yakuly - Yakully
Yakully

Ansiosa | 23 y | Caprica

718 posts

Lento ...

Lento ...

 Lento ...

〯₊ ¡Mark Lee! (NonIᴅᴏʟ!Mark x ɪᴅᴏʟ!NonIdolꜰᴇᴍᴀʟᴇ ʀᴇᴀᴅᴇʀ). ᴘᴀʟᴀᴠʀᴀꜱ: 994 palavras ᴀᴠɪꜱᴏꜱ: menção de comida.  〯₊

  Se Deus existe ele me odeia. Se Alá existe, ele me odeia. Se algum Orixá existe, certeza que me odeia. O fato é: não importa sua religião, seu Deus provavelmente me odeia. E se você é ateu, bom então a vida me odeia.

Por que sério, além de ser afim do cara ele tem que ser meu melhor amigo, e ainda estar saindo sem parar com a minha colega de apartamento? Tem como piorar?

  Hoje, sexta feira a noite e mais uma vez estou no meu quarto me preparando pra mais uma noitada. Moletom e pizza sempre foram a melhor escolha pra uma fossa em casa. Park Mina, minha companheira grita do corredor que está saindo, e apenas escuto, com meu cérebro trabalhando ardilosamente pra acabar comigo, me fazendo imaginar como será sua noite ao lado de Mark Lee. Eles vão pra balada? Pra um restaurante? Karaokê? Eles vão se beijar? Vão comprar coisas um pro outro?

 Suspiro tentando ignorar a vozinha chata na minha cabeça, e dou o play no meu Dorama lindo do Chanyeol. Mas mal consigo me concentrar no gigante adorável e seus óculos sem olhar para o celular a espera de alguma notificação do rapaz me convidando para uma noite de jogos que fazíamos antes.

 Finalmente minha campainha toca avisando que o entregador havia chegado. Meu nível de serotonina se levanta minimamente com a perspectiva de comer minha pizza de brócolis. Abro a porta pronta pra brincar com o rapaz, que poderia ser tranquilamente Heechan, o filho da vizinha que sempre me entrega meus pedidos, mas me assusto vendo Mark Lee parado ali bem na minha frente. Eu congelo com a visão, e por um instante acho que tô alucinando, mas o moreno ri de canto provavelmente nervoso.

"Hey! Alguém em casa?" sua voz é meio baixa e um tanto insegura.

"Ah, oi. O que faz aqui?" é tudo que consigo proferir, afinal, ele é a última pessoa que eu esperava ver ali. Ainda mais vestindo o mesmo que eu: moletom.

"Vim te ver, faz tempo que a gente não se fala" Mark ainda falava baixo me olhando incerto, e eu ainda não sei o que fazer. "... então eu posso entrar? Por que assim, aqui tá um pouco frio..."

  O deixo passar e só então percebo minha pizza, suas sacolas em mãos. Vamos de volta para o quarto e tento agir normalmente. Nós sentamos na cama e ele espalha o que trouxe: balas, chocolate, salgadinhos e soju. Abrimos a bebida e a sua cara quando vê o sabor da pizza é a melhor.

"Brócolis? Sério?"

"Yah! Não me julga!" digo um pouco mais alto "e se eu soubesse que vinha, pedia ainda mais brócolis!" aponto pegando uma fatia. "Pensei que estaria com a Mina."

"Não, você sabe que balada não é a minha praia. — Lee responde como se fosse óbvio. Solto uma risada descrente.

"Vocês andam tão colados que não duvidei de você ir com ela." solto um pouco ácida antes de tomar um belo gole de Soju.

"Isso é ciúmes?" indaga sorrindo de lado. Minha vontade é de gritar que sim, que ele era cego, lerdo e burro demais, mas só rolo meus olhos e bebo um pouco mais. "Wow! Vai com calma ae!"

"Eu mereço essa bebida divina, okay?" reclamo pegando a garrafa que me foi tomada e terminando de uma vez.

Consigo o fazer ficar quieto enquanto assistimos o Dorama, e como sempre seus comentários são os melhores e me fazem rir, mesmo eu querendo ficar brava.

"Oh! Chanyeol, por que tão lindo?" solto baixo, mas aparentemente Mark me escuta e cutuca minha perna. "Que? Ele é. Faz rap, dança, canta, compõe, atua, é fofo, engraçado, inteligente, fala inglês, e ainda sabe montar um bar." listo as qualidades do meu utt, sob o olhar tedioso do meu amigo.

"Eu também sei fazer tudo isso!" ele me responde parecendo ofendido.

"Hum, eu não deixaria uma furadeira sob sua responsabilidade." implico rindo, mas percebo que sou a única que o faz então paro desviando meu olhar do seu, super intenso.

  Me viro prestes a perguntar por que me ignorou nas últimas semanas quando sou surpreendida por sua mão na minha nuca, e ele me puxando para um beijo. Mas demoro pra processar e quando vejo, Mark me olha apreensivo.

"O que foi isso?"

"Eu gosto de você. Mais que como amiga, e estava com medo do que ia pensar, da sua reação e de estragar nossa amizade, então pedi ajuda da Mina sobre o que fazer, por que não aguento mais esconder meus sentimentos por você."

  Assim que tenho minha resposta o encaro na dúvida se o bato por me fazer acreditar que estava interessado em Mina, ou se o beijo por finalmente saber que sou correspondida.

"Mark Lee!" solto brava o dando um tapa em seu braço. É, parece que meu sangue quente age mais rápido que eu. "eu não acredito que fez isso comigo!" lhe dou leves tapas, e o idiota cai de costas na cama reclamando. "Eu acreditei que tava afim da Mina, seu desgraçado!"

"O que? Por que?" o moreno consegue segurar meus braços parecendo bem confuso. Ele para então pra pensar e sua boca se forma um "O" num sinal claro de que entendeu o que aconteceu. "Não, nunca gostei dela assim."

"Certeza?" preciso confirmar para poder tomar meu próximo passo, e quando ele confirma com a cabeça, me jogo em cima dele, colando nossos lábios.

É a sua vez de não entender o que aconteceu, mas quando seus olhos encaram os meus e ele vê que eu também sentia a mesma coisa, finalmente nos beijamos de uma forma intensa.

No final das contas não era só Mark Lee que era lento. Eu também era.  

 Lento ...

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(221023) Shuhua Nxde
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(221023) shuhua – nxde 🖤


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2 years ago

So was I

 So Was I

〯₊ ¡Mark Lee! (NonIᴅᴏʟ!Mark x !NonIdol!ꜰᴇᴍᴀʟᴇ ʀᴇᴀᴅᴇʀ). Words: 994 words Warning: mention of food.  〯₊

A/N: Hello there my beautifull people! How's goin? Just wantted to let you guys know, that I changed the title for the english version. Previously it was suppouse to be: "Slow", but I decided for the best, that "So was I" it fit better (but don't worry, it is the same content!), so Hope you guys enjoy!

If God exists he hates me. If Allah exists, he hates me. If any Deity exists, I'm sure they hate me. The fact is, no matter your religion, your God probably hates me. And if you're an atheist, well then, life hates me.

Because seriously, besides being into the guy he has to be my best friend and still be hanging out non-stop with my roommate? Can it get worse?

Today, Friday night, and once again I’m in my room getting ready for another night out. Moletom and pizza have always been the best choice for a septic tank at home. Park Mina, my partner yells from the hallway as I leave, and I just listen, my brain working artfully to finish me off, making me wonder what your night with Mark Lee will be like. Are they going clubbing? To a restaurant? Karaoke? Will they kiss? Are you going to buy things for each other?

I sigh trying to ignore the annoying little voice in my head and play on my beautiful Chanyeol Dorama. But I can barely concentrate on the adorable giant and his glasses without looking at my cell phone waiting for some notification from the guy inviting me to a game night we used to have.

Finally, my doorbell rings telling me that the delivery boy has arrived. My serotonin level rises minimally at the prospect of eating my broccoli pizza. I open the door ready to play with the boy, who could easily be Heechan, the neighbor’s son who always delivers my orders, but I’m scared seeing Mark Lee standing there right in front of me. I freeze at the sight, and for a moment I think I’m hallucinating, but the brunette chuckles, probably nervous.

“Hey! Anybody home?” His voice is a little low and a little unsure.

“Oh hi. Why are you here?”  It’s all I can manage, after all, he is the last person I expected to see there. Even more wearing what I am: sweatshirt.

“I came to see you, it’s been a while since we’ve spoken” Mark was still talking in a low voice, looking at me uncertainly, and I still don’t know what to do. “So can I come in?  It’s kinda little cold here...”

I let him pass and only then do I notice my pizza, his bags in hand. We go back to the bedroom and try to act normally. We sit on the bed and he spreads what he brought: candies, chocolate, snacks, and soju. We open the drink and your face when you see the pizza taste is the best.

“Broccoli? Seriously?”

“Yah! Don’t judge me!” I say a little louder, “and if I knew it you was coming, I’d order even more broccoli!” I point out, taking a slice. “I thought you’d be with Mina.”

“No, you know that club is not mine thing.” Lee replies as if it’s obvious. I let out a disbelieving laugh.

“You guys are so close nowadays that I didn’t doubt you’d go with her.” I let out a little acid before taking a big sip of Soju.

“Is that jealous?” he asks, smiling sideways. I want to scream yes, wanted to scream that he was blind, slow and dumb, but I just roll my eyes and drink some more. “Wow! Take it easy!”

“I deserve this divine drink, okay?” I complain, taking the bottle that was taken from me and finishing it at once.

I manage to keep him quiet while we watch Dorama, and as always his comments are the best and make me laugh, even though I want to be mad.

“Oh! Chanyeol, why so beautiful?” I let out low, but apparently, Mark hears me and nudges my leg. “What? He is. He raps, dances, sings, composes, acts, is cute, funny, intelligent, speaks English, and even knows how to build a bar.” I list my utt’s qualities under my friend’s tedious gaze.

“I know how to do all that too!” He answers me looking offended.

“Um, I wouldn’t leave a drill to you.” I imply, laughing, but realize I’m the only one who does so, so I stop, averting my gaze from his, super intense.

I turn around about to ask why he’s ignored me for the past few weeks when I’m startled by his hand on the back of my neck, and he pulls me in for a kiss. But it takes me a while to process and when I see it, Mark looks at me apprehensively.

“What was that?”

“I like you. More than a friend, and I was afraid of what I was going to think, of your reaction, and of ruining our friendship, so I asked Mina for help on what to do because I can’t bear to hide my desire from you any longer.”

Once I have my answer, I stare at him, wondering whether I’m hitting him for making me believe he was interested in Mina or kissing him because I finally know the feeling its mutual.

“Mark Lee!” I let out angrily slapping him on the arm. Yeah, looks like my hot blood acts faster than mine. “I can’t believe you did this to me!” I slap him lightly, and the idiot falls back on the bed complaining. “I thought I was into Mina, you bastard!”

“What? Why?” the brunette manages to hold my arms looking very confused. He then stops to think and his mouth forms na “O” in a clear sign that he understands what happened. “No, I never liked her like that!”

“Really?” I need to confirm so I can take my next step, and when he nods, I throw myself on top of him, pressing our lips together.

It’s his turn not to understand what happened, but when his eyes meet mine and he sees that I feel the same way, we finally kiss intensely and wonderfully.

At the end, it wasn’t just Mark who was slow. So was I.

 So Was I

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2 years ago

⍉𝒞𝓇𝒾𝓂𝑒 𝒫𝒶𝓈𝓈𝒾𝑜𝓃𝒶𝓁 ⍉

❤️ (G)I-dle (ot6) x Male Readers

❤️ Gênero: criminal!Gidle, universo criminal, basicamente inspirado pelo filme/musical "Chicago". Menores não interagir!

❤️ Avisos: xingamentos, menção ao sexo, menção a relacionamentos abusivos (por favor não leia, se te faz mal!) Assassinato!

❤️ Capítulos: 7

❤ Postagens: Toda Terça-feira, após 18:00 p.m (horário de Brasília, Br)

❤ Sinopses: Os anos 20 na cidade de Chicago foram incrivelmente prósperos para os cidadãos. Todos pareciam viver sob uma névoa de luxúria, os fazendo gastar e ostentar todas as suas riquezas. Bares repletos de Jazz, Whisky, cigarros. Mulheres indecentes com suas meias calças rastão faziam homens de bem pecarem, e esquecerem de suas esposas. Ao mesmo tempo, uma onde de crimes se alastrou pela cidade.

Todos que liam os jornais as conheciam, e mesmo aqueles que fingiam não, pois acreditavam ser "cultos" de mais, sabiam seus nomes, rostos, e os crimes que as levaram para a tão temida "Cook County Jail" ( 'Cadeia do Condado de Cook').

Mas será mesmo que todos sabem de fato quem elas são? Será que a velha Chicago de 1920, onde todos escondiam seus pecados nas sombras dos holofotes, são mais puros e santos que essas seis mulheres? A verdade é que todas as mulheres da época eram muito mais do que se deixavam ver... em especial seis belas damas, que tiveram suas vidas mudadas viradas de cabeça pra baixo por conta de um sentimento: a paixão.

Dizem, que "os fins justificam os meios", e seus destinos já estão velados: inocentes. As boas moças provaram para o júri que foram obrigadas a agir como agiram... mas e você? Acredita?

Então talvez conhecendo sua história de verdade, possa ter seu próprio entendimento sobre seus casos. E talvez quem sabe, as absolver seus pecados.

❤️ » Essas personagens do filme/musical foram inspiradas em histórias verdadeiras de criminosas dos anos 20 em Chicago. Porém esse livro é apenas uma obra fictícia das personagens criadas, e não inspiradas nas verdadeiras mulheres (apesar da história delas serem incríveis também!);

» Os nomes são das personagens do filme/musical, mas a fisionomia delas serão das membros do girl group "(G)-Idle";

» Como a história é baseada em pessoas nativas dos estados unidos, mas as membros são asiáticas, a base das idols, mas elas nesse livro, elas farão parte de uma pequena comunidade asiática em Chicago (assim, a essência da história se mantém a mesma);

» A classificação é de +16/+18, por tanto, se for menor de idade, por favor não interagir com esse livro.

Chapters !

♡ Pop! ♡ Six! ♡ Squish...

♡ Cicero. ♡ Lipschitz!

♡ Judgements


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2 years ago

⍉ 𝒞𝓇𝒾𝓂𝑒 𝒫𝒶𝓈𝓈𝒾𝑜𝓃𝒶𝓁 ⍉

Six...

❤️ Capítulo: Six...

❤️ SoojinxMaleReader

❤️ Palavras: 1.432

❤️ Avisos: Xingamentos, menção de sexo, assassinato, envenenamento, morte.

Six...

Dizem que a primeira impressão, é a que fica. Mas dizem também, que suas atitudes podem mudar como as pessoas te creditaram no princípio. Eu sempre fui o tipo de pessoa que acreditava fielmente na primeira constatação, até encontrar ele.

Ezekiel Young.

Fui para Salt Lake city visitar uma prima que tinha acabado de noivar, e estava com as animações nas alturas. Ela então, decidiu que nós tínhamos a obrigação de andar por toda cidade fazendo compras.

E apesar de ter sido uma das semanas mais frias da minha vida, o sorriso e a animação de minha prima, esquentaram meu humor - e seu anel de noivado, incrivelmente grande e brilhoso na mão da morena também aqueceram meu coração.

Foi quando o encontrei. E não estou usando a palavra em um sentido romântico, onde os dois passam por um momento romântico ao completo acaso. Nossos corpos literalmente se encontraram no meio do caminho, em um esbarrão tão violento, que minhas sacolas voaram, e as roupas se espalharam pela calçada.

"A senhorita está bem?" Apesar de ter belos olhos azuis, e ter sido gentil, eu estava possessa, então não, não estava nada bem. E fiz questão que ele visse isso.

"Você acha que estou bem?" Reclamei recusando sua mão estendida e me levantando sozinha, observando parte do estrago que ainda estava na rua, já que minha prima foi solidária em juntar minhas peças. "Olha isso! Não olha por onde anda?! Poderia ter me matado!"

Confesso que exagerar é um dom meu, e poderia facilmente continuar gritando com ele na rua, mas minha prima me impediu.

Passei dois dias sem me lembrar do acaso, mas foi quase impossível quando ele veio até mim. Dessa vez mais calma - e interessada no café que ele insistiu em pagar - não pude deixar me levar por suas desculpas, olhão azuis e cabelos morenos. Ele tinha essa mania de morder o lábio inferior sempre que eu ficava quieta de mais, o que me chamou atenção mais ainda.

Ao final da viajem nós já estávamos namorado. E não demorou muito para então nos mudarmos para uma casa.

Eu estava feliz, vivendo meu romance de cinema, dia após dia. Nós falávamos quase sempre, pois Ezekiel sempre dava um jeito de estar presente no meu dia: me mandava flores, chocolates, pequenos bilhetes escondidos nas minhas coisas... Quando chegamos em casa, eu não me importava de cozinhar e servir, não apenas sua janta, mas também seu Whisky, do jeitinho que ele sempre amou.

Mas aí tudo mudou.

Six...

Os abraços e carinhos diminuíram, os presentes diminuíram, os bilhetes foram ficando menores, até quase não existirem mais... E aquilo começou a me incomodar. Nem as nossas noites que eram quentes aguentaram e foram esfriando cada vez mais.

Six...

"Eu não sei, tem alguma coisa fedendo aqui" comento em um café com minha prima, que dessa vez, veio me visitar.

"Talvez seja o leite estragado" ela brinca, rindo sozinha da própria piada, mas para ao ver minha feição impassível. Assim que chegamos no restaurante, comecei a contar tudo sobre minha relação com Ezekiel, e em como tudo foi se esvairindo. "Calma prima, pode não ser nada"

"Ta, mas e se for alguma coisa? O que ele pode estar me escondendo?" Rebato incomodada com a ideia de que meu quase marido pode estar fazendo pelas minhas costas "Sou Seo Soojin! Não nasci pra ser enganada por ninguém!"

"Tudo bem, tudo bem, já que você desconfia, acho que tenho uma ideia..."

A ideia da minha prima tinha um nome: Charles Hamilton. Ele era nada mais nada menos, do que um detetive particular de ponta, aparentemente descobriu os segredos mais cabeludos de homens casados em Salt Lake.

Naquela mesma tarde nos falamos pelo telefone e acertamos todos os termos e datalhes. E deixei bem claro que ele deveria me contar tudo o que descobrisse, independente do valor, eu tinha dinheiro o suficiente pra isso. E assim, se passaram seis meses.

Six...

Quando conheci Charles Hamilton pela primeira vez ele era completamente diferente do homem idoso, cabelos brancos, corcunda e enrugado que imaginei que ele seria. Ele era justamente o contrário, alto, rosto quadrado, barba bem feita, começando a ficar grisalho agora. E incrivelmente cheiroso. Deus!

"Bom dia, senhorita Young!" Ele me comprimenta, sorrindo brevemente, o que chama ainda mais minha atenção. Sem perder tempo, erho minha mão, para que o mesmo a pegue - o que ele faz, sorrindo maior.

"Por favor, Soojin." Peço sorrindo, e me sentando a sua frente. Começamos o assunto sem muita demora.

Acontece que Ezekiel Young, tinha não apenas uma mulher, nem duas, nem três. Ezekiel Young mantinha seis esposas.

Seis esposas.

Six...

Todas as viagens a trabalho que ele dizia fazer todo esse tempo, eram pra rever suas esposas...Califórnia, Colorado, Arizona, Novo México, Kansas e Nebraska. Seis mulheres em seis estados.

"Sinto muito senhorita Soojin, mas aparentemente seu marido é um mórmon" Charles fala após me entregar todas as fotos de Ezekiel com suas mulheres. Meu estômago deu uma volta, e me senti doente.

"Filho da puta" reclamo ainda sem acreditar, e Charles me olha com pena, coçando a garganta. Olho esse homem incrivelmente bonito e decido que não vou sair por baixo nessa situação, e me preparo para a maior atuação da minha vida. "O que faço agora?!"

Começo a chorar baixinho no guardanapo, as lágrimas mais forçadas, e as últimas que já derramei. Charles se senta na cadeira ao meu lado, me entregando seu lenço de linha, para substituir o guardanapo, e tornou a falar:

"Aparentemente, Ezekiel é um mórmon... é comum que eles..."

"Eu sou feia?" O interrompo, fazendo minha melhor cara de boba, e surtiu efeito. Mais cinco minutos de teatro dramático, misturado com uma boa sedução velada, e transei com Charles Hamilton na cama que dívida com Ezekiel Young.

Assim que o detetive se foi, com promessas de que retornaria para me ajudar no que precisasse, decide que iria deixar bem claro para meu marido, que ele não deveria jamais ter tentado me enganar.

Tudo se segue como um dia normal. Faço arrumo nossa casa, preparo nossa comida e tomo um banho especial, tendo certeza de que ficarei mais cheirosa que o normal. Visto minha melhor roupa e faço uma maquiagem incrível.

Six...

Meus esforços claramente não passam despercebidos pelo moreno, que sorri feliz ao me ver. Ezekiel me agarra, tentando me beijar, mas desvio fingindo ser charme. E ele cai nessa.

Nos sentamos pra jantar normalmente, e quanto ele se senta para ver sua tevê, lhe entrego seu whisky especial. Faço questão de me sentar em seu colo, e acariciar seu rosto.

"Quer saber uma coisa engraçada que aconteceu hoje?" Pergunto usando uma voz aveludada, vejo que peguei sua atenção e continuo, mas só após ele tomar um grande gole do álcool. "Eu transei com um cara chamado Charles na nossa cama."

Assim que digo minhas últimas palavras, vejo quando elas fazem sentido no cérebro de Ezekiel, que se levanta rapidamente, praticamente me jogando longe, se não estivesse esperado por isso. E é por isso que me recomponho rápido.

"O que disse vadia?" Ele indaga, e vejo sua raiva subir ao rosto. Sorrio para o provocar.

Six...

"Não ouviu benzinho? Sua esposa fodeu outro cara na sua cama!" Falo mais alto e forte. Ezekiel termina sua bebida em um gole só, e rio. Burro.

"Vadia estúpida!" O copo vazio é lançado em minha direção e ele está sob meu pescoço, apertando para me deixar sem ar, o que só funciona por alguns minutos, e ele percebe também.

"Qual o problema? Está fraco?" Ergo uma sobrancelha sorrindo e o empurrando forte. Ezekiel cai.

"Deveria chamar uma das suas outras seis esposas pra salvar sua vida, benzinho." Me aproximo de seu corpo já extremamente pálido e sorrio segurando seu rosto "mexeu com a vadia errada"

Six...

Eu tinha um plano de fuga perfeito, e eu estava prestes a conseguir sair de casa quando a polícia chegou. Aparentemente minha vizinha ouviu os gritos de Ezekiel e temeu pela minha vida. E no final, nem Charles Hamilton nunca deu notícias de nada. Filho da puta.

Six...

[Transcrição da Apreensão da Ré]

Vamos começar. Seu nome, por favor.

Seo Soojin, amor.

Sua idade?

24, isso vai demorar muito?

Por que a senhora foi presa?

O filha da puta do meu marido me traia com seis mulheres. Ofereci uma bebidinha pra ele. Pena que ele sempre foi um fracote...

E qual a motivação da senhora?

Pergunta pra uma das esposas dele.

E como a senhora de declara?

Culpada, mon amour. Ele me usou, como se eu fosse a porra de uma concubina! 


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❤️ Capítulo: Six...

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❤️ Palavras: 1.432

❤️ Avisos: Xingamentos, menção de sexo, assassinato, envenenamento, morte.

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Dizem que a primeira impressão, é a que fica. Mas dizem também, que suas atitudes podem mudar como as pessoas te creditaram no princípio. Eu sempre fui o tipo de pessoa que acreditava fielmente na primeira constatação, até encontrar ele.

Ezekiel Young.

Fui para Salt Lake city visitar uma prima que tinha acabado de noivar, e estava com as animações nas alturas. Ela então, decidiu que nós tínhamos a obrigação de andar por toda cidade fazendo compras.

E apesar de ter sido uma das semanas mais frias da minha vida, o sorriso e a animação de minha prima, esquentaram meu humor - e seu anel de noivado, incrivelmente grande e brilhoso na mão da morena também aqueceram meu coração.

Foi quando o encontrei. E não estou usando a palavra em um sentido romântico, onde os dois passam por um momento romântico ao completo acaso. Nossos corpos literalmente se encontraram no meio do caminho, em um esbarrão tão violento, que minhas sacolas voaram, e as roupas se espalharam pela calçada.

"A senhorita está bem?" Apesar de ter belos olhos azuis, e ter sido gentil, eu estava possessa, então não, não estava nada bem. E fiz questão que ele visse isso.

"Você acha que estou bem?" Reclamei recusando sua mão estendida e me levantando sozinha, observando parte do estrago que ainda estava na rua, já que minha prima foi solidária em juntar minhas peças. "Olha isso! Não olha por onde anda?! Poderia ter me matado!"

Confesso que exagerar é um dom meu, e poderia facilmente continuar gritando com ele na rua, mas minha prima me impediu.

Passei dois dias sem me lembrar do acaso, mas foi quase impossível quando ele veio até mim. Dessa vez mais calma - e interessada no café que ele insistiu em pagar - não pude deixar me levar por suas desculpas, olhão azuis e cabelos morenos. Ele tinha essa mania de morder o lábio inferior sempre que eu ficava quieta de mais, o que me chamou atenção mais ainda.

Ao final da viajem nós já estávamos namorado. E não demorou muito para então nos mudarmos para uma casa.

Eu estava feliz, vivendo meu romance de cinema, dia após dia. Nós falávamos quase sempre, pois Ezekiel sempre dava um jeito de estar presente no meu dia: me mandava flores, chocolates, pequenos bilhetes escondidos nas minhas coisas... Quando chegamos em casa, eu não me importava de cozinhar e servir, não apenas sua janta, mas também seu Whisky, do jeitinho que ele sempre amou.

Mas aí tudo mudou.

Six...

Os abraços e carinhos diminuíram, os presentes diminuíram, os bilhetes foram ficando menores, até quase não existirem mais... E aquilo começou a me incomodar. Nem as nossas noites que eram quentes aguentaram e foram esfriando cada vez mais.

Six...

"Eu não sei, tem alguma coisa fedendo aqui" comento em um café com minha prima, que dessa vez, veio me visitar.

"Talvez seja o leite estragado" ela brinca, rindo sozinha da própria piada, mas para ao ver minha feição impassível. Assim que chegamos no restaurante, comecei a contar tudo sobre minha relação com Ezekiel, e em como tudo foi se esvairindo. "Calma prima, pode não ser nada"

"Ta, mas e se for alguma coisa? O que ele pode estar me escondendo?" Rebato incomodada com a ideia de que meu quase marido pode estar fazendo pelas minhas costas "Sou Seo Soojin! Não nasci pra ser enganada por ninguém!"

"Tudo bem, tudo bem, já que você desconfia, acho que tenho uma ideia..."

A ideia da minha prima tinha um nome: Charles Hamilton. Ele era nada mais nada menos, do que um detetive particular de ponta, aparentemente descobriu os segredos mais cabeludos de homens casados em Salt Lake.

Naquela mesma tarde nos falamos pelo telefone e acertamos todos os termos e datalhes. E deixei bem claro que ele deveria me contar tudo o que descobrisse, independente do valor, eu tinha dinheiro o suficiente pra isso. E assim, se passaram seis meses.

Six...

Quando conheci Charles Hamilton pela primeira vez ele era completamente diferente do homem idoso, cabelos brancos, corcunda e enrugado que imaginei que ele seria. Ele era justamente o contrário, alto, rosto quadrado, barba bem feita, começando a ficar grisalho agora. E incrivelmente cheiroso. Deus!

"Bom dia, senhorita Young!" Ele me comprimenta, sorrindo brevemente, o que chama ainda mais minha atenção. Sem perder tempo, erho minha mão, para que o mesmo a pegue - o que ele faz, sorrindo maior.

"Por favor, Soojin." Peço sorrindo, e me sentando a sua frente. Começamos o assunto sem muita demora.

Acontece que Ezekiel Young, tinha não apenas uma mulher, nem duas, nem três. Ezekiel Young mantinha seis esposas.

Seis esposas.

Six...

Todas as viagens a trabalho que ele dizia fazer todo esse tempo, eram pra rever suas esposas...Califórnia, Colorado, Arizona, Novo México, Kansas e Nebraska. Seis mulheres em seis estados.

"Sinto muito senhorita Soojin, mas aparentemente seu marido é um mórmon" Charles fala após me entregar todas as fotos de Ezekiel com suas mulheres. Meu estômago deu uma volta, e me senti doente.

"Filho da puta" reclamo ainda sem acreditar, e Charles me olha com pena, coçando a garganta. Olho esse homem incrivelmente bonito e decido que não vou sair por baixo nessa situação, e me preparo para a maior atuação da minha vida. "O que faço agora?!"

Começo a chorar baixinho no guardanapo, as lágrimas mais forçadas, e as últimas que já derramei. Charles se senta na cadeira ao meu lado, me entregando seu lenço de linha, para substituir o guardanapo, e tornou a falar:

"Aparentemente, Ezekiel é um mórmon... é comum que eles..."

"Eu sou feia?" O interrompo, fazendo minha melhor cara de boba, e surtiu efeito. Mais cinco minutos de teatro dramático, misturado com uma boa sedução velada, e transei com Charles Hamilton na cama que dívida com Ezekiel Young.

Assim que o detetive se foi, com promessas de que retornaria para me ajudar no que precisasse, decide que iria deixar bem claro para meu marido, que ele não deveria jamais ter tentado me enganar.

Tudo se segue como um dia normal. Faço arrumo nossa casa, preparo nossa comida e tomo um banho especial, tendo certeza de que ficarei mais cheirosa que o normal. Visto minha melhor roupa e faço uma maquiagem incrível.

Six...

Meus esforços claramente não passam despercebidos pelo moreno, que sorri feliz ao me ver. Ezekiel me agarra, tentando me beijar, mas desvio fingindo ser charme. E ele cai nessa.

Nos sentamos pra jantar normalmente, e quanto ele se senta para ver sua tevê, lhe entrego seu whisky especial. Faço questão de me sentar em seu colo, e acariciar seu rosto.

"Quer saber uma coisa engraçada que aconteceu hoje?" Pergunto usando uma voz aveludada, vejo que peguei sua atenção e continuo, mas só após ele tomar um grande gole do álcool. "Eu transei com um cara chamado Charles na nossa cama."

Assim que digo minhas últimas palavras, vejo quando elas fazem sentido no cérebro de Ezekiel, que se levanta rapidamente, praticamente me jogando longe, se não estivesse esperado por isso. E é por isso que me recomponho rápido.

"O que disse vadia?" Ele indaga, e vejo sua raiva subir ao rosto. Sorrio para o provocar.

Six...

"Não ouviu benzinho? Sua esposa fodeu outro cara na sua cama!" Falo mais alto e forte. Ezekiel termina sua bebida em um gole só, e rio. Burro.

"Vadia estúpida!" O copo vazio é lançado em minha direção e ele está sob meu pescoço, apertando para me deixar sem ar, o que só funciona por alguns minutos, e ele percebe também.

"Qual o problema? Está fraco?" Ergo uma sobrancelha sorrindo e o empurrando forte. Ezekiel cai.

"Deveria chamar uma das suas outras seis esposas pra salvar sua vida, benzinho." Me aproximo de seu corpo já extremamente pálido e sorrio segurando seu rosto "mexeu com a vadia errada"

Six...

Eu tinha um plano de fuga perfeito, e eu estava prestes a conseguir sair de casa quando a polícia chegou. Aparentemente minha vizinha ouviu os gritos de Ezekiel e temeu pela minha vida. E no final, nem Charles Hamilton nunca deu notícias de nada. Filho da puta.

Six...

[Transcrição da Apreensão da Ré]

Vamos começar. Seu nome, por favor.

Seo Soojin, amor.

Sua idade?

24, isso vai demorar muito?

Por que a senhora foi presa?

O filha da puta do meu marido me traia com seis mulheres. Ofereci uma bebidinha pra ele. Pena que ele sempre foi um fracote...

E qual a motivação da senhora?

Pergunta pra uma das esposas dele.

E como a senhora de declara?

Culpada, mon amour. Ele me usou, como se eu fosse a porra de uma concubina! 


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