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Lipschitz!

❤️ Chapter: Lipschitz!
❤️ Palavras: 1.057
❤️ Warnings: Xingamentos, traição, menção de sexo, assassinato

Alvin Lipschitz é o homem perfeito! Desde o começo do nosso relacionamento, eu soube que era ele. Nós saímos em encontros, ele me mandava flores, cartões, me dedicava músicas... O Sr. Lipschitz sempre foi muito sensível.
Meus pais sempre o amaram, talvez mais do que eu. Então quando nos mudamos, minha vida virou um mar de rosas. Alvin fazia artes durante o dia, e cuidava da casa, por isso não se importava muito comigo trabalhando. Sempre que eu chegava em casa, além de ter tudo pronto para relaxar, ele sempre me fazia alguma surpresa especial.
Lipschitz!
Mas eu sabia também que as vezes ficar em casa, procurando inspiracao nas mesmas tintas e buracos na parede, era quase um martírio para ele, então não julgava, quando ele precisava de um ar, mesmo que de noite (e mesmo que ele voltasse fedendo a whisky depois).
Algumas semanas eram horríveis, Alvin ficava irritadiço, levemente agressivo e mal encostava em mim. Mas então, como num passe de mágica, ele voltava a ser o doce e apaixonante Alvin Lipschitz que amo e casei.
Tudo ia bem, até ouvir uma das minhas colegas conversando sobre um cara com quem sua prima tinha saído. Aparentemente ele era alto, moreno, boa pinta, e um artista, que gostava de se apresentar como L. A.
Não que fosse uma prova concreta de alguma coisa, mas seria muita coincidência de que um homem parecido com meu marido tivesse um encontro com uma mulher, justamente no dia em que ele não voltou pra casa no mesmo horário de sempre.
Tentei deixar aquilo de lado, mas continuei a tentar ouvir qualquer fofoca que ela contasse sobre o tal cara, e também tentava jogar pegadinhas para ver se algum caía, mas nada.
"Querida, se você tem alguma desconfiança, deve você mesma ir atrás disso!" Minha mãe murmura me servindo uma xícara de chá. Nós estávamos almoçando juntas no sábado, enquanto Alvin e papai saiam pra fazer não sei o que juntos. "Mas você acha mesmo que Alvin seria capaz de algo?"
"Não sei mamãe..." E realmente eu não sabia. Alvin era perfeito, como ela mesmo remarcou naquele dia, sempre me trazia presentes, lembrava das datas importantes, me apoiava, fazia surpresas românticas... Mas às vezes ele parecia ser perfeito de mais, e quantos homens "perfeitos" eu já não presenciei acabando com todas as suas relações perfeitas?!
"Acho melhor deixar pra lá, meu amor. Alvin é perfeito, e te ama, quase tanto quanto eu"
Eu deveria ter deixado pra lá.
Lipschitz!
Depois daquele final de semana, tudo voltou ao normal em casa, até Alvin ficar irritadiço mais uma vez. Dessa vez ele pintava um quadro de um bairro qualquer, sob o luar, com alguma silhuetas distorcidas. Sob minha visão ignorante, aquela pintura estava perfeita, mas de acordo com ele, ainda não estava perfeita o suficiente, não imprimia a impressão "da Chicago boêmia de 1920". Tudo por conta de uma matéria de jornal.
Naquela noite fui ainda mais solícita, sorri e o servi como nunca. A única diferença, foi que dessa vez tentei fazer com que ele ficasse, com a desculpa de que "meu corpo sentia sua falta", mas Alvin apenas sorriu acariciando meu rosto, me garantindo que iria me compensar no dia seguinte. E então ele se foi, porta a fora.
Vesti um sobretudo e então o segui, cuidadosamente, me lembrando de um guia que li essa semana.
Lipschitz!
A rua em que meu marido entrou, era a mesma que ele pintava, por isso foi tão fácil pra ele pintar o cenário. Até os carros estavam nos exatos mesmos lugares que no quadro. Idiota.
Não muito a frente, na mesma rua, um grupo de mulheres pouco vestidas se aproximaram dele, visivelmente e audivelmente se mostraram felizes em o ver. Me escondi atrás de um grande carro, escutando suas vozes esguaniçadas:
"Alvin querido! Por que sumiu?"
"Eu e minhas duas meninas aqui sentimos sua falta!"
"Ruth por favor, hoje ele vai matar as saudades comigo!"
Seus nomes aparentemente eram Ruth, Gladys e Rosemary. Eram bonitas, não podia negar, mas elas eram mulheres da vida. E Alvin era meu marido. Ele as respondia, claramente feliz com a atenção, mas não parou pra falar com elas. Naquele momento meu sangue gelou, será que entendi tudo errado? Não pode ser possível...
Na esquina, Alvin encontrou a silhueta de um homem, e ambos sorriram um para o outro, como amigos de longa data. Nesse momento senti que tinha duas opções: continuar a segui-lo; ou voltar para casa e viver em um estado de ambivalente, onde tudo o que sei é que meu marido veio até uma rua que pintava...
Continuei seu caminho.
Lipschitz!
Os dois homens se escondem nas sombras do bordel, e não demoro muito para perceber que estão se abraçando...e então se beijando.
Meu mundo para e roda. Estou vendo meu marido beijar outro homem. Alvin Lipschitz, que me jurou amor eterno, que me fez a mulher mais feliz do mundo, estava beijando outro homem.
Não penso em minhas próximas ações, quando dou por mim, estou andando em sua direção gritando seu nome, para chamar sua atenção.
Lipschitz!
Ao se virar, vejo a surpresa em seus olhos, e isso me trás ainda mais raiva. "Então é aqui que vem, para se achar?" Zombo dele, me aproximando. O empurro fortemente contra a parede, ainda gritando com ele.
Alvin me empurra contra um carro, me fazendo atingir uma janela, e a quebrando. Seguro um pedaço de vidro sob minha mão.
"Acho que entramos em uma divergência de opiniões, querido"
Digo antes de o atacar, cravando o vidro em seu pescoço, e pela quantidade de sangue voando, acertei sua jugular. O vejo se esmurrir em sangue, morrendo, como morreu meu amor.
Lipschitz!
[Transcrição da Apreensão da Ré]
A senhora deseja mais um lenço?...Tudo bem, nós vamos começar, seu nome?
Miyeon. Cho Miyeon.
Qual sua idade?
Tenho 25 anos
Por que a senhora foi presa?
Eu matei meu marido.
E qual a motivação da senhora?
Por que eu o amava de mais, mas ele me traía...e no final, nós tivemos visões divergentes...
Visões divergentes?
Ele se via um homem vivo, e eu, como um homem morto!
Tudo bem então... como a senhora de declara?
Inocente. Pode até ter sido um crime, mas um crime cometido pela paixão... Não é um crime, é?
