde, gravaram e lançaram o Magical Mystery Tour, este foi idéia da dupla Lennon-McCartney, que veio junto de um filme dirigido por Paul que foi péssimo em vendas e crítica. Em compensação, nesse mesmo álbum vinha o tão famoso hino All You Need Is Love que foi apresentado na primeira transmissão ao vivo mundial, o Our World, nele cantaram como se fosse uma mensagem para o mundo de que tudo que você precisa é amor.

McLennon (2/4)

Analisando All You Need Is Love, vemos que já no início temos uma orquestra que toca o início do hino nacional francês (França? Paris? Hummm). Vemos nela que enfatizam que o que precisamos é amor, apenas isso, querendo dizer assim que o mundo precisa esquecer os preconceitos, brigas, conflitos em gerais e focarem no amor, não precisam julgar o amor, apenas ame, é isso que eles dizem. Essa música é um protesto contra vários fatores da época, mas não é o início de uma guerra, era necessário paz e amor! E foi nesse período que os seguidores do movimento hippie adotaram All You Need Is Love como o hino do movimento.

"Disseram-nos que seríamos gravados pelo mundo inteiro ao mesmo tempo.  Então nós tivemos uma mensagem para o mundo - amor.  Precisamos de mais amor no mundo." (Paul McCartney no Our World - 1967)

Estavam indo muito bem em 1967, algo muito sincero e amoroso, mas o que viria daqui para frente mudaria muito as coisas e desviaram o caminho dos dois várias vezes até ser tarde demais.

Com a grande ligação de George com a cultura indiana, o mesmo convidou seus colegas de banda para um retiro espiritual na Índia, onde aprenderiam a meditação transcendental com o guru Maharishi Maheshi Yogi. O objetivo era se desligar um pouco do mundo, ter um momento de paz, largando todas as drogas se tornando limpos para encontrarem sua aura pacífica. Os membros da banda levaram suas respectivas esposas/noivas, foi um período relaxante no começo. Mas logo quando chegaram lá, receberam a notícia de que seu empresário, Brian Epstein, havia morrido numa overdose de medicamentos. Isso foi um choque enorme para os quatro, sem Brian, não teriam quem cuidasse da parte financeira da banda, e outra, ele não era só um funcionário, fazia parte daquilo, era um amigo muito próximo.

Após alguns dias na Índia houve certos conflitos. Ringo abandou a Índia na primeira semana alegando que aquilo não era para ele então disse aos meninos que voltaria a Inglaterra. Paul ficou apenas um mês, já John e George três meses. Mas fica a questão do que realmente aconteceu na Índia que quando a dupla mais unida estava agora tão diferente.

McLennon (2/4)

Como citado acima, em 1967 o homossexualismo deixou de ser crime ou algo parecido, e por isso, o puro sentimento e lado impulsivo de John falou mais alto, talvez ele realmente tenha pedido à Paul que esse relacionamento fosse aberto, que Lennon saísse de seu casamento agora já em declínio e Paul deixaria Jane, assim o mundo inteiro agora saberia, por mais que fosse difícil. Porém McCartney deve ter negado rapidamente sendo mais racional com era não querer colocar sua carreira, a banda, fama, tudo isso em jogo, deixando John obviamente arrasado. Se tem uma coisa que John demorava para demonstrar era seus sentimentos, sempre foi inseguro com relação a isso, então quando finalmente quis mostrar o que sentia seu coração foi esmagado, isso talvez explicaria sua mudança de humor repentina, se tornando mais frio e ácido que antes. Já Paul pensou nos dois, queria manter do jeito que estava porque se tornasse algo maior talvez não aguentariam a pressão do mundo, as pessoas os julgando, mas com isso acabou machucando aquele que mais amava e a ferida ficaria aberta por anos, por isso mais tarde Paul se mostraria mais depressivo e melancólico.

Claro que isso é só uma hipótese do que teria acontecido, mas uma coisa é certeza, nada mais foi igual depois da Índia.

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Parte 1 :

McLennon (1/4)
The Girl With Sun In Her Eyes
"in the early days" McLennon é o termo usado para definir o casal John Lennon e Paul McCartney. Esse mesmo termo foi criado pelo próprio Len

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Parte 3 :

McLennon (3/4)
The Girl With Sun In Her Eyes
"I nearly broke down and cried" Voltaram no início do ano de 1968. John agora na Inglaterra descobriu que a artista plástica, Yoko Ono tinha

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McLennon (3/4)

"I nearly broke down and cried"

McLennon (3/4)

Voltaram no início do ano de 1968. John agora na Inglaterra descobriu que a artista plástica, Yoko Ono tinha feito procura por ele várias vezes querendo algum tipo de parceria e então John passou a se comunicar com ela. Os Beatles fundaram sua gravadora própria, a Apple Corps (ou Apple Records), que já era um projeto do falecido Brian e os quatro decidiram finalmente tornar isso realidade. A gravadora não fazia só a gravação de álbuns mas também de filmes e etc, e quando voltaram da Índia, John e Paul foram a Nova York para falar e divulgar a nova empresa. É visível a diferença em que estão depois da viagem a Índia, Paul está claramente abatido e se torna um tanto tedioso durante as entrevistas tendo seus cabelos um pouco maiores, mas não tanto quanto os de John que chega ao ombro. Já Lennon que era um dos mais brincalhões, agora suas brincadeiras se tornaram mais maduras, sendo muito ácido e frio. Mesmo tendo acontecido alguma coisa entre eles, não deixavam de ser próximos.

Foi nessa coletiva que Paul conheceu a fotógrafa Linda Eastman que trabalhava lá no dia como recém contratada da revista Rolling Stones (que na época tinha acabado de ser criada), ela procurou pelo músico, fizeram amizade e logo tinha o contato um do outro.

Como dito, apenas John e Paul foram a Nova York para a divulgação, os outros meninos ficaram na Inglaterra, então ficaram hospedados em um hotel. Por mais que dissessem que as coisas ficaram feias entre eles, superficialmente não parecia algo grave, já que continuaram com pequenos clichês que nunca seriam apagados, com as brincadeiras, mas como disse, superficialmente, porque ainda assim, não era como antes.

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Ainda em 1968, gravaram o álbum The Beatles, que foi mais conhecido como Álbum Branco (White Album) por conter uma capa em branco. Nele vinham composições feitas na Índia, e como era muitas, acabou por ser um álbum duplo de trinta músicas. É difícil ao certo dizer o que esse álbum transmite, porque trás tantos sentimentos, tantas histórias, mas concordamos que trás clássicos como a balada melancólica de George, While My Guitar Gently Weeps; uma rara composição de Ringo aceita, a animada Don't Pass Me By; o talvez primeiro heavy metal da história composta por Paul, o selvagem Helter Skelter; e a música que mostra o início do ativismo de Lennon, a clássica Revolution.

É notável que ambos já pareciam se distanciar cada vez mais. A morte de Brian, que era a pessoa que resolvia as brigas entre banda, tornou tudo mais difícil. Lennon e McCartney começaram a se desentender com muita frequência por músicas que não conseguiram entrar em acordo ou até por motivos pessoais. Ringo chegou a abandonar os estúdios do Álbum Branco por não aguentar mais as brigas dos dois e George convidou Eric Clapton para tocar guitarra em While My Guitar Gently Weeps por não conseguir entrar em acordo com John e Paul.

Lennon já iniciava um namoro com Yoko Ono e estava decidido a se divorciar de sua esposa, Cynthia, deixando Julian de apenas cinco anos. McCartney também se aproximava da americana Linda Eastman já que seu relacionamento com Jane havia terminado. Ambos agora pareciam em constante guerra, o que antes eram tão unidos, agora pareciam ser rivais em silêncio.

Dois clássicos lançados em 1968 como single foi Hey Jude, composta por Paul McCartney para confortar o filho de John, Julian, em relação ao divórcio dos pais; e a música Revolution, que mostra literalmente o que estava acontecendo no mundo daquela época. Ambos os clipes dessas músicas foram lançadas juntos.

Há um detalhe que deve ser observado é que no clipe de Revolution, Paul usava uma camisa lilás (roxo) com botões apenas em cima e manga curta, já no clipe de Hey Jude, John aparece com a mesma camisa (Era comum ambos trocarem de roupa, existem outras várias provas).

John muitas vezes pensou que Hey Jude era sobre ele e não sobre seu filho: 

"Oh, sim. Bem, quando Paul cantou "Hey Jude" para mim - ou tocou para mim a pequena fita que ele fez - eu levei isso muito pessoalmente. Ah, sou eu! Eu disse. Sou eu. Ele disse, não, não é sobre você" (John Lennon - The Rolling Stones | 1968)

"Eu disse que foi escrito sobre Julian, meu filho. Ele [Paul] sabia que eu estava me separando de Cyn e deixando Julian. Ele estava dirigindo para dizer oi para Julian. Ele tinha sido como um tio para ele. Você sabe, Paul sempre foi bom com crianças. E então ele veio com Hey Jude. Mas eu sempre ouvi isso como uma música pra mim. Se você pensar sobre isso Yoko acabou de entrar em cena. Ele está dizendo: "Ei, Jude - ei, John". Eu sei que estou parecendo um daqueles fãs que lêem coisas, mas você pode ouvir isso como uma música para mim. As palavras "saia e pegue-a" - subconscientemente, ele estava dizendo: Vá em frente, deixe-me. Em um nível consciente, ele não queria que eu fosse em frente. O anjo nele estava dizendo "Deus o abençoe". Já o diabo nele não gostou nada porque ele não queria perder seu parceiro." (John Lennon - All we are saying por David Sheff)

Yellow Submarine era o próximo álbum a ser lançado acompanhado do filme de animação com o mesmo nome, a faixa que dá nome a o álbum já vinha do álbum Revolver. Já o filme, trás uma história fictícia direcionada as crianças. No final, os Beatles aparecem para falar sobre o filme e, numa brincadeira, John que está com uma luneta, Paul pergunta "O que está vendo, John, amor? Blue Meanies" e propositalmente olha para a câmera quando diz o "John, amor".

McLennon (3/4)
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Apelidos eram uma coisa a ser ressaltada já que se chamavam de coisas a mais além de Johnny e Macca. John costumava chamar seu amigo de: Paulie, Macca, amor, meu amor, docinho, querido, princesa (tanto que McCartney era chamado de "a princesa de John" no estúdio) e até mesmo de coelhinho. Já Paul o chamava de: Johnny, Johnny Boy, Lenny, amor, meu amor, docinho e querido. Acontecia muito de se chamarem dessa forma, além de outras pessoas que trabalhavam ou convivia com os meninos sabiam disso. Pessoas que já comprovaram esses apelidos foram George Harrison, Geoff Emerick (produtor dos Beatles) e até mesmo Yoko Ono.

John tinha quebrado o código que a banda tinha de: não levar esposas/namoradas para o estúdio, dentro dele somente eles os produtores, engenheiros de som e etc. Mas ele começou a fazer com que a Yoko tivesse maior presença na banda, ela dava seus palpites, o que deixavam os outros membros irritados isso durante a gravação do Álbum Branco e nos seguintes a esse.

Ainda falando da gravação do Álbum Branco. Os ânimos não estavam dos melhores, no fundo eles sabiam que estavam chegando ao fim e já planejavam um final digno para a banda, já que ambos seguiam suas vidas sozinhos, então iniciaram a gravação de um álbum chamado Get Back e decidiram fazer o seu último show, que seria de surpresa em cima do telhado da gravadora Apple (o Rooftop Concert) que talvez seja o show mais icônico da banda, que junto desse álbum viria um filme/documentário onde mostraria as gravações.

McLennon (3/4)

Get Back foi escrita por Paul e é uma música que  manda uma mensagem para alguém ir embora. Ao que o próprio Lennon acredita, seria uma indireta a Yoko.

"Lennon declarou que 'Há alguma coisa subjacente sobre Yoko em Get Back', dizendo que McCartney olhou para Yoko Ono no estúdio todas as vezes que ele disse 'Volte á onde você pertenceu'." (David Sheff - All We Are Saying)

"Yoko tem muito a ver com isso, do ponto de vista de John.  Há apenas duas respostas.  Uma é lutar contra ela e tentar levar os Beatles de volta a quatro pessoas sem Yoko.  O outro é apenas para e MMN perceber que ela está lá, e ele não vai se separar dela, só por nossa causa.  Então não é tanto um obstáculo.  Realmente, não é tão ruim assim.  Eles querem ficar juntos, aqueles dois.  Então deixe os jovens amantes ficarem juntos.  Mas não deveria ser "Não posso operar sob estas condições, estamos saindo"." (Paul McCartney em 1969)

Uma coisa que chama atenção nesse documentário é que, quando os integrantes estão decidindo onde vai ser o icônico show (que queriam que fosse especial) John começa a sugerir lugares e Paul diz para John: "Qualquer lugar pra mim é o paraíso se estiver com você." Depois de dizer isso ele vai embora.

Em 1969 ainda tiveram insistência de Paul para fazer um novo álbum, só que já havia chegado a um nível em que não conseguiam gravar no mesmo estúdio. O álbum em questão seria o Abbey Road, já que o Get Back foi engavetado. Claro que não estava tão ruim assim, mas ambos já estavam seguindo suas vidas, John e George tinham lançados álbuns solos, já era visível que não existia mais a banda, mas Paul estava tentando segurar as pontas.

Paul se casou com a fotógrafa Linda Eastman que já tinha uma filha, Heather (McCartney costumava levar a pequena para o estúdio). Uma semana depois, John se casou com Yoko tendo uma lua de mel polêmica onde fizeram o protesto 'Bed In' (o na cama pela paz) mostrando cada vez mais o lado ativistas de John. Havia sempre uma competição, John parecia ter ficado realmente incomodado com o casamento de Paul e Linda, e logo apressou o seu com Yoko, como descreve Phillip Norman (escritor da biografia de John Lennon), foi como uma resposta rápida após perder o seu grande amor.

McLennon (3/4)

Durante as gravações da primeira faixa do álbum Abbey Road, Come Together, Paul não foi ao estúdio. John ficou irritado e foi a casa dele tirar satisfações. Dizem que Lennon jogou um tijolo na residência de McCartney em Cavendish. Isso é quase um mito, mas é realidade o fato de John ter pulado o muro da casa dele e o chamado do quintal (há fotos de John encima do muro da residência). Aparentemente foi uma briga que tiveram em relação a uma música de Paul que Lennon se recusava a cantar e tocar, por isso Paul não foi ao estúdio, então John resolveu ir atrás dele.

"Por um momento pensei que haveria uma explosão. Em vez disso, ele [Paul] se conteve, encolheu os ombros e simplesmente saiu do estúdio - uma das poucas vezes que ele deixou uma sessão cedo" (Geoff Emerick, um dos produtores dos Beatles, sobre a briga entre Lennon-McCartney em relação a música)

McLennon (3/4)

Já percebemos aí que os ânimos não estavam dos melhores, não só entre John e Paul, mas também com os outros membros da banda, como George que já tinha arrumado briga com Yoko Ono (por causa de um biscoto) e Ringo que já tinha abandonado os estúdios do Álbum Branco. Mas, para falar a verdade, ninguém foi com a cara da Yoko de primeira, por isso a culpam pela separação da banda.

Há uma história em que John fez Paul ouvir uma fita inteira onde ele e Yoko faziam sexo (um sex tape). Ao final Lennon teria dito "Você tem que entender que estamos em outro patamar agora. Eu não quero mais segurar a sua mão" fazendo uma relação a música I Want To Hold Your Hand e após esse ocorrido, aparentemente, Paul saiu do estúdio chorando. Isso quem conta foi um funcionário que trabalhava na Apple, mas nunca foi confirmada.

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Em 12 de setembro de 1969, John anunciou ao resto da banda que estava os deixando. Lennon não aguentou a pressão das pessoas em cima dele e principalmente de Yoko, tinha objetivos de seguir uma carreira solo e ter uma vida finalmente em paz, mas a banda parecia atrapalhar, então, em uma reunião dos Beatles, anunciou que estava fora.

Estava marcado ali o fim da banda, porém a mídia não sabia ainda, se anunciassem isso antes do lançamento do Abbey Road poderia afetar as vendas, então por motivos de negócios, esconderam tal bomba. Lennon não precisa mais dos companheiros, melhor, ele não precisa mais de Paul, isso ficou claro.

"Oh! Darling" foi escrita por Paul depois do anúncio de John sobre não querer mais estar na banda. A letra define muito o que Paul sentiu no momento, ele ficou muito mal, chegou a entrar em depressão após isso, mas Linda o ajudou muito nesse momento tão difícil, ela o compreendia e talvez sabia da relação entre John e Paul.

"Oh, darling

Por favor, acredite em mim

Eu jamais lhe farei mal algum

Acredite-me quando lhe digo

Eu jamais lhe farei mal algum

Oh, darling

Se você me deixar

Eu nunca vou fazer isso sozinho

Acredite em mim, eu imploro

Não me deixe sozinho

Quando você disse

Que não precisava mais de mim

Bem, você sabe, eu quase

Entrei em colapso e chorei

Quando você disse

Que não precisava mais de mim

Bem, você sabe, eu quase

Desabei e morri

(...)

No trecho seguinte a esse (apenas ouvindo a música) Paul substitui "Darling" por "Johnny". Mais tarde, Lennon responderia com a música "Jealous Guy".

Em 26 de setembro do mesmo ano, lançava o Abbey Road, que vinha com a música "The End" (o fim) como uma dica do fim da banda (na minha opinião, o trecho dessa música "e no fim, o amor que você ganha é igual ao amor que você dá" tem muito a ver com a relação da banda, faltava a coisa que tanto pregavam: amor). Por mais que estivessem em constante briga, foi um dos melhores álbuns da banda, tendo também a capa mais icônica.

McLennon (3/4)

John não queria acabar com tudo de uma vez, no fundo ele não queria que a banda acabasse, mas iria segurar as pontas, fingir que estava tudo bem, mas não estava. Paul sugeriu que pegasse o o projeto engavetado, Get Back (o álbum e filme) e lançassem nesse período de agora, 1970, só que o álbum teria um novo nome, Let It Be. Esse foi o último álbum lançado dos Beatles, nela vemos a melancolia e tristeza de McCartney com "The Long And Winding Road" e "Let It Be".

"Two of us" é uma música que vem no álbum Let It Be. Nela fala sobre "dois de nós" estarem juntos, viajando, vivendo a vida, talvez em relação a Lennon McCartney em 1967.

Paul: É como ... 'temos que voltar, estamos a caminho de casa'.

John: Sim.

Paul: Tem uma história ... tem outra "Don't Let Me Down" [não me decepcione] "Oh, darling, I never let you down" [Oh, querida, eu nunca vou te deixar] Como se fossemos...

John: É como se fossemos amantes

Paul: Sim

John: Vamos ter que acampar como aqueles dois.

(Take 27 de Two Of Us | 1969)

Essa conversa prova que "Two Of Us", "Don't Let Me Down" e "Oh! Darling" são McLennon.

Uma semana antes do Let It Be ser lançado, Paul anunciou que estava fora da banda, ele não aguentou mais esconder. Há quem ache que McCartney anunciou o fim da banda apenas para promover seu novo álbum solo, McCartney.

McLennon (3/4)

1970. Cada Beatle agora tocava sua vida tentando deixar os Beatles para trás. A maior esperança de quem vivia os anos 70 era o encontro da banda novamente, as emissoras pagavam milhões para se reunirem, mas eles não aceitavam. John seguiu ativista com Yoko Ono, fundou uma banda chamada de Plastic Ono Band, fazendo seus protestos e músicas com o mesmo intuito de paz, tudo contra a guerra mais horrível da época, a Guerra do Vietnã. Paul fundou outra banda com sua esposa, Linda, chamada Wings, seguindo com suas músicas de sucesso. Nessa época, foi quase como uma briga de quem era melhor, quando um lançava um álbum e era primeiro lugar, outro lançava ultrapassando. Era uma guerra silenciosa que se tornava pauta da mídia dizendo que ambos tinha se tornado grandes rivais.

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Parte 2 :

McLennon (2/4)
The Girl With Sun In Her Eyes
"the break-up" "I Want a Hold Your Hand" se tornou número um nas paradas americanas em 1964, tornando The Beatles os primeiros britânicos a

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Parte 4 :

McLennon (4/4)
The Girl With Sun In Her Eyes
"forever together" Em 1970, John lançava a música "God"  do álbum John Lennon/Plastic Ono Band, nela fala uma frase que definiu o fim da ban

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McLennon (4/4)

"forever together"

McLennon (4/4)

Em 1970, John lançava a música "God"  do álbum John Lennon/Plastic Ono Band, nela fala uma frase que definiu o fim da banda, "O sonho acabou" ("The Dream is Over"). Ele também manda uma mensagem a seus ex-companheiro de banda pedindo para que seguissem com suas vidas.

Nesse mesmo álbum da carreira solo de John, temos a música "Jealous Guy" que mostra as inseguranças de John e o quanto ele era ciumento. Se analisarmos, parece ser uma resposta a música "Oh! Darling". Paul chegou a dizer que John o ligou e afirmou que essa música era sobre ele mesmo Yoko dizendo que era sobre ela.

"Eu estava sonhando com o passado

E meu coração estava batendo rapidamente

Eu comecei a perder o controle

Eu comecei a perder o controle

Eu não pretendia te ferir

Eu sinto muito que te fiz chorar

Oh, não, eu não quis te ferir

Eu sou apenas um rapaz ciumento

Eu estava me sentindo inseguro

Você poderia não me amar mais

Eu estava tremendo por dentro

Eu estava tremendo por dentro

[...]

Eu estava tentando chamar sua atenção

Achei que você estava tentando se esconder

Eu estava engolindo minha dor

Eu estava engolindo minha dor"

Em 1971, Paul lançou o álbum Ram, nele tinha uma música chamada "Too Many People", era uma provocação a John, nela diz: "Esse foi o seu primeiro erro/ você pegou uma oportunidade e a quebrou no meio/ e agora o que pode ser feito por você?". Mais tarde, no álbum Imagine, onde temos a clássica "Imagine", John deu a resposta com a música "How Do You Sleep?" que é inteiramente uma provocação para McCartney, desde o início até o fim, nela diz: "O único erro está em sua cabeça/ aqueles malucos estavam certos em dizer que você estava morto" (em referência a teoria 'Paul is dead') e ainda completa com "Um rostinho bonito pode durar um ano ou dois/ mas logo irão ver o que você pode fazer". Era comum se provocarem através de músicas, como também mandar mensagem.

McLennon (4/4)

(foto usada na capa do álbum Ram/ John satirizando a foto no encarte de Imagine)

No mesmo ano, no aniversário de 31 anos de John, ele fez uma "paródia" da música Yesterday de Paul, cantando melancolicamente trocando she (ela) por he (ele) "Why he had to go, I don't know / He wouldn't say" [porque ele teve que ir, eu não sei, ele não me disse]. Vemos que ele sentia a falta de Paul.

McLennon (4/4)
McLennon (4/4)

John se separou da Yoko em 1973, foi o período em que Lennon se mudou para Los Angeles com sua então namorada May Pang (que era secretária do casal e se viu obrigada a ser uma "amante" de John a pedido de Yoko). John viveu a la "sexo, drogas e rock n' roll", esse período foi chamado pelo próprio de 'final de semana perdido' (Lost Weekend). John estava com sua namorada May e um amigo próximo, Harry Nilson, mas tinha alguns famosos também como Ringo Starr e até Elton John. Esse período foi uma loucura na vida de Lennon, ele estava um tanto deprimido, e teve abusos extremos de drogas como cocaína e heroína. Se não fosse apenas esses abusos de drogas, Lennon também se metia em encrencas com alguns "amigos" que só serviam pra levar ele a arrumar problemas.

Paul estava em turnê com os Wings em Los Angeles, sabendo que John estava lá, tratou de aparecer no estúdio onde estava sendo gravado o álbum de Harry Nilson, Pussy Cats. Foi um encontro depois de anos onde ninguém esperava, nem mesmo John. Os dois cantaram juntos vários covers até de Stand By Me, como descreve May, e quase aconteceu um encontro dos Beatles já que Ringo estava lá, só faltava George. Lennon ofereceu uma casa que tinha por lá para que Paul ficasse com sua esposa e filhas, e ele aceitou. Só a noite a sessão acabou e John chegou a dizer a May e Harry: “Não seria divertido ter os caras juntos novamente?”, os caras que ele se refere são os Beatles. Ele queria que tudo fosse como antes, por vezes se culpava em relação ao fim da banda e tudo de errado que aconteceu.

“Ele queria escrever com Paul novamente. Ele me perguntou se eu achava que era uma boa ideia. Eu disse a ele que era uma ótima ideia. Só eles eram grandes, mas juntos eles eram imbatíveis. Ele pensou sobre isso e disse, ‘ Quer saber? Vamos descer e visitar Paul e Linda.'” (May Pang)

Estava decidido, John iria visitar os McCartney's. Isso seria no início de 1975, estava tudo planejado, mas infelizmente, mais uma vez, os planos de John eram frustados. Yoko ligou dizendo que tinha encontrado uma forma de tratamento para John largar o vício do cigarro que ele tanto procurava sendo uma desculpa para eles dois voltarem, então Lennon largou essa tal viagem e voltou para Nova York. Seja lá o que teria nesse encontro, foi esquecido para sempre.

“Eu disse a Paul, ‘Eu só quero que você saiba que John realmente amava você. Como você sabe, nós estávamos indo para te ver em Nova Orleans, porque queria escrever com você de novo.' Paul olhou para mim e disse ‘Oh sim... teria sido ótimo!'” (May Pang após a morte de John Lennon)

John chegou a mandar um postal aos McCartney's dizendo "Pensando em visitar os Macs em Nova Orleans" (os Macs é uma forma de resumir McCartney's), isso chegou as mãos de Paul. Imagine como foi difícil para ele saber que John queria voltar para ele, nem que seja para voltar a parceria, mas, simplesmente do nada, foi tudo jogado pelos ares. Mais tarde Yoko diria que Paul também ajudou John a voltar para casa, pois ele se preocupava com Lennon, viu como ele estava em Los Angeles, então preferiu ele perto de Yoko, pelo menos estaria protegido e longe das loucuras que fazia em Los Angeles.

O último show que John Lennon fez em vida foi o no Madison Square Garden ao lado de Elton John no ano de 1974. Isso foi na verdade uma aposta que Elton fez com John, como ele acabou perdendo Lennon teve de fazer um show depois de anos. Apesar do nervosismo e até mesmo cogitar em não subir no palco, o show foi um sucesso sendo que foi uma surpresa para os fãs que acharam que show ia ser apenas do Elton. Tocaram juntos duas músicas de Elton e duas dos Beatles que no caso seriam "Lucy In The Sky With Diamonds" e "I Saw Her Standing In There". Quando John foi iniciar essa última canção ele disse: "essa música foi escrita por uma ex-amante minha... chamada Paul, e se chama 'I Saw Her Standing In There'".

Em 1975, já com a Yoko em Nova York, numa das gravações do cover "Stand By Me", John diz:

"Eu quero dizer olá para o pessoal da Inglaterra. O que estão fazendo pessoal? Bem, aqui estou eu em Nova York cantando para você. 'Whenever you're in trouble/ Won't you stand by me / Oh, stand by me/  Woah, stand now / Oh, stand by me' [sempre que você estiver em  apuros fique ao meu lado , fique perto de mim]." (Stand By Me - John Lennon)

Ele já fez referências como essa em outras músicas como "Just Because".

Em agosto de 1976, Lennon e McCartney se encontraram novamente. Nesse período, John estava com Yoko em seu apartamento, no Dakota, Nova York, em frente ao Central Park, e Paul estava passando um tempo nos Estados Unidos para arranjar casas à alugar. Nisso, McCartney decidiu visitar seu melhor amigo depois de tudo, passaram a tarde juntos como a muito tempo não faziam; assistiram o Saturday Night e viram o apresentador oferecer um cheque para que os Beatles se reunissem novamente, os dois cogitaram em ir, mas algo aconteceu que acabaram desistindo.

Há um filme ficcional que retrata esse encontro chamado Two Of Us (2000). Para quem é fã de McLennon esse filme é incrível. Dirigido por Michael Lindsay-Hogg (o mesmo que dirigia os clipes dos Beatles, ou seja, ele conhecia muito bem os dois). Nesse filme chega até a acontecer um beijo homoafetivo entre os dois, é rápido, após Paul afastar John bruscamente quebrando o beijo ele diz "Não é porque a Yoko tá fora que você pode ficar sem escovar os dentes", e John retruca orgulhoso "Eu sabia que você queria isso!" em contrapartida, Paul brinca "Eu me chamo Brian?" e voltam a brincar como se nada tivesse acontecido. Não é só isso de McLennon, mas também em um trecho que John diz: "Nós estamos ficando velhos, cara!" e Paul retruca "Fale por você, eu ainda continuo com uma cara ótima", um tanto apaixonado John responde "Isso você tem...", esse é um trecho que passa batido. Mostra também quando os dois vêem o programa do Saturday Night, porém quando estavam prestes a ir, Yoko liga para o John e acaba atrapalhando tudo. O filme encerra com Paul indo embora depois de tudo e contando o que aconteceu para Linda.

Esse foi o último encontro dos dois.

"Pense em mim de vez em quando, velho amigo!" (essas foram as últimas palavras de John Lennon para Paul McCartney)

McLennon (4/4)

(cena do filme Two Of Us)

John passou a ficar em hiatos depois de 1976 para ficar em casa cuidando de seu filho com Yoko, Sean. Paul continuou suas turnês de sucesso com os Wings e constituiu uma bela família com Linda. Por mais que os dois estivessem bem com suas famílias sentiam falta um do outro e isso era claro, mas a mídia continuava dizendo que os dois se odiavam.

Durante esse período em hiatos, John gravou várias demos que cairiam no esquecimento. Apenas voltou a gravar um álbum em 1980, foi o Double Fantasy, vinha com várias músicas novas como "Beautiful Boy (Darling Boy)" música feita para seu filho, Sean que só tinha 5 anos, mas uma que prova que John iria voltar para Paul é "(Just Like) Starting Over".

"Nossa vida a dois é tão preciosa juntos

Nós crescemos - nós crescemos

Embora nosso amor ainda seja especial

Vamos nos arriscar e voar a sós para algum lugar

Faz tanto tempo desde que nós aproveitamos o tempo

Nenhuma pessoa para culpar

Eu sei que o tempo voa tão rápido

Mas quando eu a vejo, darling

É como se estivéssemos nos apaixonando novamente

Será como começar de novo, começar de novo

Todos os dias, nós tornávamos isto o amor

Por que não podemos fazer o amor agradável e fácil?

Está na hora de abrir nossas asas e voar

Não deixe outro dia passar, meu amor

Seria como começar de novo, começar de novo

Por que não decolamos sozinhos?

Fazer uma viagem para algum lugar bem longe

Nós estaremos juntos por nossa conta novamente

Como nós fazíamos antigamente

As referências que temos a Paul são as repetidas vezes que John fala "Darling" como em "Oh! Darling" de McCartney. Também no trecho de "está na hora de abrir nossas asas e voar" e nos seguintes John faz referência a Paul colocando na letra "Wings" (que significa asas, mas soou como a banda de Paul) e "Another Day" (que é uma música de Paul McCartney que John já tinha mencionado na música "How Do You Sleep"). Tinha uma parte "Está na hora de abrir nossas asas e voar/Não deixe outro dia passar, meu amor" que na verdade era "A hora chegou, a morsa disse/ Para você e eu estarmos na cama novamente"

Mas como todas as vezes, o sonho de John foi frustrado. No dia 8 de dezembro de 1980, John Lennon foi assassinado com quatro tiros a queima roupa por um fã problemático chamado Mark David Chapman, em frente a residência onde morava no Dakota, Nova York. Chegou a dar alguns passos depois de ser atirado, pediu por ajuda, mas caiu ali mesmo morto. Mark esperou pela polícia por livre e espontânea vontade e está preso até hoje. Isso marcou o fim de tudo. Yoko obviamente ficou abalada, a primeira pessoa da qual ela ligou depois que John foi assassinado e declarado morto foi para Paul. McCartney já estava sentindo certos sentimentos ruins em dias anteriores e quando foi anunciado a morte de John, foi aí que tudo desmoronou.

“Eu estava em casa e recebi um telefonema. Era de manhã e foi horrível. Eu não conseguia acreditar. Por alguns dias, não conseguia pensar que ele havia partido. Foi um grande choque. Foi muito difícil. Foi difícil para todos. Acho que impactou a vida de muitas pessoas, assim como a morte de Kennedy. Foi muito triste pensar que não o veria mais, que não saíriamos juntos. E, para mim, o rapaz que o matou é o idiota dos idiotas. Ele nem tinha um motivo político. Era apenas um cara aleatório, apenas um idiota" (Paul McCartney sobre a morte de John Lennon)

No dia em que foi assassinado, John deu uma entrevista para a revista Rolling Stones, nela revelou várias coisas que geralmente não falava, como se soubesse que iria morrer naquele dia. Contou que geralmente em suas músicas colocava um "she"(ela), mas se referia a "he"(ele) por pura diversão, isso pode provar que muitas músicas são sobre o McCartney. Chegou a revelar: "Paul foi meu primeiro amor e Yoko o segundo"

"Eu o amo. Familiarmente nós certamente temos nossos altos e baixos e nossas brigas. Mas no final do dia, quando tudo estiver dito e feito, eu faria qualquer coisa por ele e acredito que ele faria qualquer coisa por mim." (John Lennon sobre Paul no dia de sua morte)

Sobre o John querer voltar para Paul, Larry Kane, agente dos Beatles, e May Pang falaram sobre isso:

"(...) Mas eu ainda acho que a parte de trás da mente de John seria esse tipo de... fascínio de querer voltar com a primeira namorada... para voltar com Paul... com ele tinha tanta história...” (Larry Kane, que viajou com os Beatles durante a turnê americana)

"[Chorando] Eu estou com raiva de que isso não tenha acontecido, porque eu sei que John queria fazer isso..." (May Pang)

Como Paul descreveu, foi muito difícil. Dois anos após a morte dele, Paul escreveu a música "Here Today". Ela faz parte obrigatoriamente de seu repertório até os dias de hoje e sempre se emociona quando canta.

"E se eu disser que

Realmente te conhecia bem

Qual seria sua resposta?

Se você estivesse aqui hoje

Aqui hoje

Te conhecendo bem

Você provavelmente iria rir e diria

Que estávamos muito distantes

Se você estivesse aqui hoje

Aqui hoje

Mas, quanto a mim

Eu continuo lembrando como era antigamente

E não estou mais segurando as lágrimas

Eu te amo, oh

E sobre quando nos conhecemos?

Bem, eu acho que você diria que

Nós trabalhamos duro para conseguir

Não entendíamos nada

Mas nós sempre podíamos cantar

E sobre a noite em que choramos?

Porque não havia razões

Para manter tudo aquilo

Nunca entendia uma palavra

Mas você estava sempre lá com um sorriso

E se eu disser que eu realmente te amei

E fiquei feliz, por você vir junto

Se você estivesse aqui hoje

Por você estar em minha música

Aqui hoje"

Não há como não se emocionar com essa música conhecendo a história dos dois.

"Há uma música chamada "Here Today", que foi escrita especificamente para John e que às vezes me chama a atenção.  Me pega nessa versão do filme, onde percebo que estou dizendo a esse homem que o amo.  Estou declarando isso publicamente na frente de todas essas pessoas que não conheço." (Paul McCartney sobre a música Here Today)

Em questão as demos gravadas por John, Yoko Ono as entregou para Paul apenas em janeiro de 1994 (fica a questão do porque ela demorou tanto para dar as tais fitas). Ao que tudo indica, essas quatro demos que Yoko entregou seria "Free As A Bird", "Real Love", "Grow Old With Me" e "Now And Then" nas duas fitas dessas demos estava escrito 'for Paul' (para Paul), porém foi rabiscado de última hora, talvez John quis mandar mas desistiu. No ano seguinte, Paul reuniu os outros dois Beatles vivos para gravarem as demos de John, lançando no The Beatles Anthology, seria, entre aspas, a última música que os Beatles gravaram juntos.

McLennon (4/4)

"Free As A Bird" é sobre o desejo do John de ser livre, livre como um pássaro. Há um trecho dessa música que foi adicionada por Paul já que essa mesma não estava concluída e nisso McCartney claramente fala sobre os dois.

"O que aconteceu com

A vida que um dia conhecemos?

Podemos mesmo viver sem ter um ao outro?

Onde nós perdemos o contato

Que parecia significar tanto?

Isso sempre me fez me sentir tão..."

Em Real Love temos o que seria John se preparando para encontrar com Paul novamente.

"Parece que tudo o que eu estava realmente fazendo

Era esperar por você

Assim como garotinhas e garotinhos

Brincando com seus brinquedinhos

Parece que tudo o que eles estavam realmente fazendo

Era esperar pelo amor

Não precisamos ficar sozinhos

Não é preciso ficar sozinho

É amor verdadeiro

É verdadeiro

Sim, é amor verdadeiro

É verdadeiro"

No clipe de Real Love, no momento em que diz "It's Real Love, It's Real" em que Paul aparece ouvindo a demo da música, com seu tal bracelete no pulso (lembra dele?), colocam uma sobreposição que mostra uma imagem de John em 1964.

McLennon (4/4)
McLennon (4/4)

"Grow Old With Me" foi uma demo que os Beatles viriam a restaurar, mas acabaram por não lançar no Anthology, sendo apenas lançada em um álbum onde juntava uma coleção de músicas e demos de John Lennon chamado "Milk And Honey".

Envelheça junto comigo.

O melhor ainda está por vir.

Bem, chegou a nossa hora,

Seremos como um.

Deus abençoe o nosso amor, Deus abençoe o nosso amor.

(...)

Passar nossas vidas juntos,

Marido e mulher juntos

Mundo sem fim, amor sem fim

Essa música foi regravada por Ringo Starr em 2019 para o seu novo álbum. Nele houve a participação de Paul McCartney e mixagem da guitarra de George Harrison na música.

"Now And Then" é uma demo de baixa qualidade onde os Beatles tentaram a restaurar, mas acabaram por desistir e não foi lançado no The Beatles Anthology como as outras duas já mencionadas. Essa música é quase como uma lenda esquecida. Em 2006, Paul McCartney revelou que tentaria restaurar essa música, mas parece ter sido esquecida novamente.

"Eu sei que isso é verdade, é tudo por causa de você

E se eu faço isso, é tudo por causa de você

Vez ou outra, se temos que começar de novo

Bem nós não tínhamos certeza, que eu amo você

Eu não quero te perder - oh não, não, não

Te perder ou te abusar - oh não, não, não

Mas se você precisa ir, longe

Se você precisa ir

Vez ou outra, sinto sua falta

Paul continua sua vida no mundo da música. É casado atualmente com Nancy (detalhe: ele se casou com ela no dia do aniversário de John, 9 de outubro) pois Linda morreu de câncer em 1997. Sempre quando pode fala sobre John onde sempre lembra com carinho e emoção. Paul nunca superou a morte de John, tanto que até hoje chora ao cantar Here Today. Claro que ele também se emociona ao falar de George, que morreu em 2001 em consequência do câncer, mas com John é diferente, sempre foi.

Deixando claro, não quero dizer que John não amou Yoko e Paul não amou Linda. Elas foram importantes sim para a história dos dois, eles claramente gostavam muito e admiravam suas esposas, sem elas talvez não conheceríamos John e Paul como conhecemos. O que quero dizer com tudo isso é mostrar o que ambos sentiam pelo outro mas tinha medo ou orgulho de sentirem. Olha o que poderia ter acontecido se tivesse realmente ficado juntos, seriam felizes finalmente, se John não tivesse sido assassinado a história seria bem diferente, o sonho dos dois se tornaria realidade, mas não foi o que aconteceu.

Paul McCartney sabe sobre a existência do McLennon, que existem fãs que o "shippam" com John Lennon. Ele achou agradável essa teoria, mas obviamente negou qualquer coisa sobre os dois. Até hoje acontece várias revelações e dia após dia um peça a mais é revelada e a história do McLennon se torna cada vez mais real.

Sabemos que eram muito amigos, fizeram parte da parceria de músicos mais conhecida do século XX. Mas uma coisa é lei: Paul sempre amará John e John sempre amará Paul.

"Se você quer dizer para alguém que você a ama, conte agora! Porque pode chegar a um ponto quando é tarde demais, e você vai desejar ter dito isso antes." (Paul McCartney antes de cantar "Here Today")

[...]

McLennon (4/4)

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Fontes: A maioria desses fatos encontrados aqui e nos outros posts foram baseados em vários do blog @mclennonwasreal que é o blog mais completo e confiável sobre o assunto (pelo menos na minha opinião). Outros foram com base na biografia "John Lennon: a vida" por Phillip Norman. As imagens e gifs foram tiradas de blogs do Tumblr e do Pinterest (os devidos créditos à essas pessoas).

O texto é de total autoria minha com citações de personagens presentes na história. Qualquer erro tanto na história quanto ortográfico, me comuniquem.

Se vocês puderem curtir e reblogar esse e as outras partes desse post eu ficaria muito feliz, ajuda a divulgar principalmente para pessoas que assim como eu procuram esse tipo de assunto no Tumblr no meu idioma (português-brasil) e não encontra. Espero que tenham gostado.

Obrigado (a/e)! ♡

Parte 3 :

McLennon (3/4)
The Girl With Sun In Her Eyes
"I nearly broke down and cried" Voltaram no início do ano de 1968. John agora na Inglaterra descobriu que a artista plástica, Yoko Ono tinha

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5 months ago

Cool! .... Double Life?

Two Sides Of The Same Coin

Two sides of the same coin


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6 months ago

get yourself a bestie who doesnt care if you send a man to the hopstial on their 21st birthday party


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